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“Assexybilidade”, de Daniel Gonçalves, revela as vivências de pessoas com deficiência com o sexo

Histórias sobre a sexualidade de pessoas com deficiência e a pluralidade de experiências através da vivência de cada uma delas. Esse é o mote de “Assexybilidade”, segundo longa-metragem de Daniel Gonçalves (Meu nome é Daniel). O diretor, produtor e roteirista busca desmistificar o tabu do sexo, com todas as delícias e prazeres envolvidos. O documentário revela também as dores, como a luta diária contra a invisibilidade, ou a ideia preconceituosa de que não sentem desejo como todas as pessoas.

O longa tem uma proposta inclusiva, não só na temática, como também no processo de realização e contou com algumas pessoas com deficiência em sua equipe, a começar pelo diretor, que tem uma deficiência de origem desconhecida que afeta sua coordenação motora. Em seu primeiro documentário, “Meu Nome é Daniel”, Gonçalves, através de vasto material em arquivo em VHS e de cenas gravadas nos dias de hoje, revê sua trajetória e busca compreender sua condição. Já em “Assexybilidade”, Daniel se inclui em cena, como mais um personagem desta história, mas também dá a palavra a diversos entrevistados e entrevistadas que refletem sobre o sexo e sobre como este campo de suas vidas é afetado pelo preconceito com que lidam diariamente em uma sociedade capacitista.

Antes de chegar a sua última versão, assinada pelo próprio diretor e por Vinicius Nascimento, o roteiro passou por vários laboratórios de desenvolvimento, nacionais e internacionais. O primeiro deles foi o Visões Lab 2018, que ocorreu no Festival Visões Periféricas, no Rio de Janeiro, e lhe rendeu o prêmio de Melhor Projeto. Em 2021, dentro da programação do Brasil CineMundi, em Belo Horizonte, participou do Doc Brasil Meeting e venceu o prêmio Nuevas Miradas, o que lhe garantiu a oportunidade de participar do Festival Cubano em 2022, no qual recebeu o prêmio Docs MX, para participar do Docs Lab, no México.

Também no ano passado, participou do American Film Showcase. De volta ao Brasil participou do CineMundi, desta vez, para exibição de primeiro corte para uma plateia de convidados do audiovisual mundial e, mais uma vez, saiu premiado. Em seguida, foi convidado a participar do Rough Cut Lab no Forum RIDM, no Canadá.

Atualmente, em fase de finalização, “Assexybilidade” é uma produção SeuFilme e TvZero, em coprodução com a Globo Filmes, GloboNews e RioFilme. O filme conta com investimento do BRDE, FSA e ANCINE. Com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2023, tem distribuição nacional da Olhar e vendas internacionais da The Open Reel. Já o longa anterior “Meu Nome é Daniel” foi exibido em mais de 20 festivais e recebeu prêmios na Mostra de Cinema de Gostoso, na Mostra de Cinema de Tiradentes, no Festival de Cartagena e no Los Angeles Brazilian Film Festival.

Confira a sinopse e um teaser da produção:

ASSEXYBILIDADE conta histórias sobre a sexualidade de pessoas com deficiência. O filme fala sobre flerte, beijo na boca, namoro, masturbação, capacitismo e, é claro, sexo. A maior força do documentário é precisamente ouvir das pessoas com deficiência coisas que a sociedade não espera que elas digam e façam. Queremos mudar a ideia de que são seres assexuados, angelicais, especiais e, até mesmo, desprovidos de desejos. Nós fodemos e fodemos bem, dizem por aí.

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Escrita por Redação

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