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Mariah Carey disponibiliza o álbum “Glitter” nas plataformas digitais; relembre a conturbada era

Imagem: George Holz

Quase 19 anos após o lançamento, Mariah Carey parece ter finalmente feito as pazes com o álbum “Glitter”, trilha sonora do filme homônimo. O disco foi disponibilizado em todas as plataformas digitais nesta sexta-feira (22). 

A chegada do trabalho aos streamings é o ato final da campanha #JusticeForGlitter, angariada pelos lambs, fãs de Mariah, em 2018. Apesar de não ser o álbum menos vendido da carreira, ele é considerado o grande fracasso do catálogo da estrela, que, no primeiro lançamento dos anos 2000, não conseguiu repetir o mesmo sucesso dos discos anteriores. 

Com a iniciativa, os admiradores da cantora levaram “Glitter” ao topo do iTunes americano, com cerca de 3 mil cópias comercializadas em quatro dias. Esse número representou um aumento de mais de 8.000% nas vendas do álbum. 

Para celebrar o lançamento nas plataformas digitais, Mariah incorporou Billie Frank, personagem que interpreta no filme, nas redes sociais. “Um pouco tarde, mas pra mostrar minha gratidão pela #JusticeForGlitter, o álbum está finalmente disponível! Pensei que todos poderíamos usufruir de uma diversão retrô nesse momento”, escreveu a intérprete. 

A era Glitter

O projeto “Glitter” marca um momento conturbado na carreira e na vida pessoal de Mariah Carey. Dois meses antes do lançamento do filme, o comportamento da cantora preocupava os fãs: ela publicava no site oficial mensagens de voz com constantes reclamações de sobrecarga. 

Um dos acontecimentos mais marcantes do período foi a aparição no extinto programa da MTV “Total Request Live”. Mariah apareceu de surpresa acompanhada de um carrinho de sorvete. Durante a entrevista, ela reclamou novamente de cansaço extremo. Dias depois, ela foi internada por estafa e colapso emocional. O “breakdown da Mariah”, como a mídia americana chamou o episódio, foi repleto de especulações, entre eles, de que a cantora havia tentado suicídio. 

O filme, inicialmente intitulado “All that Glitters”, foi anunciado por Mariah Carey em 1997, no entanto, problemas internos na primeira gravadora fizeram com que o projeto fosse postergado. Após o álbum “Rainbow”, último compromisso contratual com a Columbia, a cantora assinou um contrato de 100 milhões de dólares com a Virgin Records e deu continuidade à película. 

No longa, Mariah interpreta Billie Frank, uma menina pobre impedida de crescer com a mãe devido a problemas com alcoolismo. A criança vive sob a promessa de que a matriarca lutaria para recuperar a custódia, o que nunca acontece. Já adulta, Billie alimenta o sonho de ser uma estrela da música e o desfecho, você já deve ter visto antes.

O roteiro fraco e a atuação de Mariah foram alvos de duras críticas. No Rotten Tomatoes, plataforma que cria uma média baseada em diversas avaliações, o filme amargou 6% (de 100) de aprovação. Como se não bastasse o parecer ruim, a primeira parte projeto – o CD – foi lançado em uma data que os Estados Unidos querem esquecer: 11 de setembro de 2001. 

O resultado foi um dos fracassos comerciais mais comentados da história da indústria fonográfica. O filme, com investimento de 22 milhões de dólares, arrecadou pouco mais de 5 milhões. Já o álbum, encerrou o ano com 2 milhões de cópias vendidas mundialmente – número bom, mas inexpressivo para a estrela que, dois anos antes, havia vendido 10 milhões de discos. O baixo desempenho fez com que Mariah perdesse o contrato recente com a Virgin, que pagou 28 milhões de dólares à artista para a rescisão.

“Não a conheço”

Outra controvérsia da era gira em torno de um dos maiores desafetos de Mariah: Jennifer Lopez. A faixa “Loverboy”, lead single do “Glitter”, continha samples de “Firecracker”, do grupo Yellow Magic Orchestra. No entanto, trechos da música podem ser ouvidos em “I’m Real”, música do álbum “J. Lo”, lançado no início de 2001. Isso fez com que Mariah e o time de produtores precisassem refazer a música, incluindo samples de “Candy”, lançada em 1986 por Cameo

Executivos da indústria afirmam que Tommy Mottola, ex-marido de Mariah e presidente da Sony na ocasião, recebia informações secretas sobre o trabalho da ex e que o pedido do sample para Jennifer foi uma forma de boicotar os projetos de Mariah, que, naquela altura, já havia deixado o selo da Columbia.

Ouça “Glitter”:

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Escrita por Matheus Queiroz

Jornalista e amante de cultura pop.

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