Neste spin-off da franquia “Velozes e Furiosos”, Luke Hobbs (Dwayne Johnson) e Deckard Shaw (Jason Statham) tem a difícil missão de enfrentar Brixton (Idris Elba), um homem alterado geneticamente que deseja obter um vírus mortal para pôr em andamento um plano que mataria milhões de pessoas em nome de uma suposta evolução da humanidade.
Com um roteiro simples que aposta mais nos personagens e nas cenas do que na história em si, o diretor David Leitch (Deadpool 2) pega o que dá certo na franquia original e amplifica, adicionando novos elementos como a ficção cientifica, uma vez que pelo fato de os personagens serem tão bons em tudo que fazem, a solução foi trazer uma espécie de super-homem como vilão.
O longa acaba levando o espectador diretamente a memória dos filmes de ação cheios de testosterona que víamos nos anos 90, com muitas frases de efeito e pancadaria a todo momento, com o acréscimo da boa química entre Dwayne Johnson e Jason Statham, que apesar de seus personagens serem como água e óleo, entregam uma ótima dinâmica com diálogos e discussões muito engraçadas, não se levando a sério desde o primeiro momento em que se encontram. Além disso, o filme conta com cenas de luta muito bem coreografadas e cenas de perseguição tão bem executadas que chegam a tirar o fôlego.
O que a franquia “Velozes e Furiosos” tem feito e muito bem nos últimos anos é o fato de saber identificar seu público e entregar exatamente o que esse público quer: entretenimento e cenas exageradamente épicas. “Hobbs & Shaw” não foge desta fórmula e chega como um filme que assume o que realmente é e aceita sua natureza galhofa, o que faz com que a trama funcione extremamente bem.
*Obs: O filme possui duas cenas durante os créditos e mais uma ao final deles.