Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) passam a tomar conta da boneca amaldiçoada Annabelle e então eles a guardam em um armário mágico dentro da sala de artefatos sobrenaturais que possuem. Porém, algo de muito errado acontece quando os dois deixam sua casa durante um fim de semana e sua filha Judy (McKenna Grace) fica sob os cuidados de sua babá (Madison Iseman). É neste momento em que Annabelle se aproveita da ausência dos investigadores paranormais e da vida aos aterrorizantes objetos contidos na sala.
Derivada da franquia “Invocação do mal”, podemos dizer que “Annabelle” é a sequência de filmes mais bem-sucedida mesmo que não tenha convencido tanto desde seu primeiro filme “solo” em 2014. A explicação é bem simples: um filme relativamente barato (U$6,5 milhões) com um retorno de bilheteria estrondoso (U$257 milhões). Logo já era de se imaginar que iriamos ver a boneca mais vezes na telona.
Trazendo uma narrativa simples e diferente dos filmes anteriores considerados cansativos, o diretor e roteirista Gary Dauberman (It: A coisa) consegue desenvolver muito bem o arco dramático do filme dentro dos moldes já conhecidos da franquia, mas fugindo de alguns clichês e dos sustos baratos a todo o momento. Podemos enxergar vários episódios específicos, uma vez que cada personagem na trama tem sua saga separadamente dos demais, porém no terceiro ato, as sagas se convergem em algo maior, fazendo com que todos tenham que lutar juntos contra as assombrações que os cercam.
Com uma trilha sonora sensacional que traz até um certo incômodo nos momentos de silêncio, “Annabelle 3: De volta para casa” é um filme bem original em relação aos anteriores, mesmo com todo o peso de ser mais uma história com tons de episódio e ter uma cara muito comercial, já que a todo momento somos ofertados com novos personagens que são os artefatos malignos encontrados na sala dos Warren, o que faz parecer com que independentemente dos resultados dos filmes lançados, os produtores estão sempre a espera dos comentários dos fãs em relação a algum artefato específico que tenha marcado bastante para que uma nova história seja escrita e lançada como parte do universo assim como foi Annabelle no filme “Invocação do mal”.