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“Funny Girl”: Sucesso de bilheteria da Broadway estreia versão brasileira em agosto

Foto: Caio Gallucci

Com direção de Gustavo Barchilon, o clássico dos musicais “Funny Girl” chega ao Brasil em uma adaptação estrelada por Giulia Nadruz, Vânia Canto e Eriberto Leão. O espetáculo estreia no dia 18 de agosto no Teatro Porto em São Paulo, e os ingressos estão disponíveis no site Sympla. 

Em São Paulo, “Funny Girl” segue em cartaz até 8 de outubro, com apresentações às sextas-feiras, às 20h, aos sábados, às 16h30 e às 20h, e aos domingos, às 15h30 e às 19h. Em seguida, o musical viaja para o Rio de Janeiro e faz temporada no Teatro Casa Grande. O espetáculo é assinado por Bianca Tadini e Luciano Andrey e produzido pela Barho Produções em parceria com a 7.8 Produções Artísticas.

Giulia e Vânia, dois dos grandes nomes do teatro musical no Brasil, irão se alternar no papel de Fanny Brice. Já o par romântico da personagem na trama, o jogador Nicky Arnstein, será vivido por Eriberto Leão, que fará a tão aguardada estreia nos musicais. Os artistas foram escolhidos em um longo processo de audições bem concorrido, que durou duas semanas e contou com mais de 500 candidatos. 

A história de “Funny Girl”

Estreado em 1964, Funny Girl tem trilha de Julie Styne, letras de Bob Merrill, texto de Isobel Lennart e foi originalmente estrelado pela grande cantora e atriz Barbra Streisand, que também deu vida à protagonista da história na adaptação para o cinema dirigida por William Wyler em 1968. 

Recentemente, o musical ganhou uma nova versão americana que acaba de virar um recorde de bilheteria na Broadway. A montagem é protagonizada por Lea Michele, que vive papel dos sonhos da personagem no seriado Glee, pelo qual a atriz ficou conhecida. 

O espetáculo, que se passa na época da Primeira Guerra Mundial, acompanha a trajetória da jovem judia Fanny Brice, que morava no Lower East Side e sonhava em ser uma atriz famosa. Ela consegue seu primeiro emprego no Vaudeville, mas sua mãe, a Sra. Rose, tenta dissuadi-la da carreira no show business alegando que a filha não tem uma beleza padrão. 

Ajudada e encorajada pelo jovem dançarino Eddie Ryan, ela logo vê sua carreira decolar, começa a explorar o humor em suas apresentações e se torna a estrela de Ziegfeld Follies. Certo dia, ela conhece e se apaixona pelo jovem Nicky Arnstein, um jogador compulsivo. Mas enquanto Fanny ascende em sua carreira, o relacionamento deles se deteriora. 

Para Gustavo Barchilon, que se lembra com carinho das músicas de Funny Girl interpretadas por Barbra Streisand desde a infância, pois sua família as reproduzia em casa, o musical transcende a questão do feminismo e fala sobre o poder da mulher. 

“Quando falamos que a Fanny Brice estava à margem dos padrões, estamos nos referindo a uma época em que a mulher não tinha voz e ela era aquela menina que, desde o começo, disse que seria uma estrela. Uma mulher que já se posicionava e que chegou aonde chegou, é completamente fora dos padrões daquela época. E até hoje estamos discutindo sobre feminismo. Trazer uma biografia feminina e mostrar como existem mulheres poderosas há muito tempo me interessou bastante”, comenta Barchilon. 

O diretor conta que a versão brasileira busca adaptar a obra para a nossa realidade atual. “Acho que os clássicos precisam ser revistos, porque tem muitos espetáculos que hoje em dia são politicamente incorretos. E o Funny Girl também tinha alguns pontos assim. Eu me mudei para Nova York e sugeri algumas adaptações, expliquei para os detentores dos direitos do espetáculo o porquê estava fazendo isso e eles aceitaram e ficaram curiosos para ver as mudanças. Quem me conhece também sabe que, por mais que a peça se passe em outro lugar ou outra época, busco sempre trazer alguma coisa brasileira”, diz. 

Ele ainda explica que nessa adaptação procurou mesclar aspectos da versão original do musical com o filme e outras referências. “Nossa versão é completamente original. Nós acrescentamos e cortamos o texto, inserimos músicas do filme, colocamos músicas que estão na montagem atual em cartaz na Broadway. Além disso, a nossa é a primeira montagem que se passa em um só ato. E toda essa mistura ainda tem um toque brasileiro, né?”, acrescenta. 

A montagem tem alguns números grandiosos: são mais de 400 peças de figurino, 35 perucas e uma orquestra com 14 músicos. “Eu não teria como trazer um espetáculo de Julie Styne pro Brasil sem uma orquestra primorosa – o que já fiz em Gipsy. E o legal é que conseguimos com tudo isso montar um espetáculo clássico que se comunica com os dias de hoje”, comenta o encenador. 

Serviço:

Funny Girl
Teatro Porto (Alameda Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos)
De 18 de agosto a 8 de outubro de 2023
• Sexta às 20h
• Sábado às 16h30 e 20h
• Domingo às 15h30 e 19h
Duração: 110 min 

Ingressos disponíveis no site Sympla a partir de R$ 25 (meia entrada)
– Plateia: R$ 250 (inteira) / R$ 125 (meia)
– Balcão: R$ 150 (inteira) / R$ 75 (meia)
– Balcão (Preço Popular): R$ 50 (inteira) / R$ 25 (meia) – Clientes Porto têm desconto de 30% na compra de até 2 ingressos – Clientes Cartão de Crédito Porto Seguro Bank têm desconto de 50% na compra de até 2 ingressos

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Escrita por Otavio Pinheiro