“Desalma”, nova produção original Globoplay, tem estreia agendada para esta quinta-feira (22). Repleta de mistério e com artistas de peso no elenco, o suspense sobrenatural se passa em uma pequena cidade fictícia onde um acontecimento marcou a vida dos habitantes no passado e algo grandioso está prestes a acontecer.
A convite do Globoplay, nós da Poltrona Vip assistimos ao primeiro episódio da produção e trouxemos nossas considerações sobre o projeto e algumas informações sobre construção dos personagens e das influências utilizadas na obra.
Primeiras Impressões
A morte misteriosa de Roman (Nikolas Antunes) leva a esposa Giovana (Maria Ribeiro) e as filhas, Melissa (Camila Botelho) e Emily (Juliah Mello), para a pequena cidade de Brígida, que possui fortes influências da cultura ucraniana. A família se muda para a mesma casa onde o Roman morou até chegar a fase adulta e decidir se mudar.
Conhecemos também Ignes (Claudia Abreu), irmã de Roman. Em uma conversa com o marido, o Boris Burko (Ismael Caneppele), a personagem, que ainda sofre com dores do passado, comenta sobre um acontecimento que marcou a família há 30 anos. O evento envolve a morte misteriosa de Halyna Lachovicz (Anna Melo), mas não foi muito abordado neste primeiro episódio e terá grande desdobramento no decorrer da série.
Vivendo mais distante das personagens acima, mas com histórias que se entrelaçam, Haia Lachovicz (Cássia Kis) é uma bruxa poderosa capaz de usar os dons para que os clientes atinjam objetivos sejam eles quais forem. Segundo Haia, nem mesmo a morte é irreversível e isso será mostrado na série (mais exatamente neste mesmo episódio, mas sem spoilers!).
Como uma boa produção de suspense, “Desalma” possui núcleos bem definidos e já no primeiro episódio constrói o mistério que será motivador para manter o público interessado. A ambientação também colabora para esse ar de mistério, tendo em vista que a série se passa em uma cidade pequena, com casas bem tradicionais e com a floresta sendo parte fundamental para a história.
Construção da trama, gravações e outros detalhes
Além de outros detalhes da série, a cultura ucraniana é importante na construção da cidade fictícia de Brígida e dos personagens. O diretor de arte Rafael Targat tinha como objetivo criar um caráter forte e convincente para a série e, por isso, fez visitas a museus para entender a vida dos imigrantes ucranianos e o que eles levavam embora dos países com eles. “Além de todo o comportamento, pesquisamos também a vida rural que eles levavam, o tipo de trabalho e até mesmo as festividades, como Ivana Kupala”, detalha.
Essa presença ucraniana está em detalhes bem sutis na produção, como em um pano, madeira, uma cortina, em um bordado da roupa ou até mesmo na forma de um personagem falar. Desde o início da criação da série, uma longa pesquisa foi feita e essa coleta de informações levou cerca de 15 semanas, envolvendo mais de 20 pessoas e somando os quatro departamentos (cenografia, figurino, produção de arte e caracterização).
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Já sobre as personagens centrais, que são Haia, Giovana e Ignes, o diretor artístico Carlos Manga Jr. comenta que há muita complexidade. “O personagem da Cássia Kis é central porque ela é o pivô de toda a trama. A Giovana, personagem da Maria Ribeiro, é uma mulher urbana e cosmopolita que chega de São Paulo depois de perder o marido, que é de Brígida e filho de ucranianos. […] A Ignes perde o irmão e não aceita isso. A gente vê que a perda transpassa os personagens, faz parte da ligação entre eles.”, diz Carlos. “Ignes tem um filho que sofre os efeitos sobrenaturais de tudo o que a Haia constrói por não ter aceitado a morte da filha. Todos os personagens são muito interessantes, eles são múltiplos e têm muitas camadas. Existe muita complexidade.”, completa.
As gravações de “Desalma” foram realizadas no Rio de Janeiro, em cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná por seis semanas. Foram 36 sets de filmagem, sendo 16 deles numa propriedade de 300 mil metros quadrados, localizada na cidade de São Francisco de Paula, na região serrana gaúcha. O local serviu de cenário para as grandes cenas de floresta, penhascos, lagos e ruínas. Antonio Prado, na região serrana do Rio Grande do Sul, foi a cidade escolhida para ambientar Brígida, a cidade fictícia.