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Baseado na obra de Stephen King, remake de “Cemitério Maldito” traz elementos clássicos dos filmes do gênero | Crítica

O tão aguardado remake de “Cemitério Maldito”, clássico de 1989 e que ganhou uma sequencia em 1992, chega aos cinemas nesta quinta feira (9). A produção que é distribuída pela Paramount Pictures e é baseada no livro “O Cemitério” do escritor Stephen King, que faz uma participação bem rápida no longa.

A história conta a série de acontecimentos que a família Creed – Louis, Rachel e os dois filhos do casal, Gage e Ellie – passa depois que se muda para uma nova casa no interior, localizada perto de um antigo cemitério amaldiçoado usado para enterrar animais de estimação, além do sepultamento de indígenas. (Eles não sabiam de nenhum desses detalhes antes de se mudarem pra lá, calma!) A partir daí, várias coisas começam a acontecer, transformando a vida dos moradores em um pesadelo.

Assista o trailer:

“Cemitério Maldito” não é necessariamente um terror, mas um suspense psicológico. Ou seja, ele mexe com outros sentidos além de dar sustos. De acordo com o produtor Lorenzo di Bonaventura, a escolha de fazer um filme baseado na obra de King é justamente porque não é algo sobre terror, mas sobre a ligação emocional entre pais e filhos. “Aquela dúvida sobre ‘até onde você iria para ver seu filho novamente?’ ou ‘até onde você iria para proteger seu filho?’”, conta Lorenzo.

Uma das cenas mais importantes do filme e que desencadeia uma série de outras ações é a morte de Ellie num terrível acidente na estrada. As perguntas feitas por Lorenzo mais acima se aplicam em cheio aqui já que o Louis, depois de saber que os corpos enterrados no cemitério retornam a vida, deve decidir se viverá sem a filha ou dará um jeito na situação, mesmo que isso significasse ter Ellie de volta um cadinho diferente.

Os personagens trazem com eles algumas questões que deixam a história mais tensa e acontecem em paralelo ao assunto chave da trama. Em uma das primeiras cenas, por exemplo, Louis, que é médico, atende um rapaz chamado Pascow, que fora atropelado e acaba morrendo na maca do hospital. A partir daí, Pascow aparece diversas vezes para Louis alertando-o dos perigos do cemitério. Às vezes até arrastando ele para dentro da floresta. (Mas ele ouviu? Não.) Já Rachel lida com o trauma de ter, quando criança, perdido a irmã, que sofria de uma deficiência física, e se sentir muito culpada. Todas essas questões individuais são acrescentadas à história como um plus de sustos, além de ajudarem a construir todo o cenário.

Vários aspectos muito utilizados nos filmes deste gênero foram colocados aqui também a fim de criar todo o suspense, mas nada de muito novo ou elaborado. Para começar, o filme quase não tem trilha sonora, o que faz com que qualquer “ai!” tenha um barulho estrondoso se torne um pequeno susto. Já a fotografia, é a mais escura possível, podendo até haver uma neblina de vez em quando.

Um dos aspectos que foram mudados neste remake, é que no filme de 1989 a criança que retornava dos mortos era o filho mais novo, o Gage, e já nesse Ellie é a personagem a carregar esta carga dramática. A explicação foi dada pelos diretores, que disseram que trabalhando com a filha mais velha como personagem central do filme se pode explorar os temas-chave, família e morte, de maneira mais profunda.

“Cemitério Maldito” é sobre a natureza humana de não saber lidar com a morte em qualquer instância e quais decisões, por mais equivocadas sejam, as pessoas estão dispostas a tomar quando se fala das pessoas que amamos. O longa é um filme razoavelmente bom, mas ainda peca muito em aspectos mais simples. Claro que estamos falando de um remake, mas elementos que causavam terror em 1989, como fumaça e escuridão, em 2019 são só elementos comuns. Ainda assim, o trabalho foi bem feito, está bonito de assistir, mas não chega a ser uma obra prima, como “It: A Coisa”, por exemplo.

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Escrita por Otavio Pinheiro

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