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“Lightyear” apresenta origem do personagem com uma trama repleta de ação, comédia e emoção | Crítica

Após grande expectativa dos fãs de “Toy Story”, o filme “Lightyear” estreia nos cinemas de todo o mundo em 16 de junho. A produção apresenta ao público a história jamais vista e chega acompanhada de personagens icônicos e uma trama cativante, divertida e repleta de ação. 

Resumindo o filme, Buzz Lightyear passa a vida explorando o espaço e em uma dessas missões chega em um planeta desconhecido. Logo o patrulheiro e os companheiros da tripulação descobrem os perigos do lugar e tentam fugir, mas não será tão fácil. A partir daí, Buzz segue na busca de descobrir uma forma de voltar para casa, mesmo que isso lhe custe perder momentos com aqueles que ama e mergulhe no perigo do desconhecido. E ele vai!

Assista ao trailer:

A proposta do filme é apresentar a origem de Buzz Lightyear, o herói que inspirou o brinquedo de Andy em “Toy Story”, funcionando como uma espécie de live action do patrulheiro espacial. Sem muitas referências à franquia de animação famosa desde 1995, uma das poucas ligações, além do personagem icônico, é a mensagem no início do filme que alerta que vamos assistir ao favorito de Andy. E é claro, a frase icônica “Ao infinito e além” está no filme.

“Lightyear” supera todas expectativas e consegue construir uma narrativa cativante e apaixonante do início ao fim. Além disso, mistura diversos gêneros ao trazer uma ficção científica repleta de muita ação, momentos de tirar o fôlego e muita comédia. O longa possui um ar mais maduro, dando espaço para piadas mais adultas e mensagens um pouco mais densas, mas ainda traz certa ingenuidade e aquele “gostinho de ser criança” que as animações da Disney conseguem transmitir. 

Com um visual muito bonito, a produção é muito engraçada e irá arrancar gargalhadas do público em diversos momentos, mas também irá emocionar em algumas cenas. O roteiro não possui falhas e conduz a história de uma forma muito gostosa de assistir, além de trazer ao público diálogos muito bem trabalhados e de explicar bem os acontecimentos.

Já os personagens são incrivelmente bem construídos, cativantes, divertidos e todos possuem a chance de brilhar em cena, mesmo que tenham participações pequenas ou não contribuam tanto para a trama. Buzz é exagerado, um tanto egocêntrico, bastante determinado, teimoso e ainda assim muito coração. Parece redundante dizer, mas Lightyear é definitivamente a versão humana do boneco que já conhecíamos e em diversos momentos conseguimos notar o quão as personalidades são, de fato, muito parecidas.

Outro personagem que se destaca e tem tudo para ser um dos mais queridos dessa obra é Sox, o gato-robô de suporte emocional de Buzz. O felino é uma inteligência artificial e protagoniza alguns dos momentos mais divertidos do longa, além de acompanhar o dono por todo o filme como uma espécie de mascote com alguns truques na manga. Quanto ao vilão, o Zurge, é dono do grande plost twist da produção. 

Além de dar uma narrativa a um personagem que amamos, “Lightyear” também é recheado de representatividade e permite que possamos nos ver nele. Os personagens são diversos, são jovens, são velhos, de etnias e orientações sexuais diferentes. Alisha Hawthorne, por exemplo, é uma mulher preta, lésbica e que constitui uma família e uma carreira de sucesso no longa, além de ser a melhor amiga de Buzz. A neta dela, a Izzy, também é preta e segue os caminhos da avó ao se tornar patrulheira, além de ter grande contribuição na animação. 

A dublagem é outro excelente destaque. Muito se falou quando Marcos Mion foi escolhido para dar voz ao personagem título e que foi apresentado ao público na voz do gigante Guilherme Briggs em “Toy Story”, mas o fato de terem “trocado” a dublagem faz total sentido do filme. Afinal de contas, não estamos falando do Buzz do Andy, mas o Buzz da vida real naquele universo.

Marcos Mion é excelente em todos os sentidos. De início, ainda causa estranhamento e a mensagem “É a voz do Marcos Mion!” ecoa na cabeça, mas essa sensação logo passa e somos presenteados por um trabalho impecável, com a entonação perfeita e que dá todo o sentimento que é necessário para contar a história. É importante lembrar que Mion, além de ser um excelente apresentador de televisão, também é ator e isso pesa muito nesse momento. Completamente dedicado com o que se propõe a fazer, Mion é um verdadeiro trunfo para este filme. Inclusive, a voz na versão americana é de Chris Evans, o Capitão América.

Dirigido por Angus MacLane (co-diretor de “Procurando Dory”) e produzido por Galyn Susman, “Lightyear” é uma animação leve, muito bem produzida, com belos visuais e uma história cativante repleta de personagens carismáticos que trazem personalidades muito próprias, fazendo deles únicos dentro daquele universo. A produção soube ainda acompanhar o tempo, tendo em vista que por mais que “Toy Story” seja até hoje um verdadeiro sucesso e conquiste um público infantil, as crianças de 1995 já são adultas e amam a franquia.

Depois de tanta ação, momentos cômicos, de se emocionar com as cenas mais tocantes e de se apaixonar pelos personagens, o sentimento que fica quando a produção chega ao fim é de satisfação e de querer saber se haverá uma sequência. Além disso, deixa a curiosidade para saber como seriam os filmes dos outros bonecos de “Toy Story”, como o Woody, por exemplo.

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Escrita por Otavio Pinheiro