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Entrevista | Wc No Beat lança “GRIFF” e comenta sobre colaborações femininas: “São canetas de ouro”

Foto: Gabriel Dias

O produtor Wc No Beat lançou na última quinta-feira (20) o “GRIFF”. Com 12 faixas, o segundo disco da carreira conta 33 colaborações especiais de artistas nacionais e internacionais respeitando a individualidade e gênero musical de cada um, mas trazendo todos para dentro do universo que o pioneiro do movimento trap funk domina e que vem ganhando espaço a cada dia.

Wc no Beat conta que o processo de produção do “GRIFF” começou ainda em 2018, quando lançou o disco de trap funk “18K”. Assim que o álbum foi apresentado ao público, o artista já começou a preparar e idealizar como seria o projeto que viria a seguir.

+ Wc No Beat reúne 33 artistas no álbum “GRIFF”; ouça!

“Foram dois anos de trabalho praticamente. Foi muito importante para meu crescimento profissional como artista e muito importante para meu crescimento como músico e foi um desafio, né. De estar no Rio, estar em São Paulo, às vezes eu tinha que estar no Rio e em Sáo Paulo no mesmo dia. Fora isso a gente tinha os shows, os clipes que precisavam ser gravados e eu consegui entregar isso tudo antes da pandemia. Foi a minha maior felicidade de conseguir entregar um projeto maneiro, um projetão aí com várias participações antes da pandemia. E vou te falar que num foi fácil não porque eu tive que abdicar tempo, de família, tive que abdicar muita coisa. E é um aprendizado, né? Um aprendizado que você leva para o resto da vida.”, conta Wc, que completa dizendo que apesar das dificuldades, está muito feliz com o projeto e das amizades que ele trouxe.

Com 12 faixas, o projeto conta com parcerias super especiais de um time de artistas amigos de Wc e por quem ele tem muita admiração, como Dilsinho, Ludmilla, Anitta, Karol Conka, Rebecca e tantos outros. Questionado sobre como unir todas esses talentos em canções tão diferentes, o produtor conta que o segredo tá na relação que tem com esses nomes e com tantos outros artistas da música.

“Se você colocar 33 pessoas dentro de um álbum, essas 33 pessoas elas tem que gostar de você, sabe? Então, foi assim que eu fui conquistando. Fora os amigos que eu já tinha no primeiro projeto e que eu trouxe para esse segundo projeto.”, começa. “Pra eu trazer pro meu time, eu tenho que modificar um pouco pra minha linguagem, mas sem sair da linguagem deles. E lógico sendo uma pessoa humilde pé no chão nunca ter esse lance de ego. Dentro de estúdio, cara, isso não existe. Isso faz com que as pessoas que são participações olhem pra mim com respeito e falem “Pô, Wc é um cara maneiro, é um cara legal e eu quero fazer música com ele.'”, finaliza.

Além de uma postura humilde livre de egocentrismo, Wc no Beat destaca a importância de um estudo aprofundado sobre os artistas para resultados ainda melhores. Ao escutar o “GRIFF” é possível notar a gama de gêneros e artistas presentes cada um com a própria individualidade, jeito de cantar, mensagem e questões que fazem parte da identidade dos cantores.

“Eu deixo a pessoa a vontade pra fazer música comigo e ela vai saber que a música não vai fugir do que ela é. Em todas as participações foram assim e eu estudo muito esse lance da vibe do artista, como ele escreve, qual a linguagem, a imagem dele e tudo isso influencia pra eu conseguir misturar de uma forma que fique bem, que soe bem. É um estudo mesmo que você tem que trazer a tona, né.”, conta.

Sobre a parceria com Dilsinho, por exemplo, o artista conta que a vontade de colaborar surgiu faz um tempo depois de algumas conversas e de se esbarrarem em bastidores de eventos, além da proximidade por conta da Sony Music. Os artistas colaboram na faixa “B.O. Temporário”, que também traz a colaboração de Felp22, que leva um rap para a canção, e do mexicano Reik.

“É um estudo mesmo que você tem que trazer a tona, né. De pegar o Dilsinho e falar. “Pô, o Dilsinho escreve pagode, ele tem uma letra romântica, ele tem uma melodia que é assim, ele gosta de cantar uma música dele que tem esse tom. Então, vamos trazer ele pra cá, mas vamos mudar um pouquinho pra nossa linguagem, mas que não fuja da linguagem dele e vamos botar uma outra pessoa, que é o Reik, que é participação especial, que é do México e que também está nesse mesmo som. Tipo, totalmente diferente da música de lá, mas os dois falam a mesma linguagem, os dois cantam música romântica”, comenta Wc destacando a importância desse estudo na hora de unir esses artistas a faixa.

Pocah, Anitta, Ludmilla, Rebecca e todas as outras artistas femininas presentes no projeto são definidas por Wc como “canetas de ouro”, quando questionado sobre a composição. Segundo o produtor, as cantoras já chegaram escrevendo em poucos minutos uma música inteira, isso quando não trouxeram uma letra totalmente pronta.

“As artistas femininas que estão no disco são canetas de ouro. Todas elas já chegaram, já escreveram. Ludmilla escreveu em meia hora, Anitta escreveu comigo em 40 minutos, já gravou e foi pra Espanha assim do nada! É muito louco, mano! A Pocah chegou com uma letra pronta dela. Muito foda. A Rebecca escreveu do meu lado.”, disse.

“Poucos artistas eu escrevi, sabe? Tive essa oportunidade de deixar algumas frases minhas dentro das letras deles, como o Buchecha, Pedro Sampaio, o FP do Trem Bala, a própria Anitta também tem algumas coisas que eu escrevi. Pouquíssima coisa porque ela já veio já com uma parada que é dela, entendeu?”, completa o artista dizendo que nesse projeto teve mais a oportunidade de escrever junto com os artistas. “É como se fosse um relógio. Toda peça que tá ali ela vai fazer que o relógio funcione. Então, eu acho que foi importante estar com os artistas compondo.”, conta.

Ainda sobre as composições, Wc elogia os artistas com quem trabalhou nesse projeto e garante que pois ajudaram a trazer ainda mais a própria identidade e fazer com que a música ornasse ainda mais com o próprio trabalho somado ao trap funk. “Eles vieram muito bem. Quem escreveu comigo também eu fiz com que valesse a pena, entendeu?”, diz Wc. “Foi um desafio muito grande trazer a minha visão de letra, porque eu não sou um cara que canta, pra dentro desse disco, entendeu?”, completa o produtor, que ainda destacou animado a oportunidade que teve de trabalhar com Buchecha.

O “GRIFF” chega na íntegra no meio de uma pandemia onde as pessoas tiveram que alterar drasticamente a rotina e se manterem em casa para preservar a própria saúde e a dos demais. Além considerar histórico lançar um álbum inteiro em plena pandemia e em um cenário musical onde os artistas divulgam mais singles avulsos, Wc quer levar um alívio para as pessoas.

“As pessoas de casa estão sedentas por música. Um momento tão delicado, tão triste que as pessoas tão passando, sabe? As pessoas estão sedentas querendo ouvir música. “Saudades de fazer uma festa, né minha filha?”, tipo isso! Então, assim, cara, eu com esse álbum vou suprir um pouco essa necessidade”, comenta o artista. Esperançoso, Wc completa dizendo que uma hora tudo isso vai passar e que as pessoas irão poder retornar à rotina de sempre, mas enquanto não acaba quer levar algo de bom para as pessoas.

O “GRIFF” já contava com três canções lançadas e que caíram no gosto do público rapidamente, tendo um rendimento muito satisfatório nas vendas. Questionado sobre como espera que as pessoas reajam com o lançamento, o produtor conta que tem a sensação de que as pessoas irão escutar e se identificar muito.

“A minha visão foi essa, que o público ouça e diga ‘Cara, eu curti muito essa mistura, eu vou querer ouvir mais, vai marcar a minha vida em algum momento’. Como foi o meu projeto, muitas musicas marcaram a vida das pessoas. Eu sempre quero deixar esse rastro de inspiração, assim. E quando a pessoa ouvir esse projeto eu quero deixar essa percepção de como o Wc conseguiu juntar essa galera toda dentro de um álbum”, diz.

Sobre os videoclipes, o artista conta que mais canções ganharão produções visuais e garante que a música que o público mais gostar certamente já tem um gravado. “Eu tenho certeza que a música que a galera curtir já tem clipe pronto. Não tem como fazer todas do álbum por causa de grana porque é muito caro fazer um álbum inteiro de video.”, conta Wc, que expressa a vontade de fazer vídeos para todos as músicas. “Quem sabe daqui há um tempo no próximo projeto eu consiga fazer”, finaliza.

Com uma super produção e colaboração de Mc Zaac, Mc Rebecca, Preto Show e Karol Conká, o videoclipe da faixa “Cheguei” foi lançado nesta sexta-feira, 21. Assista:

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Escrita por Otavio Pinheiro

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