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“Jungle Cruise” peca em alguns pontos, mas promove viagem divertida pela Amazônia | Crítica

Depois do enorme sucesso de “Piratas do Caribe”, a Disney novamente investe em produções inspiradas em uma das atrações da Disneyland. “Jungle Cruise” apresenta ao público uma aventura super produzida, divertida e repleta de efeitos visuais pelo Amazonas, no Brasil, mas comete alguns erros bastante notórios. 

“Jungle Cruise” acompanha o espirituoso capitão Frank Wolff (Dwayne Johnson) e a valente pesquisadora Dra. Lily Houghton (Emily Blunt), que viaja de Londres, na Inglaterra, para adentrar a natureza brasileira com o objetivo de encontrar uma árvore milenar que pode mudar o futuro da medicina. Juntos, Lily e Frank enfrentam uma jornada cheia de magia e mistério.

Divertido e repleto de momentos bastante cômicos, o longa conta um roteiro muito bem escrito e que unido à química de Emily e Dwayne em cena dá ao público uma obra bem prazerosa de se assistir. A história é bastante leve, mas também repleta de detalhes e diferentes momentos. 

A construção dos personagens é muito boa e o público compreenderá a história de cada um deles, mas um em específico poderia ser melhor aproveitado. Isso porque “Jungle Cruise” quase levanta a bandeira LGBTQIA+ com um personagem explicitamente gay, mas isso não acontece de forma efetiva já que toda a conversa sobre o assunto é um tanto vazia. É aquilo, pra bom entendedor meia palavra basta, mas em alguns casos o óbvio precisa ser dito.

Quanto à representação do Brasil, há dois lados. O primeiro é que, assim como todas as produções Disney, o filme é uma verdadeira obra de arte se formos parar para analisar o visual e toda a construção de cena em CGI, com árvores gigantescas, animais e outros detalhes, que é, de fato, tudo muito belo e representa bem a grandiosidade da flora brasileira. 

No entanto, por vezes tudo chega a ser um pouco exagerado se compararmos com a Amazônia em si. Esse ar irrealista não está só na paisagem, mas também na forma em que retratam os indígenas, que é distante do que conhecemos e talvez até desrespeitoso. Outro ponto a ser destacado, é que o filme é inteiramente rodado no Brasil e há diversos personagens falando em espanhol e inglês, mas ninguém fala em português. O mais próximo do Brasil que temos aqui são umas piadinhas de tio e algumas adições na dublagem brasileira, como um “O golpe tá aí, cai quem quer, né?!” vindo da boca de Emily Blunt.

Por que alguns pontos possam incomodar ao olhar a produção por uma visão mais crítica, talvez por ser brasileiro e por conhecer a Amazônia como ela é, também é bom ter em mente que há espaço para alguns tipos de exagero e adaptações uma vez que o filme traz uma história fictícia inspirada em uma atração de um parque de diversões. Porém, alguns pontos seriam facilmente corrigidos com alterações bem sutis. 

“Jungle Cruise” é uma aventura bastante divertida para aqueles que buscam assistir um filme leve – e até meio bobinho – para um momento em família, mas também curtem algumas cenas de ação e aventura, assim como várias produções que Dwayne Johnson coleciona no currículo. Definitivamente, este não é um filme que irá agradar a todos, mas também não será uma má experiência para quem assistir e poderá cair no gosto do público mais novo.

A Disney lançou na última quinta-feira, 29, em todos os cinemas a superprodução “Jungle Cruise”, mais uma das grandes apostas da marca. de aventura também está disponível no catálogo do Disney+, pelo Premier Access.

Assista ao trailer:

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Escrita por Otavio Pinheiro