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“A Cidade do Futuro” conquista prêmios para o cinema alternativo brasileiro

O projeto brasileiro “A Cidade do Futuro” feito por Marília Hughes e Cláudio Marques propõe uma história que quebra paradigmas. O trabalho promovido pela IRDEB em parceria com a Ancine foi aclamado pela crítica em 2016, quando lançado. Já exibido em 14 países e 38 festivais na Europa, Ásia, América e Oceania, o longa recebeu diversos prêmios na categoria de ‘melhor filme’. Dentre eles, os principais foram no 19º BAFICI, em Buenos Aires (Melhor filme Latino Americano de cinema independente), em Nova Iorque (Melhor filme internacional de NewFest: The NYC LGBT Film Festival) e no festival de Curitiba.

O filme conta a história de um relacionamento a três entre dois homens e uma mulher. Essa temática inusitada instigou muitos estudiosos da área das ciências humanas, que viram na trama o amor sendo tratado de outra forma. Além disso, o que chama a atenção do público é que a ficção nunca foi tão real. Isso mesmo! Os personagens são, na verdade, interpretados pelos próprios companheiros da vida real. Gilmar, Milla e Igor são os protagonistas de “A Cidade do Futuro”, que narra a formação de uma família fora dos padrões no sertão da Bahia. O trailer teve, em três plataformas diferentes, dentre elas o YouTube, 15 mil acessos em cinco dias. Além do trailer, a página do filme no Facebook está fazendo a divulgação. Confira o trailer:

Sinopse

Milla Suzart, Igor Santos e Gilmar Araujo interpretam os protagonistas da trama que se passa no norte da Bahia, ambientada nos anos 70 em época de ditadura. A cidade de Serra do Ramalho, no sertão do estado, será palco do conflito entre a comunidade e os personagens. O estilo de vida inovador dos três será alvo do preconceito da sociedade essencialmente machista da região. Milla terá o filho de dois pais em meio ao ambiente hostil e humilde do trio amoroso. Questões como poliamor e construção familiar são o foco do roteiro existencialista e, ao mesmo tempo, político. Apesar do teor histórico, a temática continua atual, né, meninxs? O filme tem classificação indicativa de 14 anos e 75 minutos de duração. A estreia em todo Brasil será no dia 26 de abril nos principais cinemas.

O filme não esteve em cartaz nos cinemas populares no Brasil

O motivo de “A Cidade do Futuro” não ter sido exibido antes foi o estigma homofóbico e machista que parte do público manifestou. Os realizadores do audiovisual ficaram receosos de transmiti-lo por conta dessa resposta negativa. Perdemos muito tempo, mas agora vai! Inclusive, duas pré-estreias terão debates realizados pelos atores e diretores. São elas: Salvador, dia 19/04, às 19h, no Espaço Itaú de Cinema e em São Paulo, dia 17/04, às 19h, no Espaço Itaú de Cinema – Augusta, com a mediação da jornalista Ana Paula Sousa.

Críticas

“A Cidade do Futuro comove e faz pensar, transformando uma história de amor não usual em um manifesto pela liberdade.”, Rodrigo de Oliveira, Abracineconfira na íntegra.

“Trata-se de um dos filmes mais intrigantes sobre a plasticidade dos desejos e do amor. Dois homens amam-se e, entre eles, estão uma mulher e um filho. Um triângulo sem ciúme e só com amor ou, pelo menos assim me parece que foi a história. Mas não para aí. É realidade, a história aconteceu! O casal e o trio existem! Tudo foi filmado sendo eles, mesmo, atores de suas histórias. Inclusive, no filme, a menina está grávida de verdade! Tudo se passa no sertão baiano, região marcada pela homofobia e pelo machismo exacerbado. Tanto que o filme jamais foi exibido na região, por medo que os diretores possuem de que algo aconteça aos atores. Nunca vi isso na história do cinema. Uma ficção que não é ficção e é narrada como uma obra de arte. Única até agora!” (Ricardo Líper, professor de Filosofia da UFBA (Universidade Federal da Bahia).

“Uma família particular formada por Milla, grávida, e pelos pais da criança, Gilmar e Igor, afronta a vida em Serra do Ramalho. Uma vida que inclui, para o pesar dos três personagens, preconceitos e homofobia da sociedade do interior da Bahia (…)” (Fiorella Valente, BAFICI 2017).

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Escrita por Rafaela Oliveira

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