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WGSN apresenta os reflexos do cyberpunk nos movimentos culturais do entretenimento e consumo virtual

Em parceria com a CD PROJEKT RED e a Warner Bros. Games, responsáveis pelo lançamento do jogo Cyberpunk 2077, a WSGN, autoridade líder em identificação de tendências globais para mercados de consumo, lançou nessa quinta-feira (26) um estudo inédito sobre a relação da cultura cyberpunk e os novos movimentos digitais do mundo contemporâneo. Para materializar o conceito de hiper-realidade do momento que vivemos – fator determinante dos comportamentos digitais atuais – a pesquisa apresenta 8 movimentos que mostram como os limites entre as relações digitais e materiais estão cada vez mais incertos.

A pesquisa parte da ideia de que, embora pensar em um futuro distópico sempre tenha fascinado o homem ao longo da história, a maioria das previsões feitas para os anos 2020 não se concretizaram como previsto. No entanto, desde os anos 2000, o intenso movimento de digitalização vem transformando as formas como nos informamos, nos comunicamos, interagimos e consumimos.

Agora em 2022, ainda não estamos familiarizados totalmente com esse ambiente digitalizado futurista e o conceito de Cyberpunk, então o estudo traz a provocação: quais os reflexos e impactos da cultura cyberpunk na sociedade digitalizada de hoje? O lançamento de Cyberpunk 2077, jogo desenvolvido pela CD PROJEKT RED e distribuído pela Warner Bros. Games, resgatou o diálogo sobre essa dinâmica digital que evolui mais a cada dia.

Confira abaixo os 8 movimentos apresentados pelo estudo inédito:

  1. Coleções de grandes marcas digitalizadas: A moda digital fará um movimento na direção da produção de peças-chave para saciar o apetite do consumidor por “novidades conscientes”. Desde a efervescência da moda nas redes sociais, usuários procuram esbanjar variedade e vêm tentando evitar serem fotografados no mesmo look duas vezes, mas com a sustentabilidade se tornando um fator-chave no comportamento de compra do consumidor, o fast-fashion está mudando de cabeça com a introdução do fast-fashion digital.
  2. Influencers digitais: A economia dos influenciadores virtuais está se consolidando de maneira mais clara nos últimos quatro anos, e finalmente está atingindo a adoção em massa. Espere ver mais marcas e até mesmo órgãos governamentais se aproveitando das estrelas digitais para usá-los como embaixadores para promover o produto, impulsionar a cultura e compartilhar mensagens críticas.
  3. Filtros e identidades virtuais: Conforme a capacidade de interagir e se conectar com outras pessoas em mundos virtuais amadurece, nossas formas físicas serão transferidas para o reino digital, permitindo que os humanos ampliem suas capacidades e interajam com as pessoas de novas maneiras. Artistas musicais do mundo real estão desenvolvendo réplicas digitais para estrelar seus videoclipes, enquanto profissionais criativos especializados em 3D estão criando seus gêmeos digitais para mostrar novas possibilidades aos seguidores.
  4. Experiências musicais interativas: Enquanto a indústria de música ao vivo precisou avaliar seu futuro durante a pandemia de Covid-19, a mudança de curto prazo que muitos artistas fizeram para eventos online está dando origem a formatos inovadores e caminhos para monetização em longo prazo. Trazendo inovações como o controle total do usuário sobre a narrativa de videoclipes, o uso da tecnologia de reconhecimento facial, RA e RV, ou até mesmo experiências gamificadas, a nova era da interação com o universo da música será baseada no engajamento à distância e o escape do usual.
  5. O ativismo phygital: Uma série de iniciativas digitais estão se consolidando em conjunto com protestos físicos, usadas de maneiras que vão além do ‘clicktivismo’ para não apenas aumentar a conscientização digital, mas também criar mudanças duradouras no mundo real. A distinção entre o “clictivismo” de poltrona e o ativismo real está se tornando cada vez mais borrada, com um estudo de 2020 realizado por pesquisadores na Holanda que encontrou uma correlação positiva entre os esforços ativistas online e offline das pessoas. Em outras palavras, aqueles que se engajam no ativismo digital são mais propensos a agir, e a forma como uma causa atua online é uma parte fundamental de como ela é tratada na vida off-line.
  6. O impacto das NFT’s: Ainda presente de maneira insípida, o efervescente mercado dos Non-Fungible Tokens promete mudar a forma como nos relacionados com a distribuição e controle de artes digitais. A grande revolução se dá por um fator crucial, agora podemos patentear peças na “terra de ninguém”, levando a lógica de propriedade para o mundo virtual também. Com uma assinatura criptografada, a NFT serve como uma garantia infindável de que um item vendido terá exclusividade de reprodução e comercialização.
  7. A estética do futuro descolonizado: Nos últimos anos, um assunto que tem ganhado destaque no mundo todo é o conceito de descolonização. Cada vez mais disseminado e reconhecido como uma forma de retratar as narrativas de grupos minorizados e marginalizados, esse conceito trata de mudar o eixo narrativo para privilegiar histórias que foram convenientemente deixadas de lado. Esse movimento vem se aproximando da estética futurista e começa a representar realidades distópicas – muitas inspiradas diretamente no gênero Cyberpunk – em que somos confrontados com uma história diferente da que conhecemos e da que projetamos para o futuro.
  8. Digi-destinos gamificados: O distanciamento nos forçou a procurar por novos meios de interação e locomoção, que migraram em grande peso para o virtual, e desestabilizaram a conexão com o físico. Os digi-destinos hoje são como um playground de marca, são as primeiras interações do que um dia se tornará um ambiente mais complexo, interconectado e imersivo, que permitirão às marcas oferecer comércio, comunidade e entretenimento. As marcas estão lançando destinos digitais para fãs por meio de novos aplicativos, nas redes sociais ou diretamente em seus sites próprios.

Cyberpunk 2077: A digitalização e a hiper-realidade no mundo dos games

Na sociedade de Berhke, inundada pelo estilo cyberpunk em reação da alta digitalização, as cidades são atordoadas com propagandas de grandes corporações e novidades tecnológicas que se tornaram cotidianas. A estética das cidades é ultra tecnológica e ultra verticalizada, com ausência quase total de luz solar, dividida pela sombra e pelas luzes neon das intervenções urbanas.

Essas características foram a referência para a criação de Night City, cidade localizada na costa oeste dos Estados Unidos, que ficou conhecida como “pior lugar para se viver na América” e é palco para os conflitos e redenções dos personagens do jogo Cyberpunk 2077, lançado pela CD PROJEKT RED e Warner Bros. Games. Além do perigo, o estilo marcante de seus habitantes é uma marca registrada do ambiente gamificado, assim como a crença de que o futuro traz muitas possibilidades de estilo e customização que unem o orgânico à tecnologia e criam o estilo cyberpunk presente no cenário, personagens, trilha sonora e muito mais.

Em 2022, o jogo recebeu o patch 1.5 e sua atualização para a nova geração de consoles, que trouxe diversas melhorias, como resolução em 4K, tempo de carregamento mais rápido e novos conteúdos adicionais gratuitos. Para saber mais, acesse o site oficial de Cyberpunk 2077.

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Escrita por Otavio Pinheiro