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Katy Perry estampa capa da Vogue Austrália e fala sobre diversos assuntos; confira a entrevista na íntegra!

A cantora mais bem paga do ano não para! Katy Perry tirou um tempinho durante sua turnê mundial para conversar com o Derek Blasberg para a Vogue Austrália – na qual será capa desse mês. A entrevista aconteceu em Paris durante a passagem da “Witness: the Tour” por lá no dia 30 de maio.

Katy, que fez o maior show de sua carreira recentemente no Brasil (foram mais de 37 mil pessoas em São Paulo) e arrecadou quase 5 milhões de dólares aqui no país, falou um pouco sobre seu encontro com o Papa, sua educação meditativa e o cansaço de estar em turnê pelo mundo.

Foto por: Emma Summerton | Vogue Australia, Agosto de 2018.

Em abril Katy esteve em Roma e se encontrou com o Papa, assunto que rodou em toda a Internet. “Tudo começou quando estávamos na parte asiática da turnê e eu fui à missa com minha mãe. Ela não cantava essas músicas há 40 anos e observá-la me fez chorar. É tão bonito e humilde se reencontrar num lugar onde não é sobre qualquer outra coisa, mas se reconectar com o divino”.

A americana esteve no Vaticano com sua mãe (que foi criada católica, mas agora é pastora pentecostal) e Orlando Bloom. “Minha mãe orou por mim a vida inteira, esperando que eu voltasse para Deus. Eu nunca o deixei, eu era apenas mais materialista e mais voltada para a minha carreira. Mas agora que estou nos meus 30, é mais sobre espiritualidade e plenitude do coração”. Katy ainda falou um pouco sobre o Papa: “Sou uma grande fã do Papa Francisco. É uma combinação de compaixão, humildade, severidade e recusa. Ele é rebelde – um rebelde para Jesus. Ele está trazendo a Igreja de volta à humildade e se conectando com as pessoas. Ele é muito humilde e não é frívolo.

Agora quando o assunto vai para Orlando Bloom, ator que a cantora mantém um relacionamento já a algum tempo, Katy diz que “não há problema em mencioná-lo“. Em seguida complementa, quando o Derek diz que as vezes, durante a entrevista, o relacionamento ofusca todo o resto da conversa: “Eu não quero que seja a manchete da história, porque tira o propósito. Além disso, é extremamente misógino. Claro, eu amo meu relacionamento, mas isso é apenas uma parte de mim, e eu não quero que nenhuma outra parte do que eu faça seja diminuída.

Foto por: Emma Summerton | Vogue Australia, Agosto de 2018.

Seguindo a entrevista, Katy fala sobre como trabalhou para controlar como a reação do público e da imprensa a afetava. “Sempre haverá barulho […] Eu tive crises de depressão e meu coração quebrou no ano passado porque, sem saber, eu coloquei tanta expectativa na reação do público, e o público não reagiu da maneira que eu esperava… o que partiu meu coração.”

Música é meu primeiro amor e acho que foi o universo dizendo: ‘Ok, você fala toda essa linguagem sobre se amar e autenticidade, mas nós vamos fazer um outro teste. Então veremos o quanto você realmente ama a si mesmo. Aquele quebrantamento, eu me abrindo para um poder maior, mais elevado e me reconectando com a divindade, me deu uma plenitude que eu nunca tive. Isso me deu uma nova base. Não é apenas uma base material: é uma fundação da alma.

Katy participou de um programa de uma semana do Instituto Hoffman, um retiro de crescimento pessoal: “Durante anos, meus amigos iam e voltavam completamente rejuvenescidos, e eu queria ir também. […] Eu recomendo a todos, meus bons amigos e outros artistas, que estão procurando um avanço. Há muita gente que está se automedicando através da resposta do público, de substâncias, constantemente fugindo de suas realidades. Eu fiz isso por muito muito tempo também.

Eu estava com alguém recentemente que perguntou: ‘Bem, você não acha que se você fizer terapia demais, isso vai acabar com o seu processo artístico?’ E eu disse a eles: ‘A maior mentira que já foi vendida é que nós, como artistas, temos que ficar com dor para criar.

Foto por: Emma Summerton | Vogue Australia, Agosto de 2018.

Como já sabemos, a “Witness: the Touré um espetáculo. “Eu amo todos os aspectos da arte [dos shows]. Eu gosto do sonho, da fantasia, da criação de um novo mundo. Durante anos, eu digo: ‘Eu acho que seria muito divertido voar em uma nuvem de algodão doce acima da plateia!’ E minha equipe diz: ‘Ok, vamos analisar a matemática e ver se é possível’

A cantora já está entrando na reta final de sua turnê, que finaliza em agosto com 115 shows. Para Katy, a parte mais difícil é a resistência. Com uma duração de duas horas, Katy está presente em todos os atos da turnê e tem pouquíssimos segundos para fazer a troca de roupa (mas isso não é difícil, quem lembra da troca de roupa de 10 segundos no Super Bowl!?). Dá uma olhada nesse vídeo, onde Katy tem 120 segundos para se trocar e estar no palco novamente.  

Durante o vídeo ela diz: “Isso é o que as estrelas pop fazem enquanto você pensa que eles estão fumando drogas nos bastidores antes de voltar ao palco. Mas é diferente!” e finaliza o vídeo com: “Ela trabalha duro pelo dinheiro!

Necessitando de 28 caminhões para transportar todo o equipamento da turnê, Katy diz que é possível ver todos os lados dela durante as apresentações: “Você vê o empoderado, vê o vulnerável, vê o bobo e nerd também. Quero dizer, eu faço isso quando desafio o Left Shark para um duelo de dança num piano gigante”.

Levar a turnê para tantos continentes é muito caro e por isso tantos artistas não saem dos Estados Unidos e Europa. Mas Katy gosta de estar com seus fãs, dar a oportunidade de que todos a testemunhem, e diz que faria isso mesmo que significasse prejuízo. “Eu gasto muito dinheiro porque quero fazer um ótimo show. Eu entendo que a atenção das crianças é por um curto período hoje em dia: eles estão em seus telefones o dia todo e tendo um zilhão de dopamina por segundo, então a ideia de ir a um show de música ao vivo não pode ser: ‘É isso?’

Imaginem o quão desgastante é estar, às vezes, em quatro países diferentes numa mesma semana? “Às vezes não estou me sentindo 100 por cento, às vezes estou extremamente afetada por conta do fuso-horário, às vezes há problemas pessoais com os quais estou tendo que lidar logo antes do momento em que entro no palco. […] Estou exausta. Eu sou uma sacola plástica – para citar minha própria música – no final de cada turnê.

Foto por: Emma Summerton | Vogue Australia, Agosto de 2018.

A entrevista completa estará disponível na edição de agosto da Vogue Austrália, que começará a ser comercializada no país na próxima segunda-feira (23).

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Escrita por Danilo Muniz

22 anos e cursando Engenharia de Produção na Universidade Federal Fluminense, em Niterói.