A dupla Juan Marcus e Vinicius divulgou na última semana o single “Eu Fico”, que finaliza a série de lançamentos do projeto “Bendito Rolê”. Com uma letra romântica, a canção está disponível em todas as plataformas digitais e chegou acompanhada de um videoclipe bem trabalhado.
Em conversa com Juan, o músico contou mais sobre a produção de “Eu Fico”, que traz uma sonoridade mais lenta no piano e que ajuda a embalar a composição romântica do projeto. “Tem alguns poucos que usam [piano]. A Maiara e Maraisa usam! As duas tocam, a Maraísa toca. Mas, a gente sempre gostou muito dessa linha de música romântica-piano, porque eu acho que quando você constrói uma música romântica com menos instrumentos, você consegue deixar a letra mais em evidência. Principalmente, quando tem uma melodia de piano, você consegue construir melodias ainda mais bonitas. Então, a questão da gente gravar uma música e fazer um clipe, inclusive, com um piano dentro do cenário é algo que a gente sempre gostou de fazer.”, disse Juan sobre a construção da faixa e o uso do instrumento.
“Tem uma que a gente gravou no DVD em 2019 com participação do Zé Neto e Cristiano, que é a “Poema Bobo”, que também tem piano. E aí, quando a gente a compôs, a música pediu isso. Algumas músicas que a gente escreve que parece que pedem ‘olha, sou só isso aqui e mais nada. Não vai me sujar, não vai empurrar um monte de instrumento porque eu sou só isso aqui”. E ela só com a voz, o violão e o piano ali, entregou a mensagem da música. A gente achou que não precisava de mais nada além disso. Pra mim, particularmente falando, “Eu Fico” é a que eu mais gosto do projeto “Bendito Rolê” e é uma das mais bonitas que eu já escrevi.”, completou.
Com direito a Vinícius tocando piano, o videoclipe segue a qualidade de produção de todos os audiovisuais do projeto “Bendito Rolê” e ilustra bem letra da canção. “Gravamos em São Paulo em uma casa linda, toda cimento-queimado. Tanto nós quanto os atores gravamos no mesmo local, foi tudo na mesma casa, mesmo cenário, o que a gente mudou foram os detalhes. Quando tava eu e o Vinícius ali, botamos o piano e tal, aí quando eram os atores, tira tudo, muda cenário, troca os móveis. Mas foi bacana pra caramba! Acho que ele foi um dos últimos clipes que a gente gravou e ficamos muito felizes com o resultado porque a filmagem, o cenário, roteiro, conversam muito com a música. E a gente fica feliz pra caramba quando dá certo, né? De você escutar a música, assistir o clipe e perceber um casamento ali. Dá certo, sabe? O clipe explica melhor ainda a mensagem da música, você tá ouvindo e vendo com um entendimento maior. E como você falou, todos os clipes tiveram uma superprodução, inclusive, todos eles foram feitos pela mesma produtora que é a Movie 3, que é uma galera que faz um trabalho impecável. Acho que não podia ter ficado melhor!”, completou.
“Bendito Rolê”: idealização e dificuldades do projeto
Dividido em quatro partes, o projeto “Bendito Rolê” partiu de uma ideia da dupla de se testar em meio a pandemia e de levar para o público um Lado B dos artistas. Além das canções sertanejas, as canções trouxeram diversas referências do que os artistas gostam de escutar, como funk, trap e tantos outros gêneros.
“Ele traz muita coisa do que a gente sempre ouviu, sempre consumiu, mas nunca tinha gravado em nenhum projeto dessa forma, com bastante músicas em uma mesma linha. Então, esse projeto era uma coisa que a gente já tinha vontade de fazer, já tinha vontade de gravar porque ele é bem fora da curva, bem fora do que a gente sempre gravou, que é música mais romântica. E aí, a gente viu na pandemia uma oportunidade de gravar alguma coisa diferente. A gente podia arriscar porque não ia ter problema nenhum… a gente tava meio parado sem show, sem fazer um trabalho intenso de rádio, então a gente pensou ‘cara, vamos testar uma coisa, vamo ver o que a galera acha disso aqui’”, conta Juan.
Inicialmente intitulado “Lado B”, o projeto começou a ser construído justamente para mostrar este outro lado ainda desconhecido da dupla. “A gente veio com a ideia de como seria, quantas faixas, o que seria e aí a gente começou a compor pra esse projeto, a gente começou a construir as músicas pensando nisso, pensando no lado B, nos arranjos diferentes, em uma letra um pouco mais diferente também, até um pouco mais suja, mais baixo calão.”, completou o cantor, que contou que o projeto mudou de nome assim que escreveram a canção título e que traz a parceria de Mc Du Black.
“Ao longo do processo, a gente compôs a música “Bendito Rolê”, que é inclusive a que a gente gravou com o Du Black, e aí a gente achou o nome bacana pra caramba, a gente pensou ‘po, esse é o nome do projeto, do álbum’. E aí, era pra gente gravar só quatro músicas, mas a gente foi mexendo, mexendo e foram surgindo mais coisas e a gente pensou ‘cara, não dá pra fazer só quatro, a gente tem muita música boa, vai ter que aumentar o projeto’. Aí de quatro, viraram oito músicas, mas teve uma delas que a gente não vai lançar. A gente guardou e vai ser lançada em um projeto futuro.”, finalizou.
Em geral, todos os videoclipes do projeto “Bendito Rolê” contam com uma superprodução e conversam muito com a sonoridade de cada uma das canções. “Até Nos Modão Sarra”, que é uma das faixas de maior sucesso do projeto e uma das favoritas do público, trouxe para dentro do trabalho da dupla sertaneja o fenômeno do TikTok ao desafiar os artistas a reproduzirem coreografias. Juan define a produção como desafiadora e divertida.
“Foi divertido pra caramba e desafiador! Nenhum dos dois é dançarino, a gente é meio travadinho assim. Mas foi bom pra caramba porque, querendo ou não, com essa aceleração das mídias digitais, as redes sociais novas tipo o TikTok, você tem que se adaptar. Você tem que fazer um trabalho pensando naquilo ali, não tem como fechar os olhos pras coisas que vêm acontecendo e cada vez mais rápido. Então, quando a “Até Nos Modão Sarra” chegou pra gente, a princípio, a gente não tinha pensado tanto assim na questão da dancinha, mas depois a gente viu que dava pra encaixar alguma coisa ali no meio. Mas a gente também não quis deixar pra depois que lançasse a música, a gente falasse ‘ó, galera, tem uma coreografia e tal’, a gente já inseriu no clipe, pra ficar até mais fácil de, talvez, a música viralizar. E foi bom pra caramba, cara! Teve a ajuda do ballet que montou a coreografia, a gente aprendeu, passou tudo direitinho”, disse o artista.
Além da coreografia, no videoclipe de “Até Nos Modão Sarra” traz ainda as transições de cores, cenário, de fundo e de roupa, que são muito utilizadas pelos usuários no dispositivo. “O resultado final ficou impecável! E ela se destaca no projeto exatamente por isso: a brincadeira do TikTok, a questão da dancinha e ela trouxe muito resultado massa pra gente! Eu tô com 29 anos, o Vinícius tá com 26, mas parece até que a gente é mais jovem um pouco, sabe? Porque querendo ou não, a galera que tá mais consumindo o TikTok é mais a molecada e tal… então, acho que ela somou pra caramba no projeto.”, completa.
Os materiais do projeto foram pensados e produzidos durante a pandemia, momento que exigiu dos artistas uma dose extra de cuidado na realização dos trabalhos. Com isso, os desafios e as dificuldades para colocá-los em prática aumentaram. Juan revelou que a maior preocupação durante o período das gravações era de contrair o vírus da COVID-19, mesmo com todos os cuidados.
“Acho que um dos maiores medos que a gente teve assim, além de, lógico, contrair [o vírus] e tal, mas graças a Deus, todo mundo passou imune, a equipe de captação muito profissional, muito séria… acho que, fora isso, um dos maiores medos foram os das cenas abertas, de pegar chuva. A gente pegou, nessa época que a gente gravou, em São Paulo tava tendo uns dias de chuva, aí a gente tinha que ficar de olho no tempo. O clipe de “Louca no Rolê” era pra gente ter gravado em um dia, mas nesse dia que queríamos gravar, desceu um pé d’água e tivemos que jogar pra outra semana. O restante, a grande maioria foi feita em cenário fechado. Quatro músicas do projeto foram gravadas todas no mesmo local, só mudando o fundo, roupa. O único que tivemos essa dificuldadezinha foi a “Louca no Rolê”, tivemos que esperar uma previsão de Sol pra poder gravar.”, disse.
Recepção do público e planos para os próximoz meses
Mesmo sendo diferente de tudo que vinham fazendo, a recepção do público não poderia ser a melhor. Juan Marcus conta que a dupla recebeu muitos elogios dos fãs e revela que conseguiram agradar ao público com o “Bendito Rolê” ainda que as sonoridades fossem tão diversas. “O que eu acho mais bacana é que teve muita gente que comentou que nem fazendo um besteirol, a gente perde qualidade. É que a gente sempre toma cuidado com os trabalhos que a gente faz, a gente se dedica muito em questão de letra, os arranjos, a produção… então, tivemos muito elogio desse tipo. Conseguimos agradar bastante o público que consome a gente! Mesmo usando umas coisas um pouco diferentes, mesmo tendo funk, um pouco de trap, bastante do pop, conseguimos continuar agradando o nosso público, a galera que consome o nosso trabalho. Eu acho que as românticas amenizaram também na aceitação! “A Louca do Rolê”, querendo ou não, é uma baladinha mais romântica, tem a “Pedaços” que é muito romântica, com uma roupagem mais retrô.”, refletiu.
O cantor, que considera “Eu Fico” a melhor de todo o “Bendito Rolê”, termina contando mais sobre a faixa escolhida pela dupla para dar mais destaque nas rádios e ganhar maior investimento. “‘Eu Fico’, que é a extrema romântica do projeto, música de piano, a cara de Juan Marcus e Vinícius, conceito, atemporal, música pro rádio e a expectativa assim, cara, a melhor possível. Pra mim ela é a melhor do projeto, a mais bem construída porque, querendo ou não, é uma história cotidiana, as pessoas se identificam mais fácil que é um relacionamento. Ninguém foge do relacionamento. Ela conta a história de duas pessoas, onde uma pessoa passa por várias frustrações e mesmo assim, ela tá ali, ela continua, ela aceita de volta, ela cede.”, contou.
Já para os próximos meses, Juan Marcus e Vinícius seguem com a agenda de shows e prometem muitas novidades, como a gravação de um projeto novo já no primeiro semestre do ano. “No final de fevereiro pra março, mais ou menos, a gente grava um projeto novo porque os projetos têm prazo de validade e você tem que estar sempre abastecendo o público. Vai ser ao vivo aqui em Goiânia, vai lançar um mês, dois meses depois e no final do ano, a gente já vai estar pensando em gravar alguma coisa nova porque do jeito que tá o mercado, do jeito como estão as coisas, a gente tem que estar sempre pensando em um projeto. Assim que lança um, já tem que estar pensando em outro!”, contou Juan animado.
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