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Entrevista | Bruna Caram fala mais sobre o “Alívio”, novo álbum da carreira

Bruna Caram lançou em agosto o quinto álbum de estúdio, o “Alívio”. O projeto reúne nove faixas e é considerado o mais autoral da cantora, que assina a composição de seis delas. “Alivio” está disponível em todas as plataformas digitais e possui participações super especiais.

Quanto ao nome do projeto, a artista optou por não escolher um nome de uma das faixas ou palavra de alguma delas para nomear o álbum por achar mais legal que o título se tratasse de um conceito mais geral, de algo que permeasse todas as faixas. “Alívio” surgiu desta ideia. Ouça:

A artista, que começou a carreira aos dezenove anos, conta que sempre estudou música, mas não se via muito como compositora por ter medo de encarar outras funções da arte senão cantar. Além disso, confessa que nunca teve uma grande afinidade com instrumentos, os principais aliados no momento da composição. “Eu estudava piano, mas abandonei o piano. Estudei violão e abandonei o violão. Sempre me achei ruim nos instrumentos e por conta disso muito incapaz de compor sem o apoio dos instrumentos.”, conta.

Foi aí que a vida foi levando Bruna por alguns caminhos inesperados. A cantora lançou o “Multialma” em 2016, lançou livro de poesia, foi trabalhar como atriz na minissérie Dois Irmãos, da TV Globo, e depois disso um presente do avô deu um ânimo maior para a artista, que resolveu resgatar os instrumentos antigos e compor. “Eu ganhei do meu avô uma sanfona. O instrumento mais difícil que eu já ouvi falar no mundo e só o fato de ter ganhado o instrumento do meu avô me fez querer tentar de novo e resgatar todos os instrumentos que eu que eu tinha abandonado no caminho. Junto com isso eu tive muita ajuda de compositores amigos que se propuseram compor comigo, gente que eu nem imaginava, Zeca Baleiro, que eu ainda tava conhecendo não era meu amigo, o próprio Chico César, Roberta Sá, que é minha irma. E eu acho que o “Multialma” foi uma passagem pra ser uma artista mais completa e pra sair do armário como compositora. É o primeiro disco com tantas músicas sem parceiro porque eu precisei mesmo de muita coragem pra chegar ali e foi muito bom chegar.”, completa.

Ainda sobre as composições, Bruna conta que as faixas do “Alívio” foram escritas nos últimos dois anos. “Desde o “Multialmas” eu acho que a própria experiência de estar na estrada com algo mais autoral que o álbum anterior me deu muita vontade de compor mais. Eu voltei a tocar, inclusive, cavaquinho, que era um dos instrumentos que eu também havia abandonado pelo caminho. Foi um trabalho muito mais interno de abraçar as oportunidades pra eu ter autoestima suficiente pra me enxergar nesse lugar como compositora e foi muito interessante porque realmente compor essas canções me fez bem e me fez livrar de alguns pesos de anos atras de muitas histórias e muito sofrimento do mundo.”, conta Bruna, que completa dizendo que o disco trata justamente de autoestima e de libertação, o que a artista julga muito necessário nos dias atuais.

Dentre as faixas, uma chama muito atenção, além de ser uma faixa muito especial para a artista. A faixa “Livre” traz nos vocais não só a voz de Bruna, mas também as de Maria de Piedade e Lucia Novaes, avó e mãe da artista, respectivamente. “A faixa “Livre” é uma canção que eu compus com a Isabella Moraes, compositora maravilhosa de Caruaru, e era uma melodia sem letra quando eu fiz. Quando a Isabella começou a letrar, quando ela me mandou o incio dela, me veio a cabeça a inspiração de que podia ser uma musica de amor, mas que poderia ser um tipo de paixão diferente, que é a paixão que uma mãe tem por um filho. Eu estava desde o começo do ano querendo ser mãe, querendo engravidar, então eu resolvi transformar o inicio da letra da Isabela, que era sobre amor, numa letra sobre maternidade e quando eu terminei a música pra minha alegria logo depois que eu gravei a voz dela eu descobri que estava grávida. Eu achei que essa ideia das primeiras vozes que você ouve na vida te marcarem profundamente, eu sempre achei que isso era muito verdade e é óbvio que a voz da minha mãe me marcou muito, minha mãe canta muito lindo, e minha vó foi cantora de rádio, uma das minhas maiores referências da vida. Então, eu queria muito trazer esse matriarcado pro canto e foi uma honra”, conta a artista.

Além de cantora, Caram divide o tempo em diversas outras atividades, como atriz, assistente do preparador de elenco Sérgio Penna, preparadora vocal e sócia-fundadora da Cor & Voz, empresa de educação vocal que atende artistas conhecidos e profissionais da voz, como Rashid, Emicida, Tassia Reis, Marcelo Jeneci e Rael.

“Eu acho que o artista é um equilibrista e eu sempre fui um pouco workaholic. Embora seja uma profissão que muitas vezes seja vista como uma profissão de quem não quer muito trabalhar, o que não é verdade e digo isso também pelos artistas que eu atendo como preparadora vocal. O Zeca Baleiro me disse uma vez que quanto mais coisa a gente faz, mais coisa a gente consegue fazer e eu acho que é muito assim. Eu acho que pra gente ser artista a gente precisa ter muito foco, muita disciplina e isso muitas vezes é confundido com o próprio prazer da arte, né?! Como se nosso trabalho fosse uma diversão. Eu nunca achei que meu trabalho fosse uma diversão. Eu estudo canto desde os 14 anos, estudo piano desde os 7, fiz faculdade de musica. Eu acho também muito importante pro artista ter uma instabilidade ter uma rotina e não se deixar levar pelo furacão que a profissão pode ter e eu realmente é claro que eu fico cansada, que as vezes é difícil arrumar um horário pras coisas, mas eu me sinto útil por mais tempo! É claro que a experiência de conviver com diversos outros artistas, aprendendo a ajudar eles é muito muito rica e eu acho que a cada uma ano eu evoluo três anos”, confessa.

A cantora finaliza contando que o a faixa “Baile da Revanche” será o próximo clipe a ser lançado, mas ainda não tem data de estreia definida. “Baile da Revanche que é um projeto que eu tenho com a Marina De La Riva, que é um projeto de musicas de reviravolta amorosa”, diz bruna que completa dizendo que compôs a faixa para Paula Lima, mas acabou resgatando para o “Alívio”.

Do projeto a faixa “Certas Canções”, clássico de Milton Nascimento e Tunai, ganhou um clipe, lançado no começo de agosto. Assista:

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Escrita por Otavio Pinheiro

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