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“Mulher Maravilha 1984” eleva o patamar da franquia trazendo muita ação, romance e drama | Crítica

Foto: Divulgação

Com uma super produção e momentos emocionantes, “Mulher Maravilha 1984” dá continuação à história de uma das heroínas mais queridas pelo público. O filme protagonizado por Gal Gadot mistura drama, comédia e momentos nostálgicos dos quadrinhos. Além disso, o longa é um dos mais aguardados do ano e após uma série de adiamentos, chega aos cinemas nesta quinta-feira, 17 de dezembro.

Para resumir, o filme é ambientado em 1984, anos após os acontecimentos do primeiro. Diana divide o tempo entre viver a vida como uma pessoa normal e também combate o crime mantendo a real identidade em segredo. A super-heroína ainda sente a falta de Steve Trevor (Chris Pine), o grande amor da vida que morreu anos antes. Uma grande ameaça começa a se formar quando um artefato de origem misteriosa surge, com a finalidade de realizar desejos. Todo desejo tem um preço e a verdade se mostra ainda mais valiosa.

Com direção de Patty Jenkins, uma das diretoras mais comentadas dos últimos anos, o filme leva o telespectador para um lado mais pessoal da super-heroína, mas sem deixar de lado toda a ação. Além disso, toda a ambientação dos anos 80 é perfeitamente elaborada e vai desde a figurinos, penteados e cenários característicos da época, até o estilo de imagem e em como ela é capturada na produção.

Gadot encanta no papel da heroína e entregou mais uma vez uma atuação impecável. Diferente do primeiro longa, onde a personagem ainda estava entendendo aquele novo mundo, em “Mulher Maravilha 1984” podemos ver um pouco mais dela em ação, em momentos agitados de salvamento, de luta e divertidos, além de mostrar mais da relação dela com outras pessoas. Gal cativa o público nas cenas mais difíceis e consegue não só dar a dose necessária sentimento, mas transmite isso ao público.

O longa conta com a adição de Pedro Pascal, que interpreta o ambicioso Max Lord, e Kristen Wiig, que dá vida à personagem Barbara/Mulher Leopardo, muito aguardada pelos fãs. Enquanto Max Lord é motivo de todos os conflitos do longa por conta de uma ambição, Barbara se encaixa bem mais no papel do personagem incompreendido e que o público se apaixona facilmente e até torce por ele.

As duas adições dão ao filme um ar mais leve e divertido já que os dois possuem diálogos e personalidades bem diferenciadas. No entanto, Pascal dá vida a um personagem bem dramático e Kristen à uma engraçada e que cresce com o filme trazendo uma pegada mais poderosa e cheia de cenas bem significativas. Conhecida por papéis na comédia, Wiig dá bastante do que a gente já viu em outras produções no quesito humor, mas entrega ainda mais na pele de Mulher Leopardo. Ela é bastante complexa e a caracterização está muito bem trabalhada.

Na trama, todos os personagens principais pagam um preço alto ao realizar os desejos, seja a perda da própria essência, ou da força ou até mesmo o discernimento do que é certo ou errado. O enredo é muito bem costurado e dá ao público altas doses de emoção, de ação, com diálogos memoráveis, além de trazer momentos bastante esperados, como o jato invisível, ícone dos quadrinhos.

Conhecido por “O Rei Leão”, “A Origem”, “Batman: O Cavaleiro das Trevas” e tantas outras produções, Hans Zimmer também assina a trilha sonora de “Mulher Maravilha 1984”. A escolha de músicas para a produção não só embalaram todos esses momentos no longa, mas também contribuíram para que todas as características dos anos 80 conversassem muito bem. As cenas de ação e um momento chave bem no fim com a trilha de Hans ficam ainda mais grandiosas e com uma emoção ainda maior.

Sobre as cenas favoritas, podemos listar três. A sequência de ação logo no início do filme que acompanha a Diana ainda criança em uma competição com as Amazonas, todas as cenas hilárias de Steve e Diana juntos, onde o piloto conhece aquela nova realidade, as inovações tecnológicas e artísticas contidas naquele tempo, e sequências de luta entre Mulher Leopardo e Mulher Maravilha, que são todas de tirar o fôlego.

Elogiado pela crítica, “Mulher Maravilha 1984” é um grande acerto da DC Comics e Warner Bros. Pictures. Com uma produção grandiosa e cheia de efeitos especiais, mas na medida certa, o longa tem tudo para agradar os fãs fiéis da heroína e faz valer toda a espera e adiamentos. O longa é bastante leve, cativante e te leva por uma história muito viva, muito tocante de amor, cheia de ação, drama, humor, despedidas e que mostra valor da verdade. A química do elenco, com destaque a Kristen e Gal, que proporcionam um misto de todos os sentimentos, intensificam a experiência do filme.

Infelizmente, assim como outras produções, o longa foi diretamente impactado por conta da pandemia do COVID-19 e chega em um momento difícil para todo o mundo, mas isto tornou a mensagem expressada ainda mais valiosa e o longa que nós queríamos e precisávamos assistir neste ano tão atípico. E que venha mais uma sequência!

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Escrita por Otavio Pinheiro

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