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Terra Selvagem: Mais que um filme bem feito, uma crítica à algo super importante | CRÍTICA

Nesta quinta-feira (2) estreia o thriller “Terra Selvagem”. O filme acompanha uma agente novata do FBI, que se junta com um caçador local para investigar um assassinato de uma garota local em uma remota Área de Preservação Indígena Americana, na esperança de solucionar sua misteriosa morte. Escrito e dirigido por Taylor Sheridan, o longa é estrelado por Elizabeth Olsen, Jeremy Renner, Gil Birmingham, Jon Bernthal, Julia Jones, Kelsey Asbille e James Jordan. “Terra Selvagem” não deixou nada a desejar. Tem um elenco muito bom, um enredo importante e reforça o talento de  Taylor Sheridan como diretor e cineasta.

Inspirados em fatos reais… Assim começou o filme e eu já me ajeitei na poltrona do cinema porque sabia que viriam cenas difíceis. A primeira cena do filme mostra uma menina correndo na neve. Ela corre, corre, corre e cai morta. Quem a encontra é Cory Lambert (Jeremy Renner), um homem traumatizado pela morte da filha adolescente e que trabalha como caçador de coiotes e predadores naquela região, a chamada Wind River. Cory entrou em contato com o FBI e a enviada para fazer a investigação do caso é a novata Jane Banner (Elizabeth Olsen).

No quesito fotografia, o filme cumpre bem o papel. Não é uma fotografia cheia de detalhes, até porque o filme se passa basicamente na neve. Mas, os lugares escolhidos para as filmagens, desde à casas aos ambientes abertos, tudo cumpriram bem o papel proposto. Quanto a trilha sonora, o filme tem uma característica muito importante para o suspense que é a ausência de trilha sonora. Sim, ausência. Em todo o filme o “barulho” que mais se ouve é o de vento e isso favoreceu ainda mais a experiência. Lembro que em certa parte do filme um personagem reclama do silêncio que é viver naquele lugar onde só se tem neve para todos os lados. A gente pode sentir esse silêncio.

Não temos o que reclamar quanto aos personagens. O elenco é ótimo, Jeremy soube muito bem entregar o que seu personagem pedia e Olsen, por sua vez, soube fazer sua personagem crescer no decorrer do filme e acompanhar o ritmo dos acontecimentos. O enredo não fala de algo bonito, porém é muito bem escrito. Não vá ao cinema querendo ver um final feliz onde todos vivem felizes para sempre porque isso não acontece. O que acontece é uma sensação de justiça e um certo desconforto pessoal de saber que existem pessoas vivendo em tais condições.

Segundo Sheridan, o longa explora talvez a maior falha americana, que é a Reserva Natural Indígena. “É um lugar brutal, onde o relevo é um antagonista. É um lugar onde o vício e os assassinatos matam mais que o câncer, e o estupro é considerado um rito de passagem para garotas prestes a se tornarem mulheres. É um lugar onde a força da lei dá passagem para a força da natureza. Nenhum lugar na América do Norte mudou menos no último século, e nenhum lugar sofreu mais com as mudanças que aconteceram.”, diz o diretor que explica que o filme é um estudo de como um homem passa por uma tragédia sem nem a superar.  

Recomendamos e muito este filme, não só por ser um filme bom, mas por ser um filme importante. Além do mais, o trabalho de Sheridan é espetacular e merece ainda mais reconhecimento.

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Escrita por Otavio Pinheiro

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