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Entrevista | Zeeba lança o disco “Tudo Ao Contrário” e comenta sobre sentimento de intimidade do projeto

Foto: Georgia Bravo

Depois de muita expectativa dos fãs, Zeeba lançou em março o tão aguardado disco “Tudo Ao Contrário”. Com 12 faixas, o disco reúne uma série de composições em português, incluindo as já lançadas “Cansei”, “Vontade Lunar”, “Passeio” e “Bem Que Cê Me Faz”, além de inéditas e colaborações mais que especiais.

Antes do lançamento, o “Tudo Ao Contrário” já contava com os visuais de “Cansei”, em parceria com Carol Biazin, “Passeio”, “Vontade Lunar”, com Outroeu, “Bem Que Cê Me Faz” e “Só Pensando em Você”, com Mallu Magalhães, apresentados ao público. O disco ainda traz a parceria de Nanno e Mistaa Mike, além de Clarissa, Mariana Nolasco e Pedro Calais, em participações que serão reveladas em breve. Em entrevista com a Poltrona Vip, Zeeba revelou que os videoclipes das colaborações com os artistas já possuem ideias prontas.

“Reset”: o pontapé inicial para uma nova fase na carreira

Antes do disco ser apresentado ao público, Zeeba lançou o “Reset”, que já vinha construindo um novo momento na carreira do artista. O EP fez a transição entre o cantor dono de dos hits “Ocean” e “Hear me Now” para o artista de hoje. Inclusive, o projeto tem um valor especial para o cantor, uma vez que trouxe no repertório a primeira composição em português, “Tudo Que Importa”.

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“O ‘Reset’ foi uma fase pra eu deixar tudo muito cru, né? Voltar ali pra parada de voz e violão e aí agora eu quis fazer um negócio mais produzido, só que em português, né? Trazer um pouco do indie, só que trazer também brasilidades. Então, tem ali os elementos os metais ali, o sax. O ‘Amarelo e Vermelho’ é uma música que tem até um sambinha, rolou uma mistureba de sons assim e, cara, muita coisa mudou. Eu acho que a pandemia fez a gente refletir muito sobre tudo, né? Eu perdi meus avós na pandemia, foi um momento punk assim, acho que que pra todo mundo, né? Ou pra maioria das pessoas. Então, foi um processo assim diferente, por um lado também eu tive mais tempo pra produzir, pra estar focado no estúdio. A gente fez muita música que não entrou no álbum e que entraram. Foi um processo mais longo do que o normal, foi legal.”, disse o artista.

“Tudo Ao Contrário” traz sensação de intimidade muitas referências

A canção que abre o disco é a mesma que dá nome ao projeto. “Tudo Ao Contrário” traz a parceria com Nanno e é carregada da energia que Zeeba quis proporcionar ao ouvinte. “É sobre a gente escutar nossa voz de dentro e ser feliz e escolher ser feliz, escolher estar no presente. O mundo está ao contrário, mas a gente pode achar um lugar ali pra gente se motivar pra fazer as coisas, pra gente tá ali presente e perceber o que tá acontecendo, ir atrás de melhorar sempre, tá querendo pensar no coletivo, acho que isso é fundamental, mas também olhar pra si mesmo, olhar pra dentro e sempre tentar olhar pelo lado otimista, eu acho que eu sempre sou muito disso, quando eu tô pra baixo eu acabo escrevendo coisas pra cima, pra me trazer pra cima. Esse é um álbum que tem muito sobre isso também.”, diz o cantor. 

Zeeba comentou ainda sobre a composição da faixa e revelou não ter pessoa melhor para a parceria a não ser Nanno. “A ‘Tudo Ao Contrário” ela nasceu no estúdio, eu estava trocando uma ideia com a galera, com os compositores e aí uma das compositoras, a Bibi, ela falou ‘Pô, Zeebinha, o que que você está achando? Como é que está?’ e eu falei ‘Pô, mano, estou feliz pra caralho assim de poder estar fazendo esse álbum’ e ela falou ‘Cara, você tem que usar, tem que falar isso, que está feliz pra caralho’. E aí o Nano chegou no estúdio esse dia com um baita astral. E ele é aquele cara que já envolve o ambiente, seja todo mundo numa maior ele chora, sabe? Esses caras muito emotivos. Exagerados assim. Ele é muito legal. E ele trouxe essa energia pro som, né? E não tinha pessoa melhor ali pra estar junto comigo nessa.”, completou.

Em comemoração ao lançamento, “Tudo Ao Contrário” chegou acompanhado de um videoclipe para a faixa título. O audiovisual acompanha o conceito criativo de Zeeba, ao retratar cada clipe em um cômodo de uma casa, trazendo intimidade e a sensação de “lar”.

“Como era a faixa principal a gente quis usar mais ambientes da casa, então eu passo pela cozinha, eu passo pela sala, passo no quarto, a gente até entra no banheiro que já tinha sido na ‘Vontade Lunar’. Então, a gente usou mais partes do da casa, assim. Prendemos sofá na parede, nossa, foi uma loucura pra fazer o clipe todo, cansativo, a gente começou cedinho, acabou tipo três da manhã, tava todo mundo morto, mas foi legal quando acabou, a gente falou ‘Porra, temos um negócio foda aqui’.”, disse o cantor, que tem o objetivo de lançar visualizer para todas as canções do projeto.

Embora tenha sido um período difícil, o cantor aproveitou o tempo de pandemia trabalhar melhor nas referências que queria trazer para o projeto. “Na pandemia deu pra pensar muito sobre quem é o Zeeba, o que que eu quero passar e a gente foi se encontrando no caminho visual junto com diretores. Então, tem muito esse lance da estética dos anos 90, que é quando eu nasci, eu tô fazendo um negócio em português, eu cresci aqui no Brasil, nessa época. Então, muitas das minhas inspirações naquela época foram daqui, né. Até dos sons brasileiros, né. Cássia Eller, Charlie Brown. Tem muito disso ali também.”, continuou Zeeba, falando sobre estética e as referências para os audiovisuais.

A pandemia possibilitou também que Zeeba pudesse dar mais atenção à aspectos da carreira que em outros momentos teriam sido feitos com um pouco mais de pressa. Sobre o momento, o artista reflete que conseguiu fazer tudo da forma que quis, com mais calma. 

“Foi soltando as faixas aos poucos a gente foi também segurando porque a gente queria fazer direito, assim. Dessa vez eu falei ‘Não, não vamos lançar nas pressas. Vamos se a gente precisa de tempo pra fazer tudo do jeito que a gente quer, né?’ Então, a gente demorou um pouquinho a mais do que o esperado, mas tá sendo mais do que a gente queria. Eu acho que é muito melhor fazer assim dessa forma, eu acho que antes da pandemia também a gente tinha uma coisa que fazer tudo meio corrido e aí dessa vez eu consegui falar ‘Não, pô, eu tenho tempo aí. Tipo, a gente ficou dois anos nesse negócio. Agora, o que é um mês, dois meses? Vamos segurar pra fazer direito, né?’. Então, foi isso. Deu pra fazer tudo com calma e bonitinho assim. E estou feliz pra caramba com o resultado assim, cara. Está bonito.”, comentou.

Para a gravação dos audiovisuais do projeto, o cantor usou a casa dos avós como cenário, com o objetivo de remeter ainda mais às próprias origens e trazer o sentimento de intimidade ao projeto, além de ser uma ótima forma de homenageá-los. “O português é uma coisa que é da minha origem, minha língua nativa. Então, ter algo, pô, a casa dos meus avós, é um ambiente muito íntimo e eu acho que o português ele é isso, ele tá na minha essência também e o lance também de tipo, putz eu queria deixar registrado em algum lugar. É muito louco. Eu entrava ali e eu imaginava a minha vó, cê acha que teu vô está porque está tudo ali as coisas deles, né. Quando você entra na casa de uma pessoa é muito quem ela é, né. E aquilo era uma lembrança muito boa. É uma casa que agora é do meu pai, né? E, enfim, não sei se ele planeja reformar ou vender, então antes disso acontecer eu queria registrar aquilo de alguma forma, sabe? E deixar aquilo guardado e nada melhor do que deixar isso num trabalho num álbum que é tão especial pra mim, que traz essa reflexão, né? E tem músicas que foram inspiradas ali, né? Então, é muito sobre isso assim, sobre trazer esse sentimento e trazer essa familiaridade ali no projeto assim, trazer uma coisa bem íntima de verdade verdadeira né dentro do da parte visual do do álbum.”, reflete o artista.

Composição e processo de produção recheado de autoconhecimento aprendizado

Zeeba define o processo de produção do disco como “aprendizado”. O cantor conta que foi se encontrando cada vez mais nas composições em português e até mesmo o recente relacionamento influenciou nas composições. “Foi meio que um aprendizado. Eu fui me encontrando no português cada vez mais, cada vez que a gente vai fazendo mais a gente vai sacando ‘Nossa, eu acho que essa é a minha cara, né?’ E é difícil pra nós artistas assim fazer algo que ‘Pô, isso aqui me representa sou eu né?’. Foi um processo longo de autoconhecimento e de pesquisa, de tentar as coisas e falar ‘Isso tem a ver comigo, isso não’”, 

“Também comecei a namorar na pandemia então eu tive uma outra relação com a questão de amor, de escrever as letras, né? De estar apaixonado e estar vivendo uma relação legal, né? A gente já começa a escrever diferente, né? Vai mudando a percepção do amor, e como a gente lida, e já vira uma coisa mais de de ver o futuro, né. Estar no presente, mas vendo que pode ter um futuro bonito é tão gostoso isso, né”, diz o artista, que completa dizendo que foram muitas muitas reflexões e realizações no processo criativo do disco.

Após o lançamento do disco, Zeeba se prepara para a estreia do projeto nos palcos e prepara um show repleto de surpresas, efeitos sonoros e visuais, que acontecerá no próximo dia 7 de abril, em São Paulo. O repertório contará com as canções do disco, mas também terão espaço para os singles de sucesso e canções onde o artista tocará um instrumento que aprendeu durante a pandemia, o piano.

“Vai rolar o showzão de lançamento do álbum. O show de teatro que eu tanto queria fazer desde antes da pandemia que eu estou falando desse show.”, diz o artista, que está muito empolgado. “Estou também montando toda a parte visual do show junto com com uma equipe muito legal também e pra contar essa história nova de uma forma diferente visual, né. O álbum tem chuva, tem barulho de passarinho, tem umas coisas assim, então a gente vai colocar isso no show, vai ser bem legal de criar os momentos ali, né? E vou botar as músicas antigas, claro, do ‘Reset’, vai ter uma ‘Ocean’ que eu vou tocar na voz de piano. Aprendi piano na pandemia e vou finalmente botar pra uso.”, finaliza.

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Escrita por Otavio Pinheiro

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