No início da tarde de hoje (15), morreu, aos 94 anos, Rubem Fonseca, um dos maiores escritores de conto do nosso país e vencedor do Prêmio Camões em 2003.
O escritor sofreu um infarto hoje, próximo a hora do almoço, em seu apartamento no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, e foi levado imediatamente ao hospital Samaritano, onde não resistiu e faleceu.
Considerado pela maior parte dos críticos de literatura como o maior contista brasileiro da segunda metade do século XX, Fonseca é autor de obras como “Feliz ano novo”, de 1976, “A cólera do cão”, de 1963, “O cobrador”, de 1979. Seu último e mais recente trabalho de contos inéditos foi publicado há dois anos, o “Carne Crua”.
Prestes a completar 95 anos, Rubem Fonseca deixa um grande número de obras e eternos admiradores de seus trabalhos. Em sua rede social, Arthur Dapieve, jornalista e crítico cultural brasileiro, disse: “Nenhum escritor brasileiro teve tanto impacto em mim quanto Rubem Fonseca. Muito, muito obrigado.”.
Nascido em 11 de maio de 1925, em Juiz de Fora, Minas Gerais, José Rubem Fonseca foi, além de um grande contista, romancista, ensaísta e também roteirista brasileiro. e também era formado em Direito. Antes de começar a se dedicar de forma integral a literatura, Fonseca exerceu várias atividades.
Em 2003, venceu o Prêmio Camões – dedicado a autores que, pelo conjunto de sua obra, contribuíram para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural da língua portuguesa – considerado o maior prêmio para a nossa língua. Em 2015 recebeu o Prêmio Machado de Assis, entregue pela Academia Brasileira de Letras (ABL).