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Charli XCX entrevista Pabllo Vittar para a Paper; confira a entrevista na íntegra!

Uma das maiores representantes do movimento LGBTQ+ no Brasil, a drag queen Pabllo Vittar, está ganhando muita visibilidade internacional pelo seu talento e carisma. Recentemente, a intérprete de hits como “Corpo Sensual”, “Então vai” e “K.O” foi capa da revista americana Paper além de ser entrevistada pela também cantora Charli XCX, com quem já trabalhou.

A entrevista foi divulgada nesta segunda-feira (16) e junto com ela uma série de fotos hipercoloridas, que juntas são capazes de formar um arco-íris, que é símbolo do movimento LGBT. A conversa entre as cantoras abordou diversos pontos, que foram desde como foi colaborar com Anitta e Diplo ao número de perucas que a drag queen tem.

Pabllo Vittar encerrou um ciclo muito importante na sua carreira com a primeira temporada do “Prazer, Pabllo Vittar”, seu programa semanal no canal de televisão Multishow, onde recebia diversos artistas. Além de realizar um bate-papo sobre assuntos diversos, a apresentadora levava todos para o palco e performavam grandes sucessos. Algumas das personalidades que já se sentaram no sofá da Pabllo foram Karol Conká, Ludmilla e Preta Gil. O programa teve uma receptividade tão boa que é um dos indicados na categoria “Entretenimento” da premiação premiação europeia Rose d’Or Awards.

Confira a entrevista na íntegra:

Charli XCX: Quando eu fui ao Brasil para tocar nesse festival e conhecer e cumprimentar meus fãs, perguntei a eles: “Quem é o melhor artista do Brasil agora?” Todos disseram que era o Pabllo Vittar e começaram a compartilhar comigo seus clipes e disseram: “Você tem que conhecer o Pabllo, ela é a melhor pessoa da música brasileira e representa a comunidade LGBTQ brasileira”. Você é uma figura tão importante na comunidade LGBTQ, como você se sente representando sua comunidade num nível tão grande?

Pabllo Vittar: Eu me sinto muito feliz com isso porque é ótimo representar minha comunidade de uma maneira tão grande, e nós vivemos nos momentos mais difíceis de todos os tempos, e poder representar essa comunidade dá força não apenas para meus fãs, mas também para eu mesmo, continuar fazendo o trabalho que fazemos, que é muito importante. Fazer isso retrata uma mensagem tão importante para crianças e adolescentes que têm sofrido e sido vítimas de bullying como eu quando estava com essa idade.

Eu vejo o Brasil como um lugar tão vibrante, mas sei que ainda há muito preconceito contra essa comunidade. Como foi crescer como membro da comunidade LGBTQ no Brasil? Foi difícil?

Foi muito difícil no começo. Eu sempre sonhei em ser capaz de atuar, estar num palco, cantar, atuar e fazer arte, mas ao mesmo tempo eu não tinha muita esperança por causa de todo o bullying que eu tinha passado. As pessoas na escola diziam que eu nunca seria alguém, e por muito tempo na minha vida eu acreditei nisso, mas quando você tem seus pais, sua família e seus amigos te apoiando, tudo fica mais fácil. Eu me sinto abençoado por ter pessoas tão boas ao meu redor.

As performances fazem você se sentir livre?

Totalmente. É o que me faz sentir mais livre. Se eu não pudesse ser drag, cantar ou fazer o que faço, me sentiria muito triste. Eu me sentiria como um pássaro fora do ninho.

Então, qual é a sua música favorita da Beyoncé de todos os tempos?

[Gritos] Eu gosto muito do novo álbum “Everything Is Love”, dela e do Jay-Z, mas a música que eu sempre vou amar e interpretar é “Crazy In Love”.

Você e eu fizemos uma música juntos [“I Got It” do Pop 2], e estou tão feliz por termos trabalhado com Brooke Candy e Cupcakke. Eu sinto que criamos uma música que, sempre que eu toco ao vivo, as pessoas ficam loucas. Você já pensou em performarmos essa música juntas? Eu adoraria tocar com você e adoraria tocar no Brasil porque ouvi que os fãs brasileiros são os melhores do mundo.

Meu Deus, eu realmente quero isso. Toda vez que estou com meus amigos, gostamos de ouvir essa música. E eles sempre me perguntam: “Oh, quando você vai se apresentar com as garotas?”, E eu sempre digo que espero que possamos fazer isso muito em breve.

Suas roupas estão sempre ótimas. Eu amo seu Instagram, sinto que você está sempre deslumbrante. Você está sempre com cores e com seu cabelo e sua maquiagem feitos. Seu cabelo e sua maquiagem mostram seu humor? Ou você é sempre a mesma pessoa, e você só quer experimentar em cima disso?

Toda vez que eu me monto me sinto totalmente diferente. Ser Drag é isso. Toda vez que você se monta você pode ser uma pessoa diferente. Por exemplo, hoje eu estou com esse cabelo rosa, parecendo muito a Kylie Jenner. Mas toda vez que eu me monto, tento ser o meu melhor e fazer todo mundo feliz.

Quantas perucas você tem?

Contando com a que você vai me dar quando nos virmos, eu terei 25.

Uau, eu só tenho duas, então estou impressionado. OK, então esta é uma pergunta que eu estava morrendo de vontade de perguntar: como é ficar com o Diplo?

Eu sei que você deve ter alguns amigos que já devem ter feito isso, mas do meu ponto de vista, a boca do Diplo e a minha deveriam estar juntas. Seus lábios são doces e macios, parecia comer Jambo, que é uma fruta muito doce e deliciosa do Brasil. Eu não tenho palavras.

Como foi trabalhar com Anitta e Diplo em “Sua Cara”?

Eu amo muito Anitta e Diplo. Quando comecei, sempre quis colaborar com Anitta. E eu sempre fui um fã do Major Lazer, isso não é segredo. Eu o amava desde que comecei a fazer música, então quando tive a oportunidade de trabalhar com a Anitta para o álbum do Major Lazer, foi como realizar dois sonhos ao mesmo tempo. Foi fantástico. Estava tão quente lá, mas eu passaria por todo aquele tempo quente e comeria toda aquela areia novamente só para estar perto do Diplo e trabalhar com a Anitta mais uma vez.

Toda vez que eu o encontro, ele fala sobre o quão sexy você é. Eu acho que ele tem uma queda por você.

Diplo! Vem aqui, meu querido. Eu acho que ele tem uma queda por mim, e eu também tenho uma queda por ele. Eu estava em Los Angeles gravando meu novo álbum, mas ele não estava lá. Isso foi triste. Mas respirar o mesmo ar que o meu “daddy” foi muito bom.

Como o novo álbum está indo a propósito?

“Vai Passar Mal” [meu último] é um álbum muito bom, mas é hora do seguinte vir. E estou muito feliz porque as pessoas vão ouvir a mesma influência da música brasileira do norte e nordeste do Brasil. Neste novo álbum haverá influências da música pop latina e internacional, e eu estou muito feliz com as parcerias – pessoas que estão crescendo e que eu já era amigo. E estou muito animado para lançar o próximo single. Estou prestes a gravar o vídeo para o próximo single e estou feliz com isso.

Qual é a coisa mais inspiradora do Brasil para você?

A comunidade LGBTQ +. Os gays afeminados. Eu faço música para eles. Eles são uma parte maravilhosa da comunidade… e não apenas os gays afeminados, mas a comunidade como um todo, e nós somos uma comunidade muito forte. Isso me faz ser feliz por ter nascido no Brasil. Se eu pudesse ter escolhido onde nasci, eu teria escolhido nascer aqui mesmo, porque as pessoas LGBTQ + aqui no Brasil são muito fortes. Não quero dizer que a comunidade não seja forte em outros lugares, mas aqui temos um trabalho a fazer – o de unir como pessoas.

Se você pudesse trabalhar com qualquer diva, passado ou presente, quem seria? Qual é a sua colaboração dos sonhos?

Eu adoraria colaborar com Demi Lovato. Eu a amo. Também Beyoncé e Rihanna, que possuem um incrível alcance vocal. Eu acho que principalmente Beyoncé e Rihanna.

Ah, eu amei isso! É como o melhor girlgroup de todos os tempos. Eu quero saber qual é a melhor noitada com Pabllo Vittar: Onde estamos indo? O que estamos bebendo? Estamos dançando?

Posso dizer tudo? [risadas] Minha noitada é me reunir com meus amigos, ouvir hip-hop, música pop, especialmente música brasileira, e beber tudo que pudermos. Gin e tônica e Jack Daniels’ Tennessee Honey são minhas bebidas favoritas.

Você pensa em fazer turnê fora do Brasil? Você está planejando ir a outros festivais e viajar pelo mundo no futuro?

Eu realmente sinto vontade de fazer isso no próximo ano. Eu não acho que estou preparado ainda. Estou muito focado agora no meu novo álbum por enquanto. Eu sinto vontade de ir ao exterior para assistir a shows dos artistas que eu gosto, mas realizando acho que apenas no próximo ano. E eu estou muito animado para levar minha música para lugares que ainda não estive.

Incrível, obrigado pela conversa, Pabllo. Você é incrível! Mal posso esperar para te ver.

Tchau, Charli, eu te amo muito. E apesar de já termos trabalhado juntos, sou um grande fã, desde sempre. E “Drugs” [com a ABRA] é a minha música favorita. Você deveria fazer mais colaborações como essas.

Para ler a matéria da Paper, clique aqui.

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Escrita por Danilo Muniz

22 anos e cursando Engenharia de Produção na Universidade Federal Fluminense, em Niterói.

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