Após ganhar certificado de platina tripla, o CortesiaDaCasa aposta no single “Me Deixa Louco” para dar continuidade ao sucesso. O lançamento celebra a recém-firmada parceria do grupo de rap com a gravadora Universal Music.
“Me Deixa Louco” é uma canção com sonoridade inspirada no hip hop dos anos 2000. A composição ficou a cargo dos três integrantes principais do conjunto, Philipe Tangi, Renato Sheik e Neo Beats, que também assina a produção da nova faixa.
Fundado no Rio de Janeiro, em 2014, o CortesiaDaCasa ganhou destaque no cenário nacional graças à parceria com Clau no hit “Pouca Pausa”. A canção acumula mais de 160 milhões de reproduções combinadas só no YouTube e no Spotify.
O Poltrona Vip conversou com Philipe Tangi e Renato Sheik por telefone. Os integrantes do CortesiaDaCasa contaram mais detalhes do novo single “Me Deixa Louco” e revelaram os frutos que colheram do sucesso de “Pouca Pausa”.
Poltrona Vip: Vocês estão lançando o single “Me Deixa Louco”, com uma sonoridade bem característica do hip hop dos anos 2000. Quais foram as referências para a produção?
Philipe Tangi: A gente já tem na nossa sonoridade o hip hop 2000, que a gente gosta muito e ouve basicamente o tempo inteiro. É bem essa pegada mesmo, é bem nesse estilo que a gente se baseou.
PVIP: Como é a participação de cada um de vocês na hora de criar? Existem funções bem definidas?
Renato Sheik: Na real, acho que é uma parada muito no automático já. Não tem essa parada de ‘Neo vai vir com isso, Philipe vai vir com isso, Renato vai vir com isso’ não. Eu acho que é no processo de criação mesmo. Geralmente, Tangi tem um forte pro refrão. O moleque é solto! Mas não tem nada específico, a gente vai que vai, vai fazendo junto, vai escrevendo, dá uma dica pro outro e a gente vai fazendo o som acontecer. No final, que a gente vê a obra e fala ‘Caralho, que foda, era isso que a gente queria passar’.
PVIP: Vocês são a nova aposta da Universal Music. Como surgiu essa parceria?
PT: Surgiu a partir da música “Pouca Pausa”, que a gente fez junto com a Clau. Ela é da Universal e a gente acabou se aproximando cada vez mais da galera de lá. Eles começaram a ouvir nosso som e foi estreitando a relação.
PVIP: O hip-hop e o rap brasileiros, por muito tempo, foram gêneros marginalizados, mas que, hoje, conquistam cada vez mais espaço. Vocês já consideram que é uma cena mainstream?
RS: Acho que, na proporção que vem tomando, pode chegar no mainstream. Não vou falar que já é porque acho que ainda tem muito a melhorar. Pelo caminho que tá seguindo, tamo alcançando bagulhos inimagináveis há 5 anos atrás. Com certeza, tem total potencial pra chegar no mainstream e virar um som pro mundo, assim como a MPB já passou e o funk tem conseguido passar.
PVIP: Que artistas da cena brasileira vocês têm como inspiração?
RS: Como inspiração mesmo, a gente tem nos nossos irmãos do Haikaiss, porque são uns moleques que sempre foram muito regrados e bem profissionais no que fazem. Por isso, eles conseguem chegar em uns lugares muito fodas. Eles são nossos amigos e dão várias dicas. A gente aprende junto e troca ideia pra cada um ser melhor.
PVIP: Como vocês descreveriam o público que consome o trabalho de vocês? O hit “Pouca Pausa”, por ser uma música pop, trouxe ouvintes inesperados?
PT: O nosso público tá cada vez mais se expandido justamente por essa música. A gente conseguiu atingir lugares, outras pessoas vão aos nossos shows além da galera do rap. Vão chegando pessoas novas que, por “Pouca Pausa”, vão ouvindo as outras músicas que a gente tem e acaba descobrindo que tem mais coisa boa.
PVIP: Quais os próximos passos da carreira? Os fãs podem esperar álbum?
PT: Pra esse ano, a gente ainda tem mais dois lançamentos. Por enquanto, não estamos pensando em álbum não, mas com certeza vai acontecer mais pra frente.