Após diversas produções originais de sucesso, o Globoplay se prepara para lançar “Encantado’s”, que chega no dia 18 de novembro no streaming e é fruto da oficina de humor para roteiristas negros realizada pela Globo em 2018. O título nacional foi criado pelas roteiristas Renata Andrade e Thais Pontes, que assinam a obra em parceria com Chico Mattoso e Antonio Prata, responsáveis pela redação final.
“‘Encantado’s’ é uma comédia sobre sonhos, perseverança, fé e relações. Assinar a autoria desse projeto é um passo importante na solidificação das nossas carreiras”, afirma Renata Andrade. Thais Pontes complementa. “É uma chance de dar visibilidade não só para a gente, mas também para os universos que queremos mostrar”, afirma.
“Encantado’s” conta a história de dois irmãos, Olímpia (Vilma Melo) e Eraldo (Luis Miranda), que aos 50 anos precisam lidar com a morte do pai e assumir a gerência de um local que funciona como supermercado durante o dia e, à noite, vira a escola de samba Joia do Encantado. Cabe a Olímpia, proprietária e gerente-geral do Encantado’s, a gestão sustentável do comércio. E a Eraldo, presidente da Joia do Encantado, a missão de realizar o próximo desfile do grêmio recreativo. Conectados pelos laços sanguíneos e pelo amor que os une, os dois vivem encontros e desencontros na tentativa de conciliar suas distintas maneiras de seguir os sonhos.
No “Encantado’s”, não é só a palavra principal que assume diferentes interpretações. Os personagens desta comédia contemporânea, que tem direção artística de Henrique Sauer, também apresentam múltiplas camadas – maior do que a transformação do espaço físico é a metamorfose humana em prol da realização de sonhos. No núcleo que gira em torno do supermercado é possível ver em boa parte das pessoas em diferentes versões: funcionários do Encantado’s; componentes da escola de samba Joia do Encantado; e protagonistas de suas próprias vidas, com os desejos e os anseios que cada um carrega dentro de si.
Antonio Prata acrescenta um aspecto importante da essência da série: “A obra tem uma característica muito carioca, que é uma fé inquebrantável na vida, uma ideia de que as coisas vão dar certo, vão se resolver, e se não se resolverem, a gente vai ser feliz assim mesmo. Isso é muito admirável, sedutor e necessário. É um prazer trabalhar nisso porque a gente está bebendo da fonte do que o Brasil tem de bom”, destaca o autor.
Chico Mattoso destaca que, em conjunto, os quatro autores encontraram um formato mais contemporâneo do que o sitcom tradicional. “Conseguimos contar as histórias dos personagens que se fecham em cada episódio, mas contamos também uma história maior, que não necessariamente é cômica, que é a história de amor da Pandora (Dandara Mariana) e do FlashBlack (Digão Ribeiro), além da história de amor e ódio desses dois irmãos”, completa.
Brasileiros comuns e extraordinários
A atmosfera da série traz um ambiente onde a esperança tem lugar debaixo do suor do rosto de cada um dos personagens, brasileiros comuns e extraordinários, ao mesmo tempo. “Quando o samba entrou na história, a gente viu a oportunidade de ter essa dualidade: eles como coadjuvantes na relação do supermercado e estrelas na escola de samba. Eram dois momentos desses mesmos personagens que são ‘invisíveis’ de modo geral como funcionários, mas que ganham um outro status quando são as grandes estrelas do show. O samba vem para dar visibilidade”, explica a autora Renata Andrade.
Sua dupla na criação da série, Thais Pontes conta que a inspiração para a construção dos personagens partiu da observação do dia a dia: “Eu acho que todo mundo conhece um pouquinho dessas pessoas. Eu conheço um Eraldo, uma Olímpia; conheço um mix deles”.
Diretor artístico incumbido de dar o tom à produção, Henrique Sauer observa que as cenas da série são responsáveis por transmitir toda a beleza da narrativa criada pelos autores. “É uma história que emociona e faz rir. É sobre as relações das pessoas entre si e entre a família. É uma história de dois irmãos; é a história de dois filhos com uma mãe; é a história de dois filhos que perderam o pai. É sobre as paixões dessas pessoas. Todos que assistirem vão se conectar com alguma coisa”, destaca.
Na frente e por trás das câmeras, o elenco de “Encantado’s” é a garantia do riso. Além de Luís Miranda (Eraldo) e Vilma Melo (Olímpia) nos papéis centrais, a série traz nomes célebres da dramaturgia, como Dhu Moraes, que interpreta a matriarca da família Ponza; Neusa Borges como Tia Ambrosia; e Tony Ramos, que dá vida ao bicheiro Madurão, a maior ameaça à continuidade do negócio dos protagonistas. A obra também traz jovens atores. É o caso de Digão Ribeiro (FlashBlack), Dhonata Augusto (Pedro), Ramille (Melissa) e Luellem de Castro (Ana Shaula). Ainda estão no elenco Dandara Mariana (Pandora), Evelyn Castro (Maria Augusta), João Cortes (Celso Tadeu), Ludmillah Anjos (Crystal), Augusto Madeira (Leozinho) e Leandro Ramos (Ceroto).
“Encantado’s” é criada por Renata Andrade e Thais Pontes, e escrita em parceria com Chico Mattoso e Antonio Prata, responsáveis pela redação final. A série tem direção artística de Henrique Sauer e direção de Deo Cardoso e Naína de Paula. A produção é de Juliana Castro, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.
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