Em celebração ao Dia Internacional do Orgulho LGBT, a Globo irá exibir nesta segunda-feira (28) o documentário “Falas de Orgulho”. A produção começa às 22h35, logo após a novela “Império”, e apresentará a trajetória de uma comunidade plural, pessoas completamente diferentes entre si, mas que se reconhecem em um ponto em comum: o orgulho.
“Falas de Orgulho” mostrará as jornadas de oito personagens de diferentes idades, regiões, trajetórias de vida e religiões – e por trás delas, histórias de superação, preconceito e auto aceitação, passando por temas transversais às letras que formam a sigla LGBTQIA+ – que culminam na celebração de poder ser quem se é e na exaltação dessas vozes.
Para contar essas histórias, a equipe do projeto percorreu diversos estados do país e acompanhou bem de perto essas pessoas no trabalho, na vida com a família e no dia a dia. Além de dar voz a essa luta na frente das câmeras, o especial também reflete a diversidade nos bastidores, em uma equipe majoritariamente LGBT em diversos setores: desde a direção, passando pelos assistentes, fotografia e roteiristas.
Conheça os personagens de ‘Falas de Orgulho’:
Richard Alcântara, 24 anos – O jovem de Caçapava, interior de São Paulo, tinha 15 anos quando contou para mãe, Rosinete, que era um homem transgênero. Richard já foi agredido por um policial e tem que lidar com ofensas quando usa o banheiro masculino em locais públicos. Richard faz terapia com hormônios e espera na fila do SUS pela cirurgia de retirada dos seios.
Ariadne Ribeiro, 40 anos – Na infância, quando já manifestava sua identidade de gênero feminina, sofreu com o preconceito na escola e na família. Mais tarde, precisou se prostituir para não passar fome e, na rua, foi estuprada e contraiu HIV. A virada veio por meio da educação: se formou em pedagogia, concluiu mestrado e doutorado em psiquiatria. Aos 27 anos, fez cirurgia de redesignação de gênero. Ariadne é assessora de apoio comunitário do Unaids – programa que coordena onze agências da ONU nas ações que visam o fim do HIV/AIDS até 2030.
Geisa Garibaldi, 37 anos – Moradora do subúrbio do Rio, Geisa “pega no pesado” para sustentar a casa. A carioca, que é pedreira e eletricista, tem uma microempresa, a Concreto Rosa, que oferece serviços de mão de obra executados exclusivamente por mulheres. Geisa tem um filho, Kaetano, de 11 anos, que vê com naturalidade a sexualidade da mãe.
Ângela Fontes, 69 anos – Nascida numa família católica, Ângela precisou viver seus relacionamentos com outras mulheres às escondidas. Paulista de Luiziânia, interior do estado, Ângela revelou sua sexualidade para a família de forma inusitada e já na terceira idade. Ela e a esposa deram uma entrevista ao Portal G1 após a estreia da novela ‘Babilônia’ e foram pegas de surpresa pela repercussão – e pelos parentes de Ângela, que, ao lerem a reportagem, deram todo o apoio ao relacionamento.
Fábio Henrique dos Santos, 30 anos – O jovem do interior de São Paulo foi criado pela avó materna, que o expulsou de casa aos 17 anos. Se mudou para Campinas e lá começou a “se montar” e explorar o universo drag. Foi quando, após perder a avó e em quadro de depressão, viu em Sasha Zimmer, sua drag persona, a oportunidade de dar a volta por cima: conseguiu trabalhos, ganhou concursos e atualmente mora em São Paulo.
Mário Leony, 46 anos – Mário é delegado da Polícia Civil há 20 anos e atua na divisão de homicídios, em Aracaju (SE). Criado por pais conservadores, o aracajuano teve grandes dificuldades em aceitar a própria sexualidade ao longo da sua trajetória. Atualmente Mário está casado há 13 anos e, desde 2010, integra um grupo que combate a LGBTfobia na polícia.
Maycon Douglas, 27 anos – Morador da Rocinha, o jovem se mudou de Pernambuco para o Rio de Janeiro aos três anos com a mãe, Dona Carmelita. Ao longo de sua adolescência, quando ainda não tinha entendimento sobre a sua bissexualidade, Maycon já precisava encarar preconceitos e era alvo de “piadas” por parte dos amigos e vizinhos.
Mariana Ferreira, 35 anos – De origem humilde, Mariana foi a primeira na sua família a frequentar a universidade. Formada em medicina pela UERJ e profissional do SUS, a carioca chegou a se casar na igreja e viver um lado mais “convencional” da sua sexualidade. Foi somente após o divórcio, aos 28, que Mariana decidiu viver livremente e passou a também se relacionar com outras mulheres.
“Falas de Orgulho” tem direção artística de Antonia Prado, direção de Washington Calegari e roteiro assinado por Carlyle Junior, com produção de Beatriz Besser. Rafael Dragaud é o diretor executivo e Mariano Boni, diretor de gênero. O especial será exibido ainda no GNT, dia 30 de junho, e no Canal Brasil, dia 2 de julho.
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