Rodrigo Bittencourt lançou na última sexta-feira (02) o single “Marielle”, em homenagem à vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018. Disponível em todas as plataformas digitais, a canção traz uma sonoridade da nova mpb e, de contexto crítico coloca as duas mãos na ferida brasileira, principalmente sobre o racismo e nossa falta de amor próprio como nação.
Com uma letra forte, “Marielle” faz um crossover em qualquer meio de cunho político e poético.A música subverte o verso de Jorge Ben Jor que diz “Sou flamengo e tenho uma nego chamada Tereza” para “Sou Marielle franco e tenho uma nega chamada Flamengo”.
Rodrigo Bittencourt com essa frase destrói não só o racismo, mas também o machismo numa tacada só. Neste single, ele entra de cabeça no tema sem alterar a marca poética em trechos da letra como: “Sou preto, sou branco, sou índio, sou mais que três, mais que vocês”.
O cantor sempre mistura letras espertas e diferentes do que se vê por aí com um estilo e linguagem próprias e com a sonoridade jovem moderna e pop. “Optei por pintar a bandeira do brasil no meu rosto, mas fiz questão que a barba estivesse em vermelho. o sangue de marielle escorre é o sangue que escorre pelo país por causa do racismo e da violência contra o povo preto desse país”, destaca.