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Entrevista | Lugui, do Cat Dealers, fala sobre single “Seatbelt” e lançamentos para os próximos meses

Foto: Matheus Coutinho

Em meio a um isolamento social, Cat Dealers lançou na última sexta (10) o single “Seatbelt”, em parceria com a cantora americana Miranda Glory e do DJ e produtor russo Denis First, que também assina a faixa. A produção, que já está disponível em todas as plataformas digitais, chegou acompanhada de lyric video.

Sobre o novo projeto, Lugui contou para a Poltrona Vip que o vocal marcante da música foi o detalhe que os atraiu logo de cara. “Assim que a gente escutou a primeira demo, da harmonia, da letra, lendo a letra inclusive, a gente percebeu que a música tem muito sentimento. Ela conta sobre, como se fosse um primeiro encontro. Uma menina encontra um cara e tá trocando uma ideia com ele e acaba se apaixonado de primeira.“, contou.

“Só que a melodia, porque não é só a letra né, a letra é muito boa, a história da letra é muito boa, as próprias palavras em inglês são bem complexas, o que deixa ela bem legal. Só que a harmonia junto com a letra e tudo é um sentimento, uma vibe assim de conforto, que é muito boa. Por isso que a gente resolveu fazer, a gente escutou de primeira e já adorou, o que é raro, e pegou pra fazer direto.”, finaliza o artista, que conta que a dupla recebe muitos materiais diferentes e às vezes é difícil achar algo que gostem tão fácil, mas com “Seatbelt” foi bem diferente.

Produzida em um tempo muito curto, Lugui conta que “Seatbelt” demorou menos de um mês para ser completamente finalizada. “Eu acredito que tenha durado mais ou menos, assim, para a gente tirar a nossa ideia da cabeça e colocar nela, menos de uma semana, com certeza. Era uma música que já veio com a ideia, com o tema principal desenvolvido, a harmonia, a melodia dela e tal. Então, isso deu uma facilitada e acelerou o trabalho. Foi mais ou menos uma semana.”, conta Lugui. “O projeto inteiro dela, para ficar 100% pronto, incluindo a parte de mixagem e sonorização, ai deve ter demorado umas duas ou três semanas.”, finaliza.

Em janeiro, os artistas lançaram também a faixa “Sweet Munchies”, em parceria com o artista brasileiro Flakkë. Lugui comenta que as duas possuem uma pegada diferente. “Também é uma música que a gente gostou muito de ter feito. A gente fez ela com o Flakke, que é um menino de São Paulo super talentoso. Foi um prazer ter feito com ele, é sempre legal colaborar com pessoas talentosas, porque você acaba aprendendo e ensinando muita coisa também. Acho que é essa a graça de colaborar, você aprender e poder ensinar um pouquinho do que você sabe também e os dois saírem bem dessa situação.”, conta.

Em janeiro, os artistas lançaram também a faixa “Sweet Munchies”, em parceria com o artista brasileiro Flakkë. “É outra proposta, uma pegada bem mais club, de festa e tal. É mais uma música de compor o set, como a gente chama, não é aquele singlezão que você vai ouvir, que vai ficar ouvindo várias vezes no Spotify. Você vai ouvir se você gostar de música eletrônica, vai ficar escutando. Mas é um tipo de música mais energética, que você escuta nas festas, não tanto em casa.”, explica.

“Também é uma música que a gente gostou muito de ter feito. A gente fez ela com o Flakke, que é um menino de São Paulo super talentoso. Foi um prazer ter feito com ele, é sempre legal colaborar com pessoas talentosas, porque você acaba aprendendo e ensinando muita coisa também. Acho que é essa a graça de colaborar, você aprender e poder ensinar um pouquinho do que você sabe também e os dois saírem bem dessa situação.”, conta.

Muitos artistas estão aproveitando o tempo da quarentena para compor, trabalhar em novas músicas e com o Cat Dealers não é diferente. Lugui e Pedro estão produzindo muito e trabalhando em estúdio, o que quase não dá pra fazer devido a rotina corrida. “A gente tá de boa, em casa, fazendo música, aproveitando o tempo que a gente fica em casa. Estamos olhando o lado bom da situação. Produzindo muito, todo dia, toda hora.”, diz Lugui. “Como a gente viaja muito, temos pouco tempo de estúdio normalmente, acabamos tendo que nos virar com o pouco tempo que tem. Agora é uma boa hora para pegar aquelas ideias que estavam paradas, que estavam para finalizar, e acabar tudo. Então, tá saindo muita coisa.”, completa.

Durante período de quarentena, uma das grandes aliadas da população é a internet, que garante que ainda haja comunicação entre as pessoas. O número de lives no último mês se intensificou uma vez que grandes artistas brasileiros e internacionais usam das plataformas digitais para realizarem transmissões ao vivo de shows e bate papo com fãs.

No entanto, o uso da tecnologia sempre esteve ainda mais presente na vida do Cat Dealers e na de outros produtores. A comunicação via internet é a responsável por conectar artistas de diferentes lugares do mundo em prol da música. “É muito doido isso. Atualmente a tecnologia permite que a gente trabalhe, faça música, com alguém do outro lado do mundo. A gente se comunica só através da música, colaborando, isso é incrível. Hoje em dia tem muita gente que a gente conheceu na internet, fez música juntos e só fomos nos conhecer ao vivo depois. A música já tinha sido lançada e a gente nem conhecia a pessoa pessoalmente.”, conta.

A gente que é desse mercado da música eletrônica já estamos acostumados, os produtores, a produzir com a galera do mundo todo via Skype. Para gente, foi uma coisa que chegou um pouco antes. Já estávamos acostumados. Até brincamos, falamos que fomos treinados a vida inteira para a quarentena. Porque a gente já ficava o dia inteiro em casa produzindo e jogando video game. Então estamos vivendo basicamente o que estávamos acostumado a fazer antes da gente ter show. Então a gente tá brincando com isso.”, finaliza.

Foto: Matheus Coutinho

Os próximos meses seguem como uma incógnita para os artistas, que possuíam uma agenda cheia de participações em grandes festivais e shows. “As pessoas não tem muita ideia, os eventos estão sendo remarcados, a maioria, os grandes eventos estão sendo remarcados. Tem coisa já sendo remarcada para agosto, tem coisa sendo remarcada para outubro, para dezembro.”, conta Lugui. “Eu acredito, num cenário otimista, que se a gente seguir as recomendações que estão sendo feitas, a galera se cuidar e ficar em casa mesmo, acredito que até agosto, eu acho, que já vai ter voltado. Mas isso é um pensamento otimista. E meu pensamento pessimista diria que esse ano todo talvez a gente fique aí prejudicado em relação a show. Mas é aquela coisa, não tenho bola de cristal e a gente só vai saber mesmo vendo o tempo. (ri)”, completa.

Já quando a música, Lugui conta que a ideia é de lançar uma nova faixa a cada mês, já tendo para maio o lançamento de “Bring O’ Boy” agendado. “A ideia é fazer um lançamento oficial por mês, no espaço aí de um mês, nada menos que isso. A gente já tem marcado para o começo de maio uma outra música chamada “Bring O’ Boy”, que também é uma colaboração com um grupo russo (Swanky Tunes). […] Também é uma pegada club, não é um singlezão com vocal, é mais uma música de club também. A gente tá gostando muito dela, o feedback tá sendo muito positivo.”, conta o artista, que convida o público para escutar a faixa nos sets exclusivos nas plataformas Youtube e Soundcloud.

Sobre os novos lançamentos, o artista conta que além de “Bring O’ Boy”, chegarão nos próximos meses mais singles em parceria com grandes artistas internacionais, como “Dance Now” e “Cold Feet”, remix da faixa de Loud Luxury. “A gente tá querendo mais que nunca colaborar com a galera de fora. Estamos tirando muito proveito disso, aprendendo muito e conseguindo usar a força dos artistas de fora para mostrar um pouco da nossa música e vice versa.”, conta. “Tem muita música e o nosso calendário musical tá mais forte que nunca. Vocês podem esperar bastante coisa.”, finaliza.

Vale lembrar que os artistas estão fazendo transmissões ao vivo respondendo perguntas dos fãs todas as quartas e estão participando de outras lives de canais e portais no Instagram. Nas sextas, os artistas realizam mais transmissão ao vivo, mas dessa vez tocando um pouco das músicas que estão produzindo, coisas que estão recebendo e que gostam. “Estamos também aproveitando para fazer umas lives tocando outras linhas de som que a gente gosta, que não são exatamente as linhas de som que a gente toca em nossos.”, conta.

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Escrita por Otavio Pinheiro