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Entrevista | Marina Melo lança o single “Eita, Baby” e conta detalhes da produção musical do próximo álbum

Imagem: Janaína Carvalho

Marina Melo está em estúdio nos preparativos para o novo álbum da carreira. Como prévia, a cantora lançou o lead-single “Eita Baby”. A faixa é um pop dançante que conta a história de uma pessoa que se arrepende de chamar alguém de “amor”. Apesar de lançada nas plataformas digitais em maio, a canção estreou no Festival TODOS, que aconteceu em Lisboa, no ano passado. 

Sua proposta musical se comprova com a diversidade regional dos artistas que participam do trabalho. Ela divide algumas letras com Giovani Cidreira, Jadsa Castro e Marcelle, compositores nordestinos, e é produzida pelo mineiro Chico Neves, famoso por trabalhos com Skank e Los Hermanos

O segundo disco é o sucessor do “Soft Apocalipse”, lançado pela artista em 2016. Em meio ao processo de produção do novo trabalho, Marina conta detalhes das inspirações e dos conceitos por trás do processo criativo. 

Poltrona Vip: Você está lançando o single “Eita, Baby”. Como foi o processo criativo da música? É inspirada em alguma situação que você soube ou vivenciou? 

Marina Melo: Adoraria dizer que a situação foi vivida por outra pessoa, mas foi comigo que aconteceu! Escrevi a letra e mostrei para os compositores Giovani Cidreira, Jadsa Castro e Marcelle, que fizeram a música comigo.

PVIP: A canção é uma produção de Chico Neves, um conceituado produtor da cena nacional. Como foi esse encontro? 

MM: O Chico Neves produziu o disco “Soltar os cavalos”, da cantora e compositora mineira Julia Branco. Ouvi esse disco no ano passado e fiquei totalmente apaixonada pela sonoridade. Os recursos usados nesse disco conversavam muito com os arranjos que eu já estava elaborando a partir de camadas vocais, violão e pedal de loop. Escrevi para o Chico, contei sobre essa minha pesquisa e sobre o encantamento que tinha tido com o este álbum e ele topou fazer a produção musical do meu disco. Nos conhecemos em São Paulo e dois meses depois fui pra Minas, onde passei um mês em Macacos, morando com ele e a família dele e fazendo as gravações.

PVIP: O Chico é entusiasta de uma nova geração de artistas que produzem em terras mineiras, como você. Como é sua interação com essa cena? 

MM: Minha interação com essa cena é de muita admiração. Como disse, foi o “Soltar os cavalos”, disco da Julia Branco, que me levou até o Chico Neves. Também gosto muito do trabalho da Luiza Brina, que participou da concepção do trabalho da Julia e lançou em 2017 um disco lindo com produção do Chico, chamado “Tão tá”. A Sara Não Tem Nome é uma outra artista que eu respeito muito e também vai fazer um disco com ele. Ainda não fiz nenhuma parceria com elas, mas espero que aconteça em breve!

PVIP: Você está lançando seu trabalho sem o selo de uma grande gravadora. Qual a principal vantagem e o principal empecilho de ser um artista independente? 

MM: A principal vantagem de ser artista independente é poder escolher o caminho artístico a seguir. O principal empecilho é ter que dar conta de muitas funções além das artísticas, muitas vezes sem saber direito como fazer. Estou fazendo esse segundo disco através do Edital de Criação de Obra Musical da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e esse apoio tem sido muito importante para que eu possa ter profissionais competentes ao meu lado e não precise dar conta de tudo sozinha.

PVIP: Quem ouve seu som, consegue perceber que existem diversas vertentes da música nacional e internacional inclusas. Quais são as suas principais influências musicais? 

MM: São muitas! Para esse disco, especificamente, buscamos uma linguagem que trouxesse, ao mesmo tempo, elementos minimalistas, mas, também, momentos dançantes. As principais referências, em termos de sonoridade, foram o trabalho da Julia Branco, o da dupla franco-cubana Ibeyi e também algumas coisas da Björk. Já em termos de composição, tem bastante inspiração em Letrux, Karina Buhr, Mauricio Pereira e até o belga Stromae, pela profundidade de suas composições. Sem falar nos artistas que são meus parceiros no disco: os baianos Giovani Cidreira e Jadsa Castro, a sergipana Marcelle, o pernambucano Juliano Holanda e o carioca Almir Chiaratti.

PVIP: O seu novo álbum está prestes a ser lançado. Conta pra gente alguns detalhes do trabalho? Quais as principais diferenças em relação ao “Soft Apocalipse”, seu primeiro disco?

MM: O disco fala sobre as várias nuances das relações humanas. De um lado, o humor e o afeto. De outro, o ódio e a intolerância. No meio disso tudo, uma perplexidade sobre como é estranho ser gente. A pesquisa sonora do disco começou com meus arranjos para violão, voz e pedal de loop. Cheguei no estúdio sabendo que as bases do trabalho seriam os graves, as camadas vocais e as percussões vocais e o Chico foi trazendo muitas novidades ao longo do trabalho. A principal diferença com o “Soft Apocalipse” é que no novo disco quatro músicas são parcerias com outras pessoas, enquanto no primeiro só havia uma parceria. 

PVIP: Quais os planos para o próximo semestre?

MM: Fazer um milhão de shows, se possível. 

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Escrita por Matheus Queiroz

Jornalista e amante de cultura pop.

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