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“Halloween Kills” é nostálgico, ainda mais violento e repleto de tensão | Crítica

O ícone imbatível Michael Myers está de volta aos cinemas no filme “Halloween Kills: O Terror Continua”. O longa é o segundo da nova trilogia com direção de David Gordon Green e a décima segunda sequência da franquia “Halloween”, que ajudou a popularizar o subgênero slasher.  

Como tradicionalmente acontece nos filmes da franquia, “Halloween Kills: O Terror Continua” começa no momento em que o anterior encerrou mostrando a casa das Strode pegando fogo. Quando tudo parecia ter chegado ao fim, os moradores de Haddonfield, Illinois, vivem mais uma noite sangrenta de Halloween com o retorno do serial killer Michael Myers. Com a matriarca da família Strode, Laurie Strode (Jamie Lee Curtis), hospitalizada, sobreviventes de Myers se unem para enfrentar a ameaça e dar fim no vilão de uma vez por todas. 

A produção conta com um ritmo bastante ágil e não faz rodeios ao iniciar a história, já começando pelo clímax iniciado no filme anterior e seguindo uma linha gradativa de violência no decorrer das cenas. O longa não se explica muito e não tenta adentrar ainda mais na vida do serial killer e saber as motivações de toda a matança, por exemplo. O que se vê neste volume são flashbacks de personagens anteriores para relembrar a contribuição de cada um e quando foi que estiveram cara a cara com Michael.

Ainda mais violento, a longa traz uma construção de cena impecável em todos os núcleos e um roteiro com diálogos e acontecimentos bastante coesos. Quanto aos personagens, “Halloween Kills: O Terror Continua” dá ainda mais destaque a Karen Nelson (Judy Greer) e Allyson Nelson (Andi Matichak), que protagonizam momentos bastante importantes. Além disso, personagens que não contribuem tanto para a história também ganharam cenas marcantes. Em geral, todos tiveram uma chance de brilhar – e de ser possivelmente morto por Myers, já que ninguém tá livre dele, né.

Um dos pontos mais interessantes da franquia é a maneira que cada filme se conecta um com o outro, mas ainda assim se mantém único. Aqui, podemos conferir personagens já vistos no anterior, com mais tempo de tela, mais funções e até mesmo mais história. Em uma das cenas de “Halloween”, de 2018, há personagens que aparecem bem rápido e que nem se sabia quem eram, mas aqui elas ganham toda uma storyline.

Já entre os pontos negativos, mas não tão negativos, o longa possui cenas em que a produção dedica um tempo em acontecimentos que não causam tanto impacto na história e que poderiam simplesmente não existir, mas que se olharmos a sequência como um todo, faz sentido ter sido deixada ali. Sem se perder em nenhum momento, o longa chega carregado de nostalgia ao trazer personagens do passado, mas talvez poderiam ter sido melhor aproveitados neste e num futuro. 

“Halloween Kills: O Terror Continua” promove uma ótima experiência aos amantes da franquia e do gênero slasher, além de manter a história fresca e atual mesmo após 43 anos desde o primeiro longa. A produção reúne clichês, momentos divertidos e engraçados, tensão, muito sangue e se consolida como mais um trunfo para a série de filmes, além de mostrar, mais uma vez, o porquê do clássico ser tão querido pelo público. Não há dúvidas de que Michael Myers é o serial killer mais complexo do gênero e a este volume mantém as expectativas para o próximo título, o “Halloween: Ends”, bem elevadas.

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Escrita por Otavio Pinheiro