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Lagum explora diferentes sonoridades e composições mais maduras no projeto visual “Depois do Fim”; confira!

Lagum lançou, nesta sexta-feira (14), seu quarto álbum de estúdio. Intitulado “DEPOIS DO FIM”, o compilado é uma continuidade do EP “FIM” e inaugura de vez a nova fase da banda.  De forma visceral e lírica, o grupo experimenta métricas, formas e sonoridades antes pouco usadas, como piano, cordas, metais e texturas eletrônicas para compor as diversas camadas das 14 faixas do álbum – uma delas, “Coisa Boa”, está bloqueada e será divulgada posteriormente.

A obra proporciona um mergulho interior ao ouvinte e traz um olhar inquietante sobre a jornada de um eu lírico que acaba de passar por um fim, ilustrando de maneira poética seus anseios e descobertas. “O álbum é um mergulho de introspecção. A gente deu uma boa subida de degrau nesse disco, que era uma intenção que a gente tinha antes do álbum e buscamos isso durante a produção”, celebra Zani, guitarrista do Lagum. 

O elemento escolhido para simbolizar esse novo capítulo e o que eles querem passar com “DEPOIS DO FIM” é o fogo, que representa um processo de transformação e combustão. “A nossa casa de verdade pegou fogo, no sentido que a gente passou pelo fim de uma formação e se descobriu em uma nova. O fim de um molde de trabalho e a construção e descoberta de uma nova maneira. Como todas as pessoas, as nossas vidas passaram por alguns fins e reinícios”, diz Pedro, vocalista da banda. 

Depois de uma pandemia, a perda de um integrante, mudanças na vida pessoal, mais maturidade e uma nova realidade, a banda revela uma mudança no som, na harmonia e nas letras enquanto narra: da queda ao mergulho e o retorno à superfície diferente. Tendo como o ponto de partida o término de um relacionamento, as canções passam por todas as fases que vem depois de um fim: a perdição, a ressaca, as descobertas e um novo ponto de vista, esse processo é contado. 

“A pessoa passa por um momento feliz, vai pros rolês, curte, sem pensar no futuro, só no prazer do momento. Até que a ressaca chega e começa um momento mais introspectivo, de olhar para dentro e se descobrir, admitindo coisas que às vezes não são bonitas de falar. Esse álbum visual admite coisas feias. É a sombra da personalidade que não tem como ignorar, mas que passa pela cabeça de todo mundo. A cabeça do ser humano não é só flores. O álbum tem muita luz e sombra: descobrir coisas boas, superar, mas ao mesmo tempo olhar pra dentro, encontrar-se e admitir que você teve pensamentos ruins”, explica Pedro. 

O início do longo processo criativo foi em Belo Horizonte, cidade natal dos integrantes, mas a finalização aconteceu na zona rural de Campinas, interior de São Paulo: “Lá, a gente teve dois processos: um primeiro momento de amadurecimento do material que a gente já tinha gravado. E outro de criação de novas canções e arranjos. Foi a primeira vez que a gente se viu em um processo tão grande sem a presença de um baterista. Isso afetou diretamente a nossa forma de produção”, conta Jorge, guitarrista da banda. 

“O álbum acabou se tornando visual por acaso, não foi planejado, mas a gente sentiu uma necessidade de contar histórias de maneira visual com as músicas, além do que já contavam.  A gente pensou muito em que situação as pessoas ouviriam essas músicas, foi muito importante pra gente criar essas cenas. E também por um olhar mais assim do dia a dia, é cada vez mais difícil estarmos presentes no momento, reparar nas coisas, nos detalhes. Então a gente fez vídeos sem cortes, como se a pessoa estivesse presente naquele momento, ouvindo a música e apreciando uma paisagem, observando uma pessoa treinando ou dançando”, diz Pedro.

“É a soma e aprofundamento de cada melodia, letra e o que cada um dos integrantes da banda sentiu ao criar cada faixa do álbum. Juntando essas percepções, moldamos essa soma para chegar em cada um dos roteiros das cenas. A gente vem explorando das nuances do cinema em todas nossas produções, assim como a banda explora isso da música. É um trabalho de muita soma, olhares, sensações e de muita experimentação. É potente”, explica Celina Barbi, diretora criativa, conta Celina, diretora criativa.

A banda apresenta ao público novos horizontes, mas sem deixar sua essência de lado. “Esse álbum tem um poder muito grande de fazer a pessoa se sentir pertencente ao Lagum que já existiu e transportar ela junto com a gente para um Lagum que é um novidade para todos nós”, finaliza Chico, baixista da banda. 

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Escrita por Otavio Pinheiro