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“Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal”: A história de um serial killer contada pelos olhos de quem mais o amava | Crítica

“Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal” chega aos cinemas nesta quinta (25) e conta a história de Ted Bundy, um famoso serial killer americano que foi preso, julgado e declarado culpado de uma série assassinatos. Ao todo, Ted confessou ter matado mais de 30 mulheres em sete estados norte-americanos durante a década de 1970, mas estima-se que o número tenha sido bem maior.

Com uma caracterização muito boa, o longa traz Zac Efron no papel principal e narra a história do ponto de vista da ex-namorada a Elizabeth Kendall, personagem interpretada por Lily Collins. Os acontecimentos são baseados no livro “The Phantom Prince: My Life with Ted Bundy”, que foi escrito por Liz em 1981 e mostra desde quando se conheceram até o momento em que começa a ser julgado pelos crimes, condenado e passa anos na cadeia até o corredor da morte.

Dirigido por Joe Berlinger, “A Irresistível Face do Mal” mostra bem de perto como era Ted, como ele se portava nos julgamentos e entrevistas, mas também no âmbito familiar. No filme, Efron consegue mostrar todas as facetas de Bundy desde o bom marido e padrasto amoroso, ao réu sínico, carismático, muito inteligente e manipulador. Ted era tão manipulador e seguro de si que chegou a se defender em diversos julgamentos.

É intrigante assistir o filme por essa visão por que em certos momentos você chega a duvidar que aquele homem, gentil, amoroso e educado, realmente tenha cometido tais crimes por quais estava sendo julgado. Isso intensifica ainda mais quando não se é mostrada nenhuma cena mais forte dos crimes que o acusado cometeu.

Uma das coisas mais legais – se é que a gente pode achar algo legal no filme de um psicopata – é que o filme mostra cenas reais do caso Bundy reinterpretadas por Zac na pele do assassino, em depoimentos de Carole Ann Boone (Kaya Scodelario), amante que o apoiou durante o longo julgamento nos tribunais, e muitas outras cenas.

Incomoda um pouco assistir um filme que narra a vida de um psicopata quando o roteiro romantiza os acontecimentos fazendo o público acreditar ou questionar sobre a decisão da justiça – pelo menos até as cenas finais -, mas pensando que o longa é descrito baseando-se no ponto de vista de uma das pessoas mais próximas do assassino é muito fácil de “aceitar” a maneira de como ele foi escrito.

“Eu certamente não penso que nós o estamos glorificando porque ele é punido. Se esse fosse um típico filme de serial killer… Eu acho que isso envenenaria o público a ter a experiência de ser enganado por alguém tão crível e carismático.”, fala o diretor sobre as acusações de ter romantizado a história.

Além disso, chega a ser assustador se você colocar em mente que uma mulher, mãe de uma menina, colocou um homem dentro de casa e depois descobriu que ele estava sendo procurado por uma série de crimes e o acompanha em julgamentos e condenações. E se fosse alguém próximo, de mim?

Pensando que o filme é contato pelo ponto de vista de Elizabeth, o roteiro de “Ted Bundy: A Irresistível Face do Mal” cumpre o que promete fielmente. Mostra o autor dos crimes, a ligação com as pessoas e o jeito que lidava com a mídia de uma forma super acima de qualquer suspeita. Inclusive, o retrato da época era exatamente esse. Ted dividia opiniões e a mídia acabava lhe dando cada vez mais espaço.

O filme, que ainda conta com Haley Joel Osment (de ‘O Sexto Sentido’) e Jim Parsons (de ‘The Big Bang Theory’) no elenco, não é um daqueles filmes que a gente assiste uma, duas, três vezes, mas ainda assim é um filme legal e interessante. Com roteiro de Michael Werde, o longa é também muito diferente das outras produções que contam a vida de Ted Bundy, o que pode ganhar o gosto de muita gente.

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Escrita por Otavio Pinheiro

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