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“Kate” é o mais novo clichê de tirar o fôlego | Crítica

Está com saudades de assistir a nossa “scream queen” lutando contra a morte? A Netflix preparou algo para você! No último dia 10 estreou no streaming o filme “Kate”, estrelado por Mary Elizabeth Winstead, atriz famosa por dar vida a diversos personagens em tramas de terror como “Premonição 3” e “O chamado 2”, mas que dessa vez aparece como uma assassina badass para quebrar tudo. O filme é dirigido por David Leitch e o roteiro foi escrito por Umair Aleem.

A história se passa no Japão e a protagonista Kate (Mary Elizabeth Winstead) é envenenada durante uma de suas missões e tem apenas 24 horas de vida. Ela aproveitará suas últimas horas para descobrir e matar quem a envenenou, mas no processo, sem que planejasse, terá que cuidar de Ani (Miku Martineau), uma garotinha que evidenciará o seu lado mais humano.

Apesar da fórmula batida, Leitch traz para as telas um equilíbrio muito interessante entre ação e drama. Em “Kate” somos apresentados a uma personagem que embora seja uma insensível trucidadora de homens, sente a necessidade de viver uma vida normal e por isso pretende se aposentar, porém todos os seus planos são interrompidos quando ela ingere uma substância fatal dada por um de seus inimigos. Então para se vingar, Kate contará com a ajuda de Ani, que possui pistas do paradeiro do homem que mandou envenena-la e a guiará até ele, porém o trajeto das duas acaba se tornando muito mais que um acordo.  Sem exagerar em sensacionalismo, a ligação entre a assassina infame e a menina inocente, por mais que aconteça de forma rápida, é justificável, já que as duas não possuem laços profundos com ninguém e ao se verem sozinhas e com a vida em cheque decidem se aproximar.

Winstead demonstra bastante comprometimento com o papel e se destaca na atuação, uma profissional implacável que teve sua infância roubada e que agora quer garantir que o mesmo não aconteça com a jovem a qual ela tenta proteger. A interação das duas, além de muito divertida, transmite uma terna áurea materna, uma relação de família que não existiu para nenhuma delas. O envolvimento das personagens não soa nem um pouco forçado, pelo contrário, sensibiliza o público e faz com que ele devolva empatia.

Além do drama, o filme é muito perspicaz no quesito ação. São cenas hipnotizantes, bem coreografadas e com cortes certeiros que fazem o espectador não querer desviar os olhos da tela. É como estar num vídeogame, e apesar das diversas sequências de muita morte e sangue, o filme não é necessariamente violento. Como se passa em Tóquio, há uma preocupação da direção de arte e da fotografia, de Lyle Vincent, em dar voz a cultura do lugar. São cenários incríveis que esbanjam uma atraente paleta de cores onde o colorido nasce dentre as sombras, detalhe que enfatiza a dualidade entre o perigo da profissão de Kate e o universo infantil de Ani. O figurino é um presente para os fãs da cultura pop oriental e a trilha sonora é um show aparte. Artistas como a sul-coreana Chanmina e a banda japonesa Band-Maid marcam presença com canções energéticas que acrescentam às cenas de suspense e ação.

O longa se encontra em alta na Netflix e tem agradado demais o público. E não é por acaso, “Kate” possui uma atmosfera envolvente e um suspense provocante, além de contar com um elenco competente, bom humor e cenas eletrizantes. Com certeza vai te prender no sofá e te fazer querer assistir de novo.

Assista o Trailer:

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Escrita por Victória da Silva