O R&B e o soul perdem hoje uma de suas principais referências e uma mulher que contribuiu para transformar a indústria musical: Aretha Franklin. A icônica vocalista morreu nesta quinta-feira (16) aos 76 anos. Desde 2010, ela batalhava contra um câncer no pâncreas, que chegou ao estágio avançado, segundo o médico da artista.
No última domingo, a cantora havia sido hospitalizada em estado grave, mas ainda nesta terça-feira, um representante da família informou à revista People que Aretha já estava em casa e consciente. Nos últimos dias, ela chegou a receber visitas de artistas e amigos, como Stevie Wonder e Jesse Jackson.
Em comunicado, a família lamentou a perda e agradeceu aos fãs e admiradores pelo carinho: “Perdemos nossa matriarca e a sustentação da nossa família. O amor que ela tinha por seus filhos, netos, sobrinhos e primos não tinha limites. Sentimos o amor de vocês por Aretha e ele nos trouxe conforto para entender que o legado dela vai permanecer. Em nosso luto, pedimos respeito e privacidade nessa hora difícil”.
Carreira
Aretha Franklin nasceu no estado do Tennessee, em 1942. Começou a cantar na igreja e já aos 14 anos, lançava discos gospel ao lado do pai, pastor.
Ela se tornou a “rainha do soul” a partir de 1967, quando “Respect” alcançou o topo da parada americana, um feito praticamente inédito para uma artista negra na época. Até os dias de hoje, a música é considerada um hino feminista.
Ao longo da carreira, ela emplacou dezenas de hits, como “A Natural Woman” e “Chain of Fools”, recebeu 18 Grammys, um deles pelo conjunto da obra, e foi a primeira mulher a entrar para o Rock and Roll Hall of Fame.
Seu último álbum, lançado em 2014, foi uma homenagem para diversas divas em que ela se inspirou e outras que ajudou a formar. Em “Aretha Franklin Sings the Great Diva Classics”, ela homenageia cantoras da nova geração, como Adele e Alicia Keys. No ano passado, ela anunciou a aposentadoria dos palcos.
Aretha deixa 4 filhos e um legado incomparável. Ainda não há informações sobre velório, enterro e homenagens póstumas.