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Regiane Alves vive terceira Clara da carreira em “Vai na Fé” e comenta sobre a personagem: “Está estagnada”

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Regiane Alves vive Clara em "Vai na Fé" (Globo/Manoella Mello)

Após trabalhos em “Fascinação” (1998) e “Laços de Família” (2000), Regiane Alves vive a terceira Clara da carreira em “Vai na Fé”, nova novela das sete da Globo. A personagem está na faixa dos 40 anos e é casada com Theo (Emilio Dantas), com quem vive uma relação bastante difícil e tóxica.

Durante coletiva de imprensa, em que a Poltrona Vip esteve presente, Regiane contou mais sobre a personagem e a expectativa para este novo trabalho. “Brinco que posso pedir música no Fantástico, porque é a terceira Clara da minha carreira. E eu espero que essa Clara seja tão incrível quanto as outras duas que eu fiz. Esta Clara é muito real. É uma dramaturgia dessa turma dos 40 anos, que está começando esta segunda fase. E, no caso da Clara, é uma personagem que vem de uma depressão pós-parto”, falou.

“Há uma simbiose meio estranha nessa família, um marido que a oprime, a autoestima abalada. Ela é um feminino que é uma parte da sociedade, essa mulher que é submissa ao homem, que não se sente encorajada a ter outras possibilidades. Neste momento de 40 anos a gente se pergunta o ‘o que eu fiz’, ‘pra onde eu vou’, e ‘o que eu quero fazer da vida’“, completou.

Regiane comentou sobre as referências que utilizou para construir a personagem e revelou grandes inspirações em produções de sucesso da televisão. “Assisti ao personagem da Nicole Kidman em ‘Big Little Lies’, essa relação estranha com o marido, ela sente medo, mas também tesão. O Emilio me indicou ‘White Lotus’, a personagem da Tania. A Clara é assim: as coisas estão acontecendo e ela não vê. É uma personagem meio área, não percebe ou não faz (perceber) para ficar dentro da relação”, contou a atriz, que ainda se inspirou na vida real. “E tem muita inspiração nas próprias notícias. Vemos várias denúncias de mulheres que sofrem assédio e relações abusivas. É uma personagem que vai representar essas mulheres.”

Por esse motivo, Regiane acredita que Clara irá representar muitas mulheres da sociedade. “Uma mulher extremamente bem cuidada, de um nível melhor, mas que está em um momento em que ela não consegue sair desse momento. Está estagnada”, completou.

Questionada sobre as razões de não terminar o relacionamento com Theo, Regiane conta que a personagem em “Vai na Fé” se torna “laranja” da empresa do marido sem saber e, por conta disso, eles não conseguem colocar um ponto final na relação. “É como se ela estivesse flutuando dentro dessa casa. Às vezes o que o cara fala é uma lei, é algo que ela acredita. Pelo lado dela, ela vê essa salvação. Pelo lado dele, ele não pode abrir mão dela por causa do trabalho”, garantiu.

Emílio Dantas também estava na coletiva e completou a fala da parceira de cena afirmando que Theo não ama nada, a não ser ele mesmo. O personagem não participa nem mesmo da vida do próprio filho, que vive tentando alertar a mãe. “Tem questões patológicas. Ele é um aproveitador, é um cara que tem uma fé no caos”, disse.

Com estreia agendada para o dia 16 de janeiro, “Vai na Fé” é criada e escrita por Rosane Svartman e com direção artística de Paulo Silvestrini. A obra é escrita com Mário Viana, Pedro Alvarenga, Renata Corrêa, Renata Sofia e Sabrina Rosa. A produção é de Mariana Pinheiro e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

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Escrita por Otavio Pinheiro