Um dos musicais mais famosos da Broadway, o “Amor, Sublime Amor”, ganhou mais uma adaptação cinematográfica. Com direção assinada por Steven Spielberg, o longa traz um olhar grandioso e emocionante para a história que já está eternizada no coração dos fãs de musicais. A produção está em cartaz nos cinemas pela 20th Century Fox.
“Amor, Sublime Amor” conta uma história de amor e rivalidade juvenil que se passa na Nova Iorque de 1957. As gangues Jets, estadunidenses brancos, e os Sharks, descendentes e/ou porto-riquenhos, são rivais que tentam controlar o bairro de Upper West Side. Maria (Rachel Zegler) acaba de chegar à cidade para seu casamento arranjado com Chino (Josh Andrés Rivera), algo ao qual ela não está muito animada. Quando em uma festa a jovem se apaixona por Tony (Ansel Elgort), ela precisará enfrentar um grande problema, pois ambos fazem parte de gangues rivais.
Com uma produção impecável em todos os detalhes, esta nova versão do clássico “Amor, Sublime Amor” mantém a magia e força que a obra já carrega por si só e mescla com o novo, resultando em um longa-metragem excepcionalmente incrível. A trilha sonora é tão grandiosa quanto tudo ao redor e traz as faixas já conhecidas pelos fãs do clássico da Broadway interpretadas por um elenco hiper talentoso, além de serem embaladas por passos de dança muito bem coreografados e hipnotizantes.
O elenco da produção conta com um time de jovens, que é encabeçado por Rachel Zigler, Ariana DeBose, Ansel Elgort, Mike Feist e David Alvarez. Os atores possuem bastante química e estão em sintonia em todas as cenas. Misturando o clássico com a novidade, Rita Moreno, que interpretou Anita na versão de 1961, também está presente no elenco e interpreta a Valentina, além de assinar a produção executiva da obra.
Apesar de Zegler fazer um ótimo trabalho como María, o grande destaque aqui vai para a atuação impecável de Ariana DeBose, que entrega uma personagem forte, cheia de personalidade e que possui magnetismo suficiente para atrair os olhares em todas as cenas. A atriz caminha para ser um dos principais nomes na temporada de premiações, incluindo o Oscar.
Já era de se esperar que o filme esbarrasse em algum momento na adaptação de Jerome Robbins e Robert Wise, lançada em 1961, e as semelhanças são bem grandes. No entanto, Spielberg soube contar essa história tão tradicional com uma visão muito própria e fresca em relação à produção, que é ainda mais elaborada que a primeira. De fato, a direção foi outro ponto alto da produção e pode certamente ser considerado um dos maiores trabalhos da carreira de Spielberg.
“Amor, Sublime Amor” carrega uma fotografia belíssima e bem elaborada repleta de cor e de vida com os cenários muito coloridos. Os personagens esbanjam beleza em figurinos impecáveis e que ajudam – talvez mais que na obra de 1961! – a dar mais dramaticidade para as sequências de danças, que são todas bem grandiosas. Além disso, Steven soube como ninguém capturar ângulos bem estratégicos que causam uma sensação de proximidade nas cenas, já em outras aumenta a tensão com outro jogo de câmera inusitado e muito bem executado.
Embora seja uma história que já tenha sido contada anteriormente, a nova versão de “Amor, Sublime Amor” nos traz uma nova e ainda mais prazerosa experiência ao mergulhar na trama pelos olhares do grande Steven Spielberg. Com um roteiro bem construído e momentos memoráveis, o longa tem tudo para ganhar a aprovação dos fãs mais fervorosos da obra original, mas também de conquistar fãs de musicais que estão assistindo a essa história pela primeira vez. Além disso, levando em conta todos os detalhes tudo o que vimos, é quase certo que veremos “Amor, Sublime Amor” na lista de diversas premiações e quem sabe levando um Oscar para casa.