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Entrevista | Di Ferrero lança o tão aguardado primeiro disco solo “:( Uma Bad, Uma Farra :)”

Foto: Divulgação/Bruno Trindade

Depois de diversos hits lançados de forma solta, além dos clássicos da NX Zero, Di Ferrero finalmente chega nesta sexta-feira (06) com o tão esperado primeiro álbum solo. “:( Uma Bad, Uma Farra :)” é produzido por Los Brasileiros e conta com 12 faixas que apresenta uma jornada de altos e baixos. Passando por temas como cultura do cancelamento, recomeços e o mundo polarizado, Di expressa toda a sua arte em meio a solos de guitarra, parcerias de sucesso e muito sangue nos olhos.

“Esse álbum é um álbum pós-apocalíptico. Depois da primeira e segunda onda [da pandemia da Covid-19] e toda aquela loucura, eu comecei a escrever. Eu falei ‘será que vai ter uma vida depois disso? Como é que vai ser ela?’. E aí, comecei a colocar essas coisas pra fora e pensar em como enfrentar tudo isso.”, explicou Di sobre o processo criativo do disco. Segundo ele, a obra retrata os altos e baixos que enfrentamos durante o dia-a-dia de uma forma leve, descontraída. “É sobre esses momentos de bad e como enfrentar eles, porque eu não quis só ser ‘agora tô triste, depressivo’ e ‘agora tô alegre, eufórico’”, completou.

Assista ao videoclipe de “Uma Bad Uma Farra”:

Após trabalhar por mais de 15 anos com o NXZero, Ferrero revelou que existe um peso novo ao encarar o desenvolvimento de um álbum em carreira solo: “Em uma banda, eu dividia essa ‘responsa’. Agora o que eu acertar vai ser mérito meu e o que eu errar também. É o meu nome ali! Isso é um pouco mais visceral, é mais forte e, ao mesmo tempo, pra fazer isso eu preciso estar mais seguro. É como se eu estivesse me expondo mesmo, diferente de fazer o álbum com uma banda… mesmo eu tendo escrito as músicas do NX, é outra parada, é o meu álbum. É dando a cara a tapa mesmo!”. E é justamente sobre não ter medo de se expor que a canção que dá nome ao disco, “Uma Bad, Uma Farra”, nasce. “Tem uma frase que fala ‘é melhor eu me arrebentar do que me arrepender’. Então, tipo, é pra gente se jogar e se machucar mesmo, melhor do que ficar parado, sem fazer nada e não tentar. Agora, no lançamento do álbum, ela tá me ajudando muito. Eu escuto e falo ‘é isso aí mesmo’”, contou. 

Com relação às parcerias do disco, Ferrero disse que ele mesmo convidou todos os nomes envolvidos: “Eu fui no flow, fui lembrando e chamando… o Vitor [Kley], por exemplo, eu chamei pra ir lá em Floripa, onde eu tô morando e ele passou o dia lá em casa. Aí eu falei ‘cara, eu quero que você cante nessa música, uma música que chama ‘sorte’, que eu comecei a fazer no FaceTime com ele, inclusive. E aí, ele ‘po, que sonzera e tal, mas eu gostei daquela outra que chama ‘Intensamente’. (Risos) Aí eu falei ‘ué, então beleza, vamos trocar a música’. Daí ele gravou e combinou mais ainda! […] A Clarissa foi porque eu precisava de uma voz feminina no som e aí eu ouvi a dela e falei ‘cara, bateu com a música, com a ‘Descansa’”.

Sobre Badauí e Júnior Lima, o cantor só deixou elogios e admiração: “O Badauí, do CPM22, eu chamei pra ‘Um Brinde’ porque queria celebrar o cara que me ajudou muito, ele foi o cara que sempre me estendeu a mão lá no começo com o CPM… algumas pessoas quando vêem artistas novos viram a cara, sabe? Mas têm outras que fazem o contrário, dão um abraço. E ele foi um cara desse. Já o Júnior, ele é meu irmão. Eu sou vegetariano hoje muito por ele ter me falado sobre isso lá atrás! A gente se conhece há muitos anos e eu gosto muito dele. O Júnior tem uma energia incrível tocando e tem uma cabeça de produtor, consegue ver a música no geral. E aí, eu fiz a ‘Amanhã Quem Sabe’ e chamei ele pra tocar batera, foi foda. Ele arrebentou, jogou a música lá pra cima!”

A canção em parceria com Júnior, “Amanhã Quem Sabe”, conta com uma referência direta à clássica “Evidências”, de Chitãozinho e Xororó. “Essa música é um hino! Não adianta. No ano passado, tinha um chinês com a gente no réveillon e ele não sabia rezar o Pai Nosso. Ele é budista, ele não sabia mesmo, mas sabia cantar ‘Evidências’! Então, a gente falou ‘vamo cantar Evidências!’”, contou Di, que canta “Eu não nego as aparências, nem disfarço as evidências” na faixa.

Outra faixa presente no disco e que já conta com mais de 700 mil visualizações em seu videoclipe oficial no Youtube é o primeiro single do projeto, “Aonde É O Céu”, que aborda a cultura do cancelamento e a hipocrisia de apontar o erro dos outros. “Eu já fui cancelado e acho que em algum momento na vida todo mundo também já, publicamente ou não. Todo mundo já passou por esse momento de ser colocado de lado e não ter a chance de se explicar. É claro que existem coisas que a gente fica com raiva e aí damos uma ‘porrada’ na pessoa porque, de repente, essa pessoa falou uma merda tão grande que vira a escolhida da vez. Mas, na verdade, o problema não é nem esse. O problema é a gente não dar uma segunda chance, ou pelo menos não ouvir uma explicação, não dar a chance de amadurecer nesse sentido. E quem é a gente pra falar se alguém merece ou não uma chance? É que nem quando o cara é preso, tá na cadeia e você fala ‘já era, não vai trabalhar mais comigo’, depois de quatro, cinco, dez anos que o cara tá lá. Não faz sentido. Então é mais ou menos esse o lance profundo dessa música. Eu tava tendo uma discussão com um amigo sobre o assunto e perguntei pra ele assim ‘então, já que você sabe tudo, me fala aonde é que fica o céu. Mapeia o caminho aí, como é que faz pra chegar porque eu não sei se eu vou pra lá, você nunca errou?”, contou sobre a composição do single.

A respeito de shows para a divulgação do disco, Di Ferrero revelou que vão começar oficialmente a partir do dia 10 de junho, véspera de seu aniversário de 37 anos. “Eu vou estar no palco 00h nesse dia e vai ser incrível, no Cine Joia [São Paulo]. Mas, no geral, os shows que estão rolando já vão ser da turnê ‘:( Uma Bad, Uma Farra :)’, vai ter um registro da turnê também, mais pro fim do ano, com as participações, um showzão… e é isso. Esse ano é ir pra estrada mesmo, tocar muito!”, explicou Ferrero.

Ainda este ano, no dia 9 de novembro, Di estará ao lado de seu grande amigo Vitor Kley no palco Sunset do Rock In Rio. Perguntado sobre possíveis surpresas na apresentação que ambos farão, ele respondeu que o show será histórico. “Vai ser o show das nossas vidas! O repertório vai ser só porrada. A gente quer muito fazer alguma coisa especial que cruze os mundos, quem sabe um cover e tal, vai saber? Chamar alguém, não sei… a gente tá começando a pensar pelo Whatsapp, mas o que eu posso adiantar é que vai ser foda e em um dia foda, o dia do Green Day e a Avril no Sunset que vamos tocar também.”, diz.

Ouça o disco:

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