Grandes mulheres inspiram jovens neste 08 de março. Dentre elas, atrizes que nasceram e protestaram neste dia representam uma parcela da luta por direitos iguais, como a brasileira Letícia Sabatella, que hoje faz 47 anos de idade. Assim como ela, memoráveis personalidades vieram ao mundo na marca histórica da greve feminina por melhores condições de trabalho. A inesquecível apresentadora Hebe Camargo completaria 89 anos, com mais de 70 de carreira.
Sabatella publicou no Instagram pessoal uma foto sua com a #MexeuComUmaMexeuComTodas, cuja legenda era um texto falando das mazelas pelas quais as mulheres passam na sociedade. A reflexão da mineira cita diversas inspirações femininas e aponta: ‘Mulher não tem que ser santa, mulher não tem que ser puta! Mulher também luta!’ – Militou toda! Além dela, Taís Araújo postou na tarde de ontem (7) a foto da matemática negra Gladys West em contribuição à #MulheresQueInspiram. Glória Pires também usou a mídia Instagram, na qual postou um vídeo para homenagear as mulheres na luta por direitos.
Tula Ellice Finklea, mais conhecida como Cyd Charisse, nasceu em 08 de março de 1921. Ela foi uma grande atriz e bailarina americana. Devido ao grande sucesso de sua carreira nos musicais de Hollywood, Tula possui uma estrela na calçada da fama. Em 1952, Charisse participou de Dançando na chuva. No ano seguinte, a artista protagonizou o longa The Band Wagon, no qual iniciou uma parceria com Fred Astaire nas incríveis coreografias “Dancing in the Dark” e “Girl Hunt Ballet”.
Origem
Uma série de protestos iniciou o movimento das mulheres por direitos iguais entre gêneros no início do século XIX. Em 1909, trabalhadoras do mundo inteiro já se organizavam, o que possibilitou uma passeata em Nova Iorque. Além disso, o famoso incêndio na fábrica de roupas da cidade matou mais de cem funcionárias que lutavam por uma jornada de trabalho mais justa e salários mais dignos.
O levante operário feminino na Europa também foi crescendo e em 1910 ocorria a Segunda Conferência Internacional nas Mulheres Socialistas comandada por Clara Zetkin. A alemã, ícone do feminismo, fez parte do Partido Social Democrata antes da repressão política de Otto Bismarck. Ela reivindica sobretudo a participação das mulheres na política. A princípio, até o sufrágio era um direito tomado das cidadãs. O dia comemorativo surgiu então por conta de Clara. A Marxista foi presidente do Movimento Internacional das Mulheres Socialistas, com participação no Partido Comunista Alemão, até seu exílio e posterior falecimento em 1933 – Uma pena mesmo a gente não ter aprendido isso na escola, né, meninas?
Claro que Zetkin não lutou sozinha. Dentre suas companheiras mais renomadas esteve Rosa Luxemburgo, importante economista marxista da época. Também ativista na luta Socialista, a filósofa encontrou nas massas a revolução. Em 1906, Rosa lança ‘Greve Geral, Partido e Sindicato’. Em contraponto aos poderosos homens que detinham os saberes sociais, Clara e Rosa contestaram Bernstein, filósofo reformista.
No Brasil
A socióloga Eva Blay foi pioneira na pesquisa dos direitos das mulheres no Brasil. A respeito da determinação do Dia Internacional da Mulher, a estudiosa de Clara Zetkin declarou não haver uma preocupação com uma data específica, mas sim com a luta pela representação das trabalhadoras dentro de um movimento sindical e socialista. Que mulher, senhoras e senhores!
Em entrevista para a BBC Brasil, a coordenadora da USP Mulheres explicou: “A situação da mulher era muito diferente e pior do que a dos homens nas questões trabalhistas daquela época”.
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