A Sony Music Entertainment anunciou nesta quinta-feira (01) que assinou acordo Globo Comunicação e Participações S.A. para aquisição da empresa independente de música Som Livre. Os valores da negociação não foram revelados, mas especula-se que negociação foi acertada por uma quantia entre US$ 250 milhões e US$ 300 milhões, cerca de R$ 1,6 bilhão.
“Estamos encantados em investir na Som Livre e ampliar nossa relação com essa empresa tão especial. O Brasil é um dos mercados musicais mais dinâmicos e competitivos em crescimento no mundo e nós traremos enormes oportunidades para os talentos através da nossa visão compartilhada”, revelou Rob Stringer, Chairman, Sony Music Group.
A Som Livre se tornará um centro criativo independente dentro da Sony Music e continuará trabalhando com os artistas do catálogo normalmente, além de novos talentos. “Som Livre teve um excepcional período de 50 anos como uma empresa da Globo. O suporte da Globo foi fundamental para o crescimento da Som Livre, sobretudo pela última década, quando construímos o negócio ao que ele é hoje. Olhando para o futuro e enxergando todas as oportunidades pela frente, é muito empolgante saber que teremos a Sony Music conosco. Estamos, mais uma vez, no lugar certo para garantir as melhores possibilidades de desenvolvimento de carreira para nossos artistas e funcionários. Sou muito grato por tudo que conquistamos com a Globo, e estou ansioso por começar essa nova fase com a Sony”, conta Marcelo Soares, que continuará como CEO da Som Livre.
A Som Livre é a mais tradicional gravadora do país, tendo lançado alguns dos nomes mais importantes da música nacional, como Djavan e Cazuza. Atualmente, a gravadora conta com nomes como Marília Mendonça, Jorge & Mateus, Wesley Safadão, Lexa, Israel e Rodolffo e Filipe Ret.
Em 2020, a Globo anunciou a decisão de vender a Som Livre como parte de um processo de transformação da companhia, baseado no modelo D2C, sigla em inglês de “direto para o consumidor, que é quando uma empresa controla todas as fases dos processos de produção e distribuição. “A música continua muito importante no portfólio da Globo, mas acreditamos que é um bom momento para sairmos do negócio tradicional de gravadora e nos concentrarmos na estratégia D2C”, disse Jorge Nóbrega, presidente executivo da Globo.