Depois de performances memoráveis de Katy Perry, Beyoncé e Lady Gaga no show do intervalo do Super Bowl, final da Liga Nacional de Futebol Americano, parece que o público sentiu falta de suas divas pop no palco. É que este ano, na 52ª edição do torneio, a apresentação que atrai as maiores audiências do mundo ficou por conta de Justin Timberlake – e não foi tão bem recebido assim.
A crítica da Folha foi incisiva: “milimetricamente coreografada, esta foi a terceira vez que o cantor se apresentou no que talvez seja o maior palco do mundo. E, pela terceira vez, deixou a desejar”, disse o colunista Tony Goes. Muitos críticos elogiaram sua performance, vocais e dança, mas a opinião geral acabou sendo a mesma; a de que foi morna e sem nada de especial ou memorável.
O The Guardian chamou a apresentação de “esquecível”. Já o NY Times, disse que Justin ficou “na zona de conforto”. O Washington Post publicou uma crítica com o título “foi assim que Justin Timberlake perdeu o Super Bowl”. Aguenta, JT!
Apenas a escolha do cantor já torceu muitos narizes. O Globo Esporte apontou que os internautas já consideravam que o “ex-N’Sync deixou Janet Jackson ser crucificada sozinha pelo incidente em que expôs seu seio no Super Bowl de 2004”. A grande polêmica deste ano foi a projeção de Prince em um dueto de “I Would Die 4 U”, em forma de homenagem. Hologramas de artistas falecidos são controversos por si só, e não foi diferente com a projeção – principalmente pelo fato de que Prince e Timberlake não se bicavam muito. Além disso, a família de Prince vetou publicamente o uso de hologramas.
Chuva de hits
É claro que JT não esqueceria os hits de sua carreira no churrasco. “Cry Me a River”, “SexyBack”, “My Love”, “Suit & Tie”, “Can’t Stop The Felling” fizeram o público cantar os conhecidos refrões (e quanta sensualidade, hein?). Ele ainda soltou a voz na deliciosa balada “Until the End of Time” e na emocionante “Mirrors”, provavelmente a melhor parte. Justin não fez uma performance ruim, longe disso. O que acontece é inevitável comparação com as edições anteriores, onde os treze minutos de música se tornam shows eletrizantes do começo ao fim. É uma forma de fazer jus à dedicação das artistas femininas nos últimos anos. Hoje, hits e passinhos sincronizados não são suficientes.
E não pense que não há influências dos Grammys nessa recepção do público! Questionado sobre a quantidade pequena de prêmios para as mulheres na semana passada, o presidente da Academia do Grammys Nei Portnow declarou que as cantoras e executivas devem “se esforçar mais”. A comparação foi precisa: não são as mulheres que estão se esforçando pouco.
Sem mais delongas! Perdeu o show? Assista:
Já P!nk, com seu conhecido vozeirão, foi elogiada por sua apresentação do Hino Nacional.
Grande destaque
Nem Justin, nem P!nk, nem Brady: o xodó da noite (para os que estavam com saudade do tubarão esquerdo) foi este garotinho que conseguiu uma foto com Timberlake e foi o meme mais querido das redes sociais. O adolescente de 13 anos Ryan McKenna ficou conhecido como #selfiekid.
https://twitter.com/JamieMcCarty/status/960327860987703296
Who’s more iconic: selfie kid or left shark? #HalftimeShow pic.twitter.com/Jz4dtcRctN
— Collin Eric (@PopeClementsIV) February 5, 2018
— Alp (@alplicable) February 5, 2018