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Dimension 404: A Black Mirror que não se leva a sério

Quando foi anunciado que a Hulu faria uma série original de ficção científica baseada no infame código 404 – indicador de que a página não foi encontrada, foi difícil de não a comparar com a famosa antologia de Charlie Booker, Black Mirror. Porém, ao contrário da série da Netflix, a nova produção do concorrente de streaming não se leva a sério e aposta no humor negro para tentar conquistar seu público.

Assim como Black Mirror, cada episódio apresenta um novo elenco e conceito, mas é por aí que as semelhanças terminam. De acordo com a sinopse oficial, a Dimensão 404 é um mundo perdido que se localiza nas profundezas do cyberespaço, em que horrores nunca antes vistos acontecem diariamente. Dimension 404 é uma antologia sci-fi que mescla terror, comédia e ação em seus episódios de uma maneira estranha e não tem vergonha disso.

Baseando-se nos primeiros três episódios da temporada – de um total de seis, que foram liberados no início de abril, é uma série comprometida com sua insanidade. O seriado criado por Dez Dolly e Will Campos faz claras referências a The Twilight Zone, como por exemplo a narração dos episódios feita por Mark Hammil na maior vibe Rod Serling.  O elenco é formado por vários rostos já conhecidos das telinhas americanas, como Lea Michele (Glee), Sarah Hyland (Modern Family), Joel McHale (Community), Ashley Rickards (Awkward) e Robert Buckley (iZombie).

A antologia é produzida pela RocketJumpFilm, empresa conhecida por seu expertise nos efeitos especiais e, claramente, isso influenciou no visual da produção. Com visuais integrados aos conceitos de cada episódio, o canal de streaming não economizou na hora de criar os universos fictícios.

Os episódios abordam uma empresa que literalmente cria a sua alma gêmea, uma mistura de pesquisa na internet que da errado com viagem no tempo e uma bizarra experiência em um cinema 3D. A escolha de evitar a seriedade e fazer humor em cima do horror high-tech é o que diferencia Dimension 404, que aposta no escrachado sem medo de parecer ridículo. A série agrada o público geek, mas também pode ganhar espaço nas maratonas de outros públicos por conta da forma leve e esquisita que aborda o assunto.

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Escrita por Renan Castelo Branco

Estudante de Jornalismo e cinéfilo. Preto é sua cor preferida.