Depois de conquistar o público com os virais “Pausa” e “Cafeína”, Vicka lançou o tão aguardado primeiro disco da carreira, o “De Cabeça Para Baixo”, pela Midas Music. O projeto chegou em todas as plataformas digitais em 17 de março e conta com 15 faixas, que mesclam canções autorais e composições em parceria de nomes renomados da música.
O “De Cabeça Para Baixo” reforça o talento e musicalidade da artista, que construiu o repertório do projeto ao longo dos últimos dois anos. No entanto, Vicka conta que as canções foram surgindo de forma despretensiosa, já que há dois anos ainda não se sabia que haveria um álbum completo para ser lançado neste momento.
“A gente foi somando as melhores canções que eu lancei durante o tempo, colocando as inéditas que foram gravadas ao longo de 2021 na gravadora Midas junto com o Renato com o Rick, dando as dicas dele falando o que que podia melhorar, podia mexer. E aí durante todo esse tempo eu fui escrevendo novas músicas e a gente foi mexendo nesse repertório.”, revela a cantora, que possui grande apreço pelo violão e isso fica estampado no trabalho. “O violão não dá pra negar que é uma supercaracterística nas minhas músicas porque eu acho que é meu instrumento principal. Eu gosto muito de tocar e isso que a gente tentou trazer em todas as canções também. Essa é a minha pegada no violão, eu tenho um jeito meu de tocar.”
Ainda sobre o repertório, Vicka conta que o processo de composição foi bastante natural e contou com a colaboração de grandes parceiros, como de Leo Grazz, Rodrigo Castanho, Jéf, Nathan Carvalho e Miguel Cabral. “Eu acho que foi muito natural. Em nenhum momento eu sentei e pensei ‘Preciso escrever músicas para gravar um álbum’. Eu escrevo porque é natural, assim. Acontece alguma coisa comigo eu vou lá e escrevo uma música. É sério!”, diz a artista.
Com tantas opções de nome para o projeto, o primeiro disco de Vicka traz o que mais se aproxima dos tempos atuais. “Eu segui realmente com o meu coração pra dar o nome pra esse álbum porque coisa difícil dar nome pra um álbum, ein. Porque realmente tem muita opção, você pode colocar o nome que você quiser, mas eu sinto que esse projeto merece esse nome porque o mundo virou de cabeça pra baixo, pelo menos o meu mundo nesses últimos dois anos. Eu planejei muitas coisas e as coisas não aconteceram como eu tinha imaginado, mas aconteceram coisas melhores ainda. A gente vai tendo que se adaptar e esse lance ‘de pra baixo’ também remete a tantas coisas que a gente pode fazer hoje. A gente está num cenário ainda de pandemia, doença, conflitos ideológicos, as pessoas estão discutindo por qualquer coisa a gente está no meio de uma guerra. Então, assim, eu sinto que o mundo não está bem a gente precisa melhorar como pessoas e eu acho que a música ela tem esse poder, ela tem essa capacidade de unir as pessoas e é isso que eu espero trazer com as minhas canções.”, diz a artista, que completa dizendo que a mensagem é exatamente essa, de unir as pessoas e trazer proximidade.
O disco chegou acompanhado do videoclipe de “Roda Gigante”, a canção que abre o projeto. A produção teve roteiro e direção assinados pelas meninas Az Brunas e conta com a participação de Eva, filha de Rick Bonadio, para fazer um paralelo entre o adulto e a infância.
“Eu acho que falar de infância é uma coisa que todo mundo se identifica, né? Porque quem não é criança já foi criança um dia e eu acho que a gente tem essa saudade pelo menos eu sinto e acho que muita gente sente de quando a gente não tinha que se preocupar com muita coisa e a ideia de trazer a Eva no clipe foi do Rock mesmo e ela interpretou lindamente porque ela é criança, né? Ela só se divertiu. Foi muito divertido de fazer esse clipe”, conta Vicka. “A minha história na música começou na infância. Eu comecei a tocar violão com dez anos mas antes disso eu eu já gostava muito de ouvir música meus pais eles cantavam no coral e eu ia junto nesses ensaios eu ficava ouvindo sabe a música já fazia parte ali da minha vida então acho que superjusto a gente quando começar com uma música que lembra bem de toda essa história.”, completou.
Por mais que as gravações tenham sido divertidas, as gravações ainda contaram com alguns perrengues e Vicka contou que, por conta do clima, as filmagens tiveram que ser bem corridas. A cantora conta que foram cerca de quatro horas de gravação, além da cena extra de Eva.
“Eu fiquei na gravadora às nove, né? Aí vai um tempo até a gente arrumar cabelo, passar maquiagem, até as meninas montarem o cenário. A gente começou a gravar ela mais ou menos meio-dia as cenas. E aí tem uma história engraçada porque estava quente aí não dava pra ficar no sol porque era num lugar aberto era tipo pra simular um jardim um quintal e o sol estava muito quente. Então, a gente falou ‘Vamos esperar um pouco pra começar a gravar porque não dá. A gente está se queimando’. Eu super branca, a Eva também, né pequenininha. E aí a gente esperou. Só que aí de repente o tempo começou a fechar. E daí a gente falou ‘Meu Deus, vamos gravar logo.’ Daí a gente começou a gravar, começou a gravar. E começou a ventar. E aí, começou a chover e no final do clipe estava tudo voando, assim. Mas a gente conseguiu terminar a tempo, acho que foram quatro horas de gravações.”, revela.
Vicka ainda conta de uma cena em específico em que Eva aparece emburrada e revela que a filha de Rick não estava atuando. “Criança é difícil, né? Ela é muito pequenininha. Então, ela estava animada pra gravar, mas chegou uma hora que ela se cansou e ela não queria fazer mais nada. Inclusive, tem uma cena no clipe que ela estava tipo emburrada, tipo ela não tava atuando, ela estava emburrada mesmo. E aí eu peguei e comecei a imitar ela assim. Tipo, não estava previsto, sabe? Eu comecei a imitar ela e ela não precisa fazer mais nada. Aí ela teve que voltar outro dia pra gravar uma cena sozinha.”
“Eu fui escrevendo o que eu estava sentindo e aí em São Paulo eu fiz muitas amizades. Quando entrei na Midas tinham muitos artistas lá gravando. Então, no meu processo de gravação e de produção pude conhecer todo mundo. A gente se reunia, fazia sarau antes da pandemia, né? Quando podia ainda fazer essas coisas. E aí no meio da pandemia a gente continuou mantendo contato.”, revelou. Vicka completou dizendo que durante a pandemia continuou compondo com esse novo grupo de amigos, mas remotamente.
Para os próximos meses, Vicka irá trabalhar no disco e pretende lançar novos videoclipes, mas ainda não possui nenhum previsto. Além disso, a cantora espera poder retornar aos palcos e cantar as canções do “De Cabeça Pra Baixo” para o público em shows.
“Eu quero muito poder tocar, fazer apresentações ao vivo tanto aqui no meu estado quanto aí em São Paulo, em outros lugares porque eu acho que foram dois anos assim on-line, né? Nessa vida virtual e agora eu quero muito ir pra vida real mesmo. Encontrar as pessoas ao vivo.”, finaliza.