O cantor mineiro Luis Coutinho, o Bemti, lançou hoje (3) o primeiro álbum solo da carreira, intitulado “era dois” – assim mesmo, com letras minúsculas. O artista integrava o projeto Falso Coral, como violeiro que trazia a originalidade caipira que herdou da família. Mas agora ele parece já estar conquistando as plataformas digitais com as músicas autorais e participações incríveis. A lindíssima Natália Noronha, do grupo “Plutão já foi planeta”, em “Às vezes Eu Me Esqueço de Você” e Tuyo, em “Outro”, além de um coro gravado por Marisa Brito e Edvaldo Oliveira e do grande Johnny Hooker, fazem parte do novo trabalho.
Segundo Bemti, há muito do que ele é nas melodias do ‘era dois’. Além de mostrar o olhar particular nas composições, o músico não apaga a relação ímpar que tem com o violão:
“Se eu tivesse que resumir o que fiz musicalmente nos últimos anos sairia algo como: peguei a viola caipira que meus avôs tocavam e que herdei como “instrumento de alma” para colocá-la no meu contexto. E, a partir do ano passado, usando minha própria voz, usando timbres mais eletrônicos e falando sobre temas universais sob o ponto de vista gay”.
O disco já teve um pedacinho ouvido pelo público, com três das dez faixas anteriormente divulgadas. As canções “Gostar de quem”, “A gente combina” e “Tango” já despertaram nos fãs do indie folk e da MPB o pensar a sociedade de forma leve e profunda. A primeira foi encarregada de apresentar o cantor para o mundo, lançada em janeiro com um clipe no Youtube. Já a segunda está disponível desde abril e, por fim, a terceira com Johnny Hooker, divulgada na semana passada.
Esta última alcançou nove mil plays, com mais de 800 ‘favs’ e também entrou nas categorias “Melhor da Semana” e “Future Hits”, da Apple Music. No Spotify, a música integrou a playlist “Novo Som” e entrou nas ‘novidades da semana’, da Deezer.
Veja o clipe:
Todo esse sucesso foi fruto de muito trabalho e preparação: “O primeiro tijolo do disco surgiu no estúdio Casa do Chá, em Goiânia, onde gravei “Gostar de Quem”, durante o Festival Bananada do ano passado (2017).
Quando ouvi a primeira mix dessa música o conceito sonoro do disco já estava claro: a viola caipira misturada com vários layers de synths e a minha voz sendo pela primeira vez a voz protagonista de uma música”, contou Bemti. “Em São Paulo, tudo foi gravado entre o Traquitana, estúdio do Bixiga 70, e o estúdio Flap. Grandes vozes de todas as regiões do Brasil unidas num disco pop fundamentado na viola caipira e que a partir daí viaja pra mil climas e sensações”, completou o artista. A produção ficou por conta de Luis Calil.
Confira o disco: