Tomar decisões nunca foi fácil
America está praticamente decidida em “A Elite”. Com o acirramento da competição – das 35 garotas que começam, só restam 6 – America percebe que há um caminho em seu futuro que jamais ousara sonhar, mas que pode se tornar real. Pela primeira vez desde que chegou ao palácio, ela está pronta para lutar para ficar – e não só pela comida.
Maxon se mostra uma opção cada vez mais desejável até que um acontecimento destrói todas as certezas que estavam apenas se formando dentro de America: estar com Maxon significa ser princesa e ser princesa significa fazer coisas que nem sempre incluem sorrir e receber convidados. Governar implica seguir a lei à risca – uma lei que nem sempre é justa ou imparcial.
As dúvidas se assomam quando nossa protagonista percebe se encontrar numa posição de poder voltar ao que era e aos antigos sonhos com Aspen ou se tornar alguém que nem mesmo ela sabe direito quem é, ao lado de Maxon. E pra piorar, a situação de Iléa e dos rebeldes se tornam cada vez mais graves. Em meio a aliados inesperados e inimigos óbvios, America percebe que sua decisão vai muito além do seu futuro marido.
De maneira um pouco menos sutil – mas ainda leve, Cass retrata o jogo do poder entre governo e forças dominantes, as implicações de se dizer ou esconder informações do público e a nítida noção de que Justiça e Lei nem sempre andam lado a lado. Usando uma menina de Casta inferior como fio condutor, a autora nos entrega uma verdadeira ode ao poder do indivíduo.
Muito mais inserida num mundo antes desconhecido, America se vê numa posição que não queria, mas que não tem como fugir: ela agora faz parte de todo este espetáculo e quando fugir ou ficar depende totalmente dela, as conseqüências de suas escolhas também o são – sejam elas boas ou ruins. Infelizmente, ter consciência do seu poder nem sempre significa que você saberá usá-lo corretamente.
E ainda assim, lá está o romance, a doçura, o encantamento. Cometer erros é muito mais interessante em meio a bailes fantásticos, num palácio repleto de fofocas e amores proibidos, protegido por lindos soldados e governado por encantadores príncipes. A capacidade de Kiera Cass em tratar temas tão profundos de forma leve e carismática é um dos principais atrativos dessa história.
Ah, importante lembrar que a trajetória de America ainda não acabou! Nos vemos n’A Escolha’ !
Por Ludmilla Fadel
Instagram: @ludifadel
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