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“Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” conta história real de forma impecável e assustadora | Crítica

Foto: Divulgação

Com a premissa de ser o mais sombrio da franquia, o terceiro volume da série “Invocação do Mal” finalmente chegou aos cinemas. Em “A Ordem do Demônio”, o casal Ed e Lorraine Warren investigam um chocante caso de assassinato onde o autor alega ter sido possuído por um demônio.

O filme é baseado no julgamento de assassinato de Arne Johnson, que matou o patrão em 1981. Johnson se tornou a primeira pessoa na história americana a reivindicar possessão demoníaca como defesa no tribunal. Inclusive, o subtítulo do longa se dá por conta do nome do caso, que foi intitulado como “Devil Made Me Do It”, ou “A Ordem do Demônio”, em português.

Sem rodeios, “Invocação do Mal 3” já revela nas primeiras cenas a sessão de exorcismo de David, o filho mais novo da família Glatzel. Para ajudar a expulsar os demônios na sessão, que chocou até mesmo os Warren, o casal solicitou a ajuda de um padre. Fãs de filmes de terror reconhecerão a referência para a cena de quando o padre chega na casa, que remete ao filme “O Exorcista”, de 1973.

Quando tudo parecia ter chegado ao fim, o crime cometido por Arne leva Ed e Lorraine de volta às origens desse caso sobrenatural com a finalidade de buscar não só uma solução, mas também para realizar uma longa investigação e reunir provas que ajudassem a salvar o réu da condenação. Nem é preciso dizer que muitas coisas acontecem nesse período, né?

Com um roteiro muito bem construído, o filme conta uma história verdadeira, que por si só já é muito atrativa, de uma forma que prende ainda mais quem assiste. Somando um texto bem estruturado e a atuação impecável Vera Farmiga e Patrick Wilson, que conseguem unir uma série de sentimentos necessários para construir filmes do gênero, como medo, coragem e até amor, tudo se torna muito gostoso experimentar. Além disso, é impossível não destacar as atuações de Julian Hilliard e Ruairi O’Connor, que interpretaram com maestria David Glatzel e Arne Johnson, respectivamente.

Outro ótimo ponto a ser destacado, é que em filmes do gênero as produções se tornam ainda mais atrativas quando conseguem fazer com que a pessoa que assiste possa sentir parte do desespero que o personagem vive em cena para criar conexão e trazer proximidade. O “Invocação do Mal3” é repleto de cenas que trazem o público mais para perto, mas na sequência em que Arne comete o assassinato isso fica ainda mais presente e é possível sentir o desespero, o medo, a bagunça e tudo foi construído perfeitamente – e ao som de “Call Me”, sucesso de Blondie – para criar aquele ambiente caótico. O resultado foi espetacular, assim como a cena de exorcismo no início do longa e a de Arne ao final dele.

“Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” faz uso de uma gama de elementos que ajudam a construir esse suspense e o terror, como jump scares, a construção de um texto instigante e misterioso, além de uma trilha sonora incrível e que deu ainda mais intensidade à produção. Isso sem mencionar todos os cenários e os efeitos visuais, que são ótimos em todos os volumes da franquia e spin-offs.

O longa ilustra o motivo pelo qual a franquia é tão aclamada pela crítica e querida por fãs do mundo inteiro desde o lançamento do primeiro em 2013. Neste terceiro, o público poderá se assustar com uma história bastante pesada, se sentirá curioso para saber como os acontecimentos serão – ou se serão – solucionados e serão contemplados com uma produção tão impecável como os demais.

Diferente dos volumes anteriores, que foram dirigidos por James Wan, neste Michael Chaves, o mesmo de “A Maldição da Chorona” (2019), ficou responsável pelo posto. Embora não possua cena pós créditos, é possível comparar os registros da época com os recortes do filme – que são idênticos! – e a fita com o áudio do exorcismo de David ao fim do longa. É assustador!

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Escrita por Otavio Pinheiro