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“Ela Disse Pra Mim” anuncia carreira solo de Long Beatz, do grupo 1Kilo

Prometendo uma entrega única de trap funk, o produtor Long Beatz, do projeto colaborativo 1Kilo, se vê diante de uma situação desafiadora: iniciar a carreira solo. Sabendo que é uma das apostas da Warner Music Brasil para o mercado fonográfico nacional em 2020, o também beatmaker se prepara para lançar o primeiro single em parceria com a marca. “Ela Disse Pra Mim” transita do underground ao mainstream e chega às plataformas de streaming nesta sexta-feira (28).

Com contrato assinado e celebrado por toda a equipe musical mesmo em meio à pandemia do coronavírus, o artista se vê empenhado em apresentar ao público um mar de vários estilos sonoros. “Não gosto de fazer mais do mesmo, não existe uma fórmula para o sucesso, eu crio a minha receita e a minha música. Essa é minha essência”, afirmou.

Buscando explorar alguns elementos presentes em canções gringas, em que os ritmos se mesclam facilmente ao hip hop, Beatz pretende unir sua voz à de novos talentos e de nomes já conhecidos pela indústria. Neste cenário,“Ela Disse Pra Mim” conta com a colaboração de Pelé Milflows e do jamaicano Daddy1.

Capa oficial de “Ela Disse Pra Mim” / Foto: Instagram/Reprodução

De lá pra cá

Assim como outros grandes artistas da atualidade, Long Beatz, de 27 anos, precisou enfrentar muitos obstáculos para chegar ao mainstream e apresentar seu repertório ao público nacional. Criado em Esteio, no Rio Grande do Sul, de onde saiu para ganhar os palcos de todo o Brasil, o produtor e beatmaker se viu perdido em alguns momentos, fez parte do crime, mas foi a música e a figura do pai que o ajudaram a superar.

“Ele era ambulante, vendia salgados no metrô só para comprar instrumentos e me levar para o estúdio. Ele me ensinou o que é caráter, a honrar meus compromissos. Graças a ele e ao meu som, estou aqui, contando um pouco para vocês”, abriu o coração sobre o pai que já faleceu.

O artista viu sua história na música se desenrolar mesmo quando chegou ao Rio de Janeiro, em 2005. Vivendo na capital carioca, o beatmaker teve a oportunidade de conhecer pessoas influentes da música, como Geninho, da Banda Oriente, e Pablo Martins, responsável por convidá-lo para fazer parte do 1Kilo. Ao lado do grupo, foram dois anos de parceria e um hit: “Deixe-me Ir”, uma das faixas mais tocadas da década nas plataformas digitais, hoje com mais de  400 milhões streams.

Recentemente, Beatz decidiu debruçar-se sobre os livros e estudar música, mais especificamente criação musical. “Se você ouve meu som, sabe que tem a minha produção. O beat tem a minha marca, já a composição prefiro deixar para os MCs, eles ficam à vontade para criar. Claro que dou um palpite ou outro, mas prefiro ficar focado na produção”, revelou o também musicista que se arrisca no teclado, mas prefere usar a tecnologia para fazer batidas únicas.

Carreira solo

Long Beatz consegue se reinventar sempre. Agora em carreira solo, promete conteúdos inovadores! Apesar de ter vindo do trap e se consagrado como um dos pioneiros da vertente no Brasil, é muito grato à toda cultura black na qual sempre foi envolvido, a todo ensinamento e respeito que conquistou, mesmo com a cor de pele que tem.

As referências para o trabalho “individual” são muitas, mas o dono de “Ela Disse Pra Mim” faz questão de citar Damian Marley – com quem chegou a fazer turnê –, Michael Jackson, Whiz Khalifa, Wu Tang e Nate Dog como fontes de inspiração. Das estrelas nacionais, celebra Tim Maia – com quem brinca pelo fato de já ter morado no mesmo apartamento – Rafuagi, Racionais, Sabotage e não deixa de incluir Tom Jobim.

Nesta nova fase, sustenta a proposta de entregar características marcantes do trap funk e traz WC No Beat como modelo a ser seguido. “Ele é brabo demais e, assim como eu, batalhou muito para chegar onde está”, comentou Beatz que não esconde a vontade de trabalhar com Damian Marley, J Balvin, Snoop Dog, Da Baby e Cardi B

Hip Hop solidário

De forma única e potente, as composições, a voz e a trajetória de Long Beatz fazem parte da história de diversas pessoas. Em parceria com Rafa, integrante do coletivo gaúcho Rafuagi, o artista celebra suas origens, em Esteio, com a Casa do Hip Hop, um projeto social que dá para os moradores da cidade e região um caminho dentro das artes. Através do trabalho beneficente, crianças e jovens têm acesso a cursos de DJ, dança, grafite e outras áreas do universo hip hop. 

“É um jeito de estimular as pessoas a serem melhores, com uma capacitação profissional. Não é comum ver artistas do hip hop se envolvendo em projetos sociais, mas como dou muito valor à minha história e de onde eu vim, faço questão de estar presente”, comentou o beatmaker que se classifica como um incentivador de sonhos.

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Escrita por Renan Coelho

Jornalista, redator e apaixonado por cultura pop.