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Entrevista | DJ Camilla Brunetta lança “Hacer Maldade” e fala sobre machismo

Depois de dominar as pistas do Rio de Janeiro, a DJ Camilla Brunetta deu o primeiro passo para uma nova fase na carreira ao lançar, na última sexta-feira (18), o single “Hacer Maldade”. Disponível em todas as plataformas digitais, a produção traz muitas das referências e inspirações musicais da DJ, como Tropkillaz, J Balvin, Anitta, Tini, Ozuna e Major Lazer, em um single que esbanja a mistura entre o funk e o reggaeton.

Foi demorado mas muito prazeroso de fazer! Cada detalhe da música foi pensado com muito carinho e eu consegui mesclar tudo que mais gosto de um jeitinho bem original. Eu trago comigo uma bagagem forte de referências musicais e de artistas que escutei ao longo da minha vida toda e estou super feliz com o resultado., contou a artista sobre a faixa.

Sobre a sonoridade da faixa, a artista reforça a vontade de mesclar gêneros e referências que a inspiram. “A música latina faz parte da minha infância assim como o funk e pra esse projeto busquei mesclar os artistas brasileiros que mais escuto com as minhas maiores referências latinas. Ozuna, J Balvin, Anitta, Tropkillaz, Papatinho, Tini, Maluma, Rosalia, Major Lazer e Greeicy são algumas das minhas grandes inspirações em termos de referências musicais e artísticas.”, diz a artista que revela estar se sentindo realizada. “Estou com o coração recheado de boas emoções e me sentindo super realizada., completou.

Antes do lançamento de “Hacer Maldade”, que traz a DJ também atuando como cantora, a artista lançou alguns remixes de faixas conhecidas pelo público, como o remix de “Várias Queixas”, dos Gilsons, que já ultrapassou 1 milhão de execuções nas plataformas.

Uma grande problemática dentro do universo dos DJs é justamente a questão de oportunidades, tendo em vista que muitas line-ups são compostas majoritariamente de homens. Camilla conta que ser mulher dentro deste universo ainda ter que lidar com comentários maldosos e machistas, mas que procura sempre impor respeito e mostrar o quão capaz é.

“Um mundo perfeito seria um em que a igualdade entre os gêneros fosse uma realidade, mas sabemos que não é. É difícil porque nós mulheres temos que lutar diariamente pra provar nosso valor. Acordamos todos os dias já tendo que lutar essa guerra de “ter que” se policiar pra fazer alguma coisa pelo simples fato de sermos mulheres e isso é exaustivo. Ser uma DJ mulher no meio de um mundo tão masculino e machista é ter que lidar com comentários que te colocam cada vez em sentimento de inferioridade e de incapacidade. Por muitos anos eu não me senti capaz, ficava insegura, percebia que tinha gente ali apenas pra me criticar negativamente, pra observar meu trabalho pra ver se “eu era boa mesmo”. A sensação de ter que sempre se provar caminha com a gente desde sempre, mas a sensação de superar e mostrar que eu EU SOU CAPAZ é muito satisfatória. Meu intuito é combater com a musica os machistas de plantão, é mostrar que precisamos de respeito seja usando roupa curta ou longa, seja cantando uma letra sexy ou não. É constantemente conciliar força e sensibilidade e se desdobrar pra mostrar que sou capaz.”, explica.

Para os próximos meses, Camilla Brunetta está preparando ainda mais surpresas e lançamentos. “Ter conseguido criar coragem de sair da minha zona de conforto pra explorar meu lado como produtora e lançar minha primeira música foi o passo que eu precisava pra iniciar essa nova etapa da minha carreira!”, conta a artista que promete: “Agora é seguir trabalhando porque ainda tem muita coisa incrível pra lançar esse ano! Podem aguardar que vem parceria boa por ai!”

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Escrita por Otavio Pinheiro