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“Maligno”: um filme para amar ou odiar | Crítica

Digamos que James Wan seja um tremendo espertalhão ou apenas um cara muito empolgado para colocar na tela tudo o que viesse à mente. Nesse seu novo projeto, o diretor uniu diversos subgêneros do horror capazes de atingir variados públicos, porém nem todos. “Maligno” estreou nos cinemas no dia 9 de setembro e promete impressionar muita gente.

Na história, a atriz Annabelle Wallis, conhecida por interpretar Grace Burgess na série “Peaky Blinders” (2013) e por atuar em outros filmes de horror como “Annabelle” (2014) e “A Múmia” (2017), dá vida à Emily/Madison, uma mulher acometida por recorrentes e repentinas visões de assassinatos enquanto eles acontecem em tempo real. Quando informa à polícia sobre sua peculiaridade, ela é considerada culpada por tais crimes e para provar sua inocência, a família da protagonista terá que vasculhar seu passado para encontrar provas suficientes e é dessa forma que coisas assustadoras vêm à tona.

Contando que estamos vivendo a era do pós-horror, há quem sinta saudade daquelas produções mais convencionais, por assim dizer, e digamos que “Maligno” veio para suprir essa falta. A verdade é que Wan decidiu-se por tentar preparar uma sopa de subgêneros fazendo menções ao trash, budy horror, psicológico, slasher, entre outros, unidos loucamente numa ambientação que remete ao horror dos anos 80 e 90, uma real mistureba muito satisfatória para uns e uma completa tosquice para outros. Tal recurso pode tanto demonstrar certa experiência do criador das franquias “Invocação do mal” e “Jogos mortais”, como também indecisão.

Pode-se imaginar que por causa da atual e intensa demanda de filmes de horror com narrativas mais sofisticadas é que existe um grande choque de opiniões sobre a trama em questão. Os fãs do terror popular irão se deliciar com o tom nostálgico do roteiro de Akela Cooper, que resgata uma atmosfera conhecida e querida por muitos, enquanto os simpatizados pelo “terror sério”, aquele subgênero que solicita uma critica social e estudos de personagens, se sentirão mais deslocados.

Em sua versatilidade, o filme consegue explorar uma arquitetura antiga e um ambiente fantasmagórico, investe em tons frios e neblina pra todo lado. Há também muita violência, perseguição e sanguinolência, uma dinâmica que misturada à trilha sonora intensa faz a gente se sentir num videoclipe de uma banda de rock pesado. E sim, galera, há um plot twist que também divide opiniões, mais do que qualquer outra coisa que se passe no filme, porém se você é daqueles que detestou o enredo no geral, não fará mal algum guardar o orgulho no bolso e admitir que o desfecho não foi tão previsível assim.

“Maligno” não é um gatilho para grandes discussões, mas revela uma trama voltada para o entretenimento. Gostar dele ou não, assim como para qualquer outra obra, mas aqui ainda mais especialmente, será um questão estritamente pessoal.

Assista o trailer:

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Escrita por Victória da Silva