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“Godzilla vs. Kong” conta com muita ação e efeitos especiais incríveis, mas falta algo | Crítica

Com produção da Warner Bros. Pictures e Legendary Pictures, o aguardado “Godzilla vs. Kong” reúne dois grandes personagens dos cinemas em um longa cheio de ação e efeitos visuais bem trabalhados. O filme estreia nos cinemas brasileiros a partir de 6 de maio, mas já conta com sessões desde a última quinta-feira, 29 de abril.

Com direção de Adam Wingard, o filme mostra o confronto colossal entre os dois seres míticos que coloca o destino do mundo em jogo. Kong e seus protetores iniciam uma jornada perigosa para encontrar seu verdadeiro lar. No meio do caminho, eles cruzam o caminho de Godzilla, que está enfurecido e deixado atrás de si uma trilha de destruição em todo o planeta. O confronto épico entre os dois titãs é apenas a porta de entrada do grande mistério que reside nas profundezas do núcleo da Terra.

O longa faz parte do MonsterVerse e serve como sequência direta de “Kong: A Ilha da Caveira” (2017) e “Godzilla II: Rei dos Monstros” (2019). Repleto de ação e momentos de tirar o fôlego, “Godzilla vs. Kong” conta com uma superprodução e traz uma alta variedade de efeitos visuais, não só na hora de criar os grandes protagonistas do filme, mas também nas lutas e destruição que os personagens deixam por onde passam. A trilha sonora é tão épica quanto poderia ser e embala esses momentos.

Como todo bom filme do gênero, é necessário que haja um ponto emocional no meio de tanta ação para trazer uma conexão com o público e em “Godzilla vs. Kong” isso se dá no relacionamento de Kong com Jia, uma jovem órfã surda com quem o gorila criou um vínculo único e sólido. Inclusive, esse relacionamento de Kong com um humano também foi explorado no clássico de 1976, com Jessica Lange, e em 2005, no remake com Naomi Watts.

Um dos pontos menos interessantes na produção é de fato o roteiro, que não foi muito bem trabalhado fazendo com que o filme se torne um grande número de ação sem uma introdução e um desfecho muito elaborado. Em um filme onde há a necessidade de trazer o trajeto de Kong para casa, Godzilla destruindo tudo e uma empresa com um plano maquiavélico de construir uma outra criatura superpoderosa algumas coisas se perderam, assim como alguns personagens ficaram rasos e pouco explorados.

No entanto, “Godzilla vs. Kong” está longe de ser um filme ruim e mal feito, muito pelo contrário. A ideia de misturar duas das mais lendárias criaturas dos filmes do gênero é um verdadeiro trunfo e garante uma experiência muito eletrizante, mas a impressão que dá é que seriam necessárias mais de duas horas para contar uma história mais completa e fechar alguns arcos. Ainda assim, o filme é bastante divertido e garante um bom entretenimento.

“Godzilla vs. Kong” é estrelado por Alexander Skarsgård, Millie Bobby Brown, Rebecca Hall, Brian Tyree Henry, Shun Oguri, Eiza González, Julian Dennison, com Kyle Chandler e Demián Bichir. O roteiro é assinado por Eric Pearson (“Thor: Ragnarok”) e Max Borenstein (“Godzilla II: Rei dos Monstros”, “Kong: A Ilha da Caveira”), com argumento de Terry Rossio (“Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”) e da dupla Michael Dougherty & Zach Shields (“Godzilla II: Rei dos Monstros”), baseado no personagem “Godzilla”, propriedade e criação da TOHO CO., LTD.

O diretor de fotografia Ben Seresin (“A Múmia”, “Guerra Mundial Z”), os designers de produção Owen Paterson (“Jumanji: Bem-vindo à Selva”, “Godzilla”) e Thomas S. Hammock (“Bruxa de Blair”), o editor Josh Schaeffer (“Godzilla II: Rei dos Monstros”), a figurinista Ann Foley (“Arranha-Céu: Coragem Sem Limite”) e o supervisor de efeitos visuais John “DJ” DesJardin (“Zack Snyder’s Justice League”).

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Escrita por Otavio Pinheiro