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Entrevista | Tema de novela da Globo, o duo CAI SAHRA fala sobre sonoridade e influências: “Nosso som é para todos”

Imagem: Divulgação

Ainda crianças, Felipe Ricca e Rodrigo Silvestrini se conheceram em uma escola de música, onde apresentaram os primeiros sinais de uma grande sincronia. Quase 10 anos depois, a paixão de criança tomou ares de gente grande e, hoje, os dois despontam como uma das novas apostas do pop nacional. Juntos, eles formam a dupla CAI SAHRA.  

A veia artística de ambos vem de família. Felipe é filho dos atores Adriana Esteves e Marco Ricca e Rodrigo, do diretor de TV Paulo Silvestrini. Aos 19 anos, os jovens se preparam para o passo mais importante da carreira em dupla. Eles compõem a trilha sonora da novela “A Dona do Pedaço”, exibida na faixa das 21h pela Rede Globo.

A música que fará parte do folhetim é “Eu Sei”, faixa lançada pelos músicas no mês passado. Com produção de Paul Ralphes, a canção é uma composição de Felipe e Rodrigo e ganhou um clipe com direção de Paulo Silvestrini.

PVIP: Vocês estão lançando o single “Eu Sei”. Contem para gente como surgiu a música e como foi o processo de gravação.

Felipe Ricca: É uma música que representa muito o nosso processo de início de composição. Foi a terceira canção que compusemos juntos e por isso, temos um carinho muito especial por ela. A gente costuma compor muito na casa do Rodrigo. Normalmente, vou lá quase todos os dias. É onde produzimos nossos sons. Esse processo é muito dinâmico porque temos muita interação. Nós somos muito próximos e aprendemos a fazer esse processo de composição de forma muito rápida e natural. “Eu Sei” é mais uma dessas músicas em que a gente se encontrou em uma tarde e decidiu compor. Eu escrevi a letra e o Rodrigo viu, achou interessante e pediu para produzir um som.

PVIP: A música foi escolhida para compor a trilha sonora de “A Dona do Pedaço”, nova novela das 21h da Rede Globo. Já conseguiram escutar a música no ar?

FR: Foi uma oportunidade incrível! A gente fica muito feliz. Por enquanto, ouvimos apenas na chamada da novela. Estamos assistindo todos os dias esperando escutar mas ainda não tocou. É uma gratidão imensa porque qualquer artista sonha em estar com uma música na novela das 21h com uma repercussão tão grande. Nunca imaginamos que ganharíamos esse espaço.

PVIP: Uma novela das 21h apresenta vocês a pessoas, que, muitas vezes, está fora do circuito musical da internet. Com essa vitrine, que tipos de público vocês pretendem fidelizar?

FR: A ideia do nosso som é que a gente possa propagar para qualquer pessoa que se identifique, independente de faixa etária. De fato, tem faixas etárias que costumam aderir mais, mas o nosso som é para todos.

Rodrigo Silvestrini: Acho que o nosso som transmite muito uma ideia de positividade, de amor. Eu acho que qualquer pessoa vai aderir a isso porque são valores comuns à maioria das pessoas.

PVIP: Vocês agora fazem parte do casting da Universal Music, gravadora de nomes como Ivete Sangalo e Simone & Simaria. Como eles conheceram o trabalho de vocês e essa parceria se concretizou?

FR: Já existe há algum tempo uma conversa entre o nosso escritório e a Universal. A gente fica muito feliz com o fato de eles terem gostado da nossa música e terem comprado essa ideia de propagar o nosso som e fazer com que ele chegue ao maior número de pessoas possível. Pra gente, é uma honra imensa porque é a maior gravadora do mundo do nosso lado, no mesmo time, com único objetivo, que é fazer o CAI SAHRA dar certo.

PVIP: Os dois primeiros singles do duo trazem uma sonoridade acústica. Podemos considerar o acústico como a vertente do duo ou vocês pretendem explorar outras possibilidades nos próximos singles?

RS: Com certeza, pretendemos explorar outras possibilidades musicais. O fato de estarmos inseridos no pop dá muita abertura para dialogarmos com outros gêneros. O pop é muito híbrido. Ele conversa com R&B, rap e diversos outros estilos. Essa é a nossa essência: dialogar com a maior parte das nossas influências que são, de fato, ecléticas. Nesses dois trabalhos, você consegue perceber uma certa linearidade. Ambos foram produzidos pelo Paul Ralphes e a gente tentou ao máximo manter a ideia do violão acústico, que estava presente nos nossos primeiros vídeos, com a manipulação digital, que é algo que eu faço. Mas, com certeza, em canções futuras, vocês podem esperar sons mais produzidos e com outras pegadas, mas sempre voltados para a ideia de espalhar amor e positividade.

PVIP: Agora, vocês estão mais perto de grandes artistas da nossa música. Com quais deles vocês gostariam de colaborar?

RS: Da escola nova, tem o Tiago Iorc, que é um cara que a gente respeita muito e gosta muito do som. Seria incrível uma parceria com ele. De artistas renomados, Djavan é um cara que eu e Felipe gostamos muito e que seria um sonho uma colaboração. Até porque o som dele flerta com o nosso e tem uma vibe parecida com “Eu Sei” e “Meu Bem”.

PVIP: Vocês têm vários gostos em comum, mas e o contrário? Que tipo de música que influencia no processo artístico de um e que não agrada muito o outro?

RS: Antes de conhecer o Felipe, eu sempre fui influenciado por rock por causa do meu pai. Eu ouvia desde AC/DC a Led Zeppelin. Já o Felipe, ouvia mais rap. Essa junção das minhas referências com as dele se tornou muito similar ao longo do tempo até por essa intimidade que a gente adquiriu. Vivemos como irmãos e acabamos tendo praticamente o mesmo gosto. Os artistas que ouvimos hoje são bem parecidos e é muito difícil termos uma ideia muito discrepante sobre quem a gente curte ou não.

PVIP: O público de vocês, em sua maioria, se concentra na internet. E vocês, como consomem música?

RS: Hoje em dia, cada vez mais, escutar música está voltado para internet, para as plataformas digitais. Isso torna muito mais dinâmico o acesso à música.

FR: Democratizou o espaço da música no mercado. Isso ajuda a gente a descobrir novos sons e novas propostas.

PVIP: De onde surgiu a ideia de estilizar a palavra “caiçara” para o nome do duo?

FR: Estávamos decidindo o nome da dupla e me remeteu a quando eu ia para o litoral de São Paulo. As pessoas que moravam perto da praia eram chamadas de caiçaras. Aquilo ficou na minha cabeça, falei para o Rodrigo e ele adorou a ideia porque a sonoridade da palavra é muito bonita. Além disso, moramos perto da praia no Rio de Janeiro. Decidimos estilizar a palavra justamente para que ela representasse única e exclusivamente a gente. O significado de CAI SAHRA representa o nosso som, o que a gente propaga e o nosso estilo de vida, o que a gente gosta de transmitir para as pessoas.

PVIP: Quais os próximos planos para a carreira?

FR: Nós vamos lançar muita música, muita novidade. Tem um EP fresquinho. Estamos só ajustando os pontos finais e num futuro bem próximo, vai vir um EP recheado de músicas novas.

PVIP: E vocês podem dar um spoiler desse EP?

RS: Só garanto que “Eu Sei” e “Meu Bem” estarão no EP. Além disso, não podemos falar nada. Surpresa!

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Escrita por Matheus Queiroz

Jornalista e amante de cultura pop.

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