King lança nesta sexta-feira (22) o single “Podia Ser”, o primeiro das faixas que irão compor o EP “Travessia”. A faixa tem composição assinada pela artista de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, em parceria com Jenni Moselo e transparece sentimentos confusos e uma sonoridade impactante.
“Esta canção fala sobre a correria do dia a dia que muitas vezes nos impede de nos envolvermos emocionalmente, até porque, com o passar do tempo, tantas outras coisas se tornam prioridades, que não vale o desgaste da tentativa sem garantias. É uma música que até podia ser de amor e tesão, mas acaba sendo sobre tesão e solidão”, explica.
“Eu escrevi essa música junto com a Jenni. Devido à pandemia, foi uma troca a distância que deu muito certo. Acredito que seja o fato de já colaborarmos a algum tempo. Fluiu muito bem. Sem contar que todas as coisas me inspiram. Pessoas, histórias, lugares, objetos. Depende muito do feeling, depende muito do objetivo da música. Busco muito trazer assuntos ou situações em que as pessoas se identifiquem”, conta a artista. “Este som, eu chamaria de Trap Alternativo. Uma Love Song para os corações bandidos”, brinca.
Além de estar disponível nas plataformas digitais, o single ganhará ainda um clipe dirigido por Jessica Teleze, inspirado na fotografia do filme “In Mood for Love” (Amor à Flor da Pele). “Um drama romântico de 1962 cheio de reviravoltas casa perfeitamente com este trabalho. Uma parceria perfeita com o cenário retrô da arquitetura de Santa Tereza e os toques pop dos figurinos inspirados em S&M feitos pela Vivi Cunha exclusivos para o clipe”.
Além de se destacar como compositora, somando milhões de visualizações em hits como “VIP”, da Luiza Sonza, e “Comando”, da Negra Li, também chama atenção da cena com seu trabalho autoral, com músicas como “Rabão” e “Vai Ficar”. Com data marcada para o lançamento de um EP visual ainda esse ano, filmes e séries a serem lançadas, King promete abalar as estruturas do mercado fonográfico brasileiro.
“Produzir durante a pandemia foi um grande desafio e a ter um incentivo da Lei Aldir Blanc me permitiu concretizar um ciclo na minha carreira. Minha vida tem sido uma travessia física, geográfica, emocional, pessoal e profissional. Neste projeto com as músicas, os clipes e a série animada, consigo enxergar o resultado dessa travessia. E eu sei que vou continuar neste processo eternamente”, diz.
Mulher, negra, bissexual, da Baixada Fluminense, King está dando o nome em um cenário dominado por homens brancos. “Por conta de uma herança histórica não reparada, nós, pessoas negras de periferia, somos ensinados desde muito novos, diariamente, a sermos melhores. Do contrário, não conseguimos boas escolas, vagas em faculdades, bons empregos e até mesmo um relacionamento amoroso saudável. Mas o que é ser melhor, né? Ao mesmo tempo, o sonho do corpo preto é sempre preterido e é muito delicado lidar com os nossos sonhos. Existe o orgulho de talvez ser o primeiro da sua família a ter o privilégio, o que prefiro chamar de legitimação de vivenciar essa experiência. É um ato ancestral, mas nada romântico. Sou a primeira compositora negra do mainstream do pop nacional. Isso não deveria ser normal e aceitável. Estamos longe da igualdade e não é diferente dentro da indústria musical“, finaliza King.
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